São Paulo, segunda-feira, 21 de fevereiro de 2000


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PAINEL DO LEITOR

Alvo de CPI

"Mais uma vez o nome do nosso pai voltou a ser alvo de especulação por alguns membros da CPI do Narcotráfico. Mais uma vez a covardia desses mesmos elementos se mostrou presente, ao se esconderem sob o manto da proteção absurda que a imunidade parlamentar lhes confere, dizendo o que querem, sem ter de provar absolutamente nada. O pior disso é que não podem ser processados por calúnia, difamação ou divulgação de notícias mentirosas. A eles é dado o direito de mentir para atingirem seus objetivos, muitas vezes eleitoreiros, para ficarem na mídia e continuarem a ser vistos pelos seus eleitores como se fossem os "salvadores da pátria".
Que pátria é essa, em que seus salvadores, ainda na fase preliminar das investigações, vêm a público e afirmam que há incompatibilidade entre os ganhos e a movimentação bancária, como indícios de enriquecimento ilícito? Será que já se esqueceram de quando nosso pai expôs, em Brasília, claramente, a diferença entre indício e prova? Nós, que somos leigos no assunto, mas que temos dignidade e caráter, compreendemos essa diferença."
Rhodrigo e Carolina Palhares (Campinas, SP)

Governo nota "D"

"Já que o governo FHC tem avaliado as universidades, faculdades e, agora, até o ensino pré-escolar (nada contra), que tal aplicarmos um provão no próprio governo? Não para avaliar apenas a retórica e medidas da equipe econômica, mas, fundamentalmente, o compromisso do governo FHC com as questões sociais. O resultado será "D': desrespeito, descaso, desilusão."
Marcos Roberto do Nascimento (Belo Horizonte, MG)

Sem circo, nem pão

"Tive dois irmãos assassinados, uma irmã que sofreu duas tentativas de estupro em um mês, mãe assaltada com um revólver no peito, a caminho da feira, sendo obrigada a gastar cerca de R$ 125 por mês em remédios em consequência dessas violências. Isso ocorre com muitos moradores da periferia, sobretudo na zona sul, área de miséria e abandono, que são obrigados a conviver com táticas de guerra, a pular cadáveres, a conviver com a lei do silêncio, do suborno, da corrupção, com quadrilhas organizadas.
Com tudo isso, somos obrigados a assistir um bate-boca sobre segurança entre o "governador" Mário Covas e o "prefeito" Celso Pitta, que de violência não entendem nada. Senhores, chega de "circo", pois nem este chega mais à periferia (sem falar no pão). Definitivamente somos dois "brasis", e os brasileiros do lado de cá da fronteira não estão nada "cordiais"."
Luiz Carlos dos Santos, coordenador do Movimento Tome uma Atitude Zona Sul pela Não-Violência (São Paulo, SP)

Enxugando municípios

"Transformando os atuais 5.500 municípios em, no máximo, 500, eliminando o cargo de vice-prefeito e transformando a vereança em missão de honra, poderíamos iniciar uma saudável caminhada na busca do equilíbrio orçamentário de cada novo município."
Fernando Raposo (Santo André, SP)

Fins e meios

"O governo está muito contente com a Lei de Responsabilidade Fiscal que submeteu ao Congresso. Mas o equilíbrio orçamentário é apenas um meio. O fim que um governo deve ter é melhorar as condições sociais de seu povo -especialmente num país em que a injustiça e a desigualdade são tão formidáveis, como o Brasil. Então, por que não votar uma lei de responsabilidade social? Os governantes em cuja gestão piorasse uma cesta de indicadores sociais (mortalidade infantil, expectativa de vida, qualidade do ensino, da saúde, da habitação, do transporte público) seriam punidos civil e penalmente e declarados inelegíveis por um certo tempo. Claro que é difícil fazer isso, mas, pelo menos, penso que devemos sair da discussão dos meros meios para entrar na dos fins do que é governar."
Renato Janine Ribeiro (São Paulo, SP)

Maquiagem no PIB

"Muito oportuna a reportagem da Folha de 9/2 sobre o PIB, lamentavelmente pouco comentada por técnicos e especialistas, merecendo bom editorial no dia seguinte ("Tempo perdido na economia", Opinião, 10/2), que poderia ser mais analítico. O IBGE deveria mudar a metodologia de cálculos na agricultura, pois é órgão experiente, conforme sugeriu o professor Homem de Melo. Se tivéssemos dados melhores, a verdade seria mostrada, e não teríamos enganadores da população brasileira usando e disseminando dados oficiais irreais. O PIB seria melhor. Abramos o debate. Com a Folha."
José de Jesus Moraes Rêgo (Brasília, DF)

Collor 2, a missão

"Com certeza, Fernando Collor de Mello teve a oportunidade de inverter os tons tristes que assolam não só a Grande São Paulo como o Brasil, e não o fez.
Quem garante que ele o fará agora?
Como ele mesmo disse, São Paulo já tem problemas demais."
Marilyn Jane (São Paulo, SP)

Cresça, Garotinho

"Há certos políticos que proclamam suas intenções democráticas, mas que de democracia não entendem sequer os princípios básicos. Assim é o governador Anthony Garotinho, que precisa crescer no entendimento do que sejam direitos humanos. Não é "normal" uns matarem os outros na sociedade. Isso tem um nome: chacina. Sejam os mortos criminosos ou pessoas "de bem". Para punir pessoas que cometem crimes há leis e Poder Judiciário, direitos humanos são direitos de todos. Ignorar isso é estimular a barbárie."
Kenarik Boujikian Felippe (São Paulo, SP)

Perueiros

"Escrevo para mostrar minha indignação. É um absurdo o modo como a prefeitura está tratando os perueiros, como se fossem verdadeiros bandidos, coisa que não são. Eles são pessoas comuns, querendo um meio de sustentar a família, de pagar suas contas.
Melhor do que continuar fazendo essas blitze monstruosas, a maioria com mais de seis carros de polícia, todas com policiais armados até os dentes, assustando não só os perueiros como a população que passa por perto, é fazer alguma coisa para melhorar a situação do desemprego na cidade. Os perueiros só deixarão de ser perueiros quando tiverem outro emprego. Atualmente a situação é outra, e a população precisa do trabalho desses anônimos para poder contornar o problema dos serviços deficientes de transporte público (que, aliás, de público não têm nada, já que pagamos um valor muito alto -R$ 1,15- por um serviço que deixa a desejar)."
Thais Marques Fortino (São Paulo, SP)

Palmas

"As críticas negativas são regra neste país, porém, quando nos deparamos com algo organizado e funcional, devemos divulgá-lo para mostrar que nem tudo vai mal.
Estive por alguns dias em São Vicente, litoral sul paulista, e muito me surpreendeu a eficiência dos serviços públicos naquela cidade. Encontrei uma cidade limpa, com praias limpas, trânsito organizado, sinalizado e fluente e uma excepcional segurança pública, realizada pelas inúmeras viaturas da Polícia Militar e da Guarda Municipal. Parabéns à Prefeitura de São Vicente, à Guarda Municipal, à Polícia Militar e à sua população."
Mário Sérgio Pazianoto (Ourinhos, SP)



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