![]() São Paulo, quarta-feira, 21 de junho de 2006 |
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FERNANDO RODRIGUES Surpresas na eleição BRASÍLIA - O jogo está parecendo
jogado nas principais disputas eleitorais de outubro, mas ainda é cedo
para certezas absolutas.
Na eleição presidencial, um desfecho inesperado depende do grupo
de nanicos crescer a ponto de levar
a decisão ao segundo turno. O quadro hoje é de sete partidos com candidatos (PT, PSDB, PSOL, PDT,
PSDC, PSL e PSC). A rigor, só o petista Lula e o tucano Alckmin estão
no ringue para valer.
Em 2002, Lula e Serra tiveram
juntos 69,6% dos votos no primeiro
turno. Os outros quatro candidatos
somaram 30,4%. Ocorre que, há
quatro anos, Anthony Garotinho e
Ciro Gomes estavam entre os "pequenos". Agora, os papéis de Garotinho e de Ciro terão de ser desempenhados por Heloísa Helena
(PSOL) e Cristovam Buarque
(PDT). É uma configuração improvável, mas é a condição para uma
grande surpresa em outubro.
Nos Estados com os maiores eleitorados -São Paulo, Minas Gerais e
Rio de Janeiro-, o embate mais
cristalizado parece ser o mineiro.
Aécio Neves tem uma dianteira folgada. No Rio, é ocioso falar de surpresas, pois em terras fluminenses
a regra tem sido o imponderável.
Em São Paulo, tudo indica que o
tucano Serra vencerá no primeiro
turno. Mas é no teatro paulista que
o PT sonha com sua maior reação.
O candidato petista ao Palácio
dos Bandeirantes, Aloizio Mercadante, ainda é quase um nanico,
mas sobe a cada pesquisa. O eventual lançamento de Orestes Quércia (PMDB) ao governo ajuda a embolar o cenário. Uma reviravolta em
São Paulo seria a maior surpresa
possível na eleição.
Até porque, se o PSDB ficar sem o
governo paulista pode ser o começo
do fim da hegemonia de um determinado grupo dentro do partido.
Talvez por essa razão é improvável
que ocorra tal reviravolta.
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