São Paulo, terça-feira, 21 de junho de 2011

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PAINEL DO LEITOR

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Legalização das drogas
Penso que é próprio do ser humano o prazer de se embriagar e, para isso, ele se vale de várias substâncias: álcool, maconha, lisérgicos, cocaína etc. Porém a uns é dado o direito e é garantida a qualidade do que consomem, como o álcool e o tabaco. Por que os que consomem maconha, por exemplo, não têm igual direito?
A omissão do Estado causa danos aos indivíduos; não legalizando o consumo da maconha, mas ciente de que muitos o fazem, deixa-nos dependente do tráfico e nos impõe o uso de substância modificada -muitos adicionam amônia e até crack à erva-, o que amplia os malefícios provocados por essa política de represália.
HEITOR NELSON FERREIRA (Irapuru, SP)

 

A Folha assumiu a bandeira da liberação da maconha ("Legalizar as drogas", Opinião, 19/6) sem explicitar preocupação com as crianças e os adolescentes, as maiores vítimas desse mal que afeta a nossa sociedade.
Como pais e educadores explicarão aos menores as passeatas pró-maconha com milhares de pessoas em muitas cidades do país? As crianças e os jovens são inimputáveis porque não têm discernimento. A elite adulta deste país está sofrendo do mesmo mal.
TEOMAR SOLEDADE JUNIOR (Feira de Santana, BA)

 

Se a descriminalização do uso da maconha é um tema que tem ocupado espaços nobres na imprensa e até nos tribunais, sendo que essa droga leva ao vício e à prática de crimes, que tal pensarmos na descriminalização dos cassinos? Embora possam levar ao vício, os cassinos podem, se bem controlados pelo poder público, melhorar a economia, gerar renda, empregos e impostos.
CARLOS ALBERTO M. F. SANTOS (Belo Horizonte, MG)

 

Vejo, no Brasil, uma incapacidade de discutir as questões práticas e verdadeiramente importantes. O debate da legalização das drogas não foge à regra.
Antes de essa discussão ter começado, era preciso ter feito a seguinte pergunta: quem ganharia com a legalização? Não precisaríamos de muito tempo para achar a resposta: quem tem praticamente o monopólio das drogas que entram no país. E quem o tem? As Farc. Quem concorrerá com esse grupo criminoso? Ninguém. Se as drogas forem legalizadas, estaremos dando aval e alforria a uma facção que matou e sequestrou milhares de pessoas. Isso não pode ser aceito.
GUSTAVO CATANIA RAMOS (São Paulo, SP)

Segurança
A mídia como um todo divulga os alarmantes índices de violência no Brasil, mas não se une para ajudar o povo a sair do sufoco. Pensei nisso ao ler a reportagem "Morador "turbina" segurança individual em apartamento" (Cotidiano, 19/6). Tenho duas sugestões: não reduzir mais a pena dos condenados (nem um dia sequer) e acabar com o direito de aguardar o julgamento em casa, tomando cerveja e assistindo ao futebol. Só isso já ajudaria muito.
JAIME PEREIRA DA SILVA (São Paulo, SP)

Centro paulistano
Acreditando na promessa de revitalização do centro, mudei para lá há mais de 15 anos. Porém, nos últimos anos, tenho a sensação de que a tal Lei Cidade Limpa é uma metáfora. Se Caetano Veloso encontrasse a avenida São João com a Ipiranga como está hoje, duvido que compusesse a lindíssima homenagem a Sampa. A avenida Ipiranga é um antro de ilegais, moradores de rua, calçadas esburacadas, cinemas pornô e prédios caindo aos pedaços. A rua Nestor Pestana cheira a urina, e lá o lixo se acumula todos os dias. E o Kassab se autoavalia com a nota 10?
É muita cara de pau.
MARCELO PASCHOA (São Paulo, SP)

Benefício fiscal
Enquanto a atualização da tabela do IR está defasada em 80%, enquanto o INSS tem deficit de R$ 44 bilhões e não pode dar melhores salários aos aposentados, enquanto a educação, a saúde pública e a assistência social nada oferecem, o Tesouro deixou de arrecadar R$ 144 bilhões em receitas provenientes de incentivos fiscais no ano passado ("TCU aponta descontrole em benefícios fiscais do governo", Poder, ontem). Ainda morro infartado lendo esses absurdos!
RUBENS MANOEL PARANHOS BELLO (Jandira, SP)

Corpo
A interessante coluna de Drauzio Varella ("A ignorância e o corpo", Ilustrada, 18/6) apresenta um preconceito contra os métodos de cura não alotrópicos e ou não oriundos da medicina ocidental. É direito dele ter essa visão, mas o artigo escorrega ao achincalhar as gotinhas ou comprimidos homeopáticos ou naturais quando diz: "Quem acreditaria em medidas alternativas para ativar a energia vital do motor com gotinhas pingadas no tanque de gasolina de duas em duas horas?".
Lembro ao doutor Varella que, para fazer o motor funcionar, não adianta colocar no tanque de gasolina 25 gotas de Novalgina.
RICHARD DOMINGUES DULLEY (Peruíbe, SP)

Educação
Sobre a reportagem "Escolas se intrometem no que aluno faz em rede social" (Cotidiano, 19/ 6), nota-se que, à medida que os meios de comunicação e as redes sociais vão se aperfeiçoando, o trabalho das unidades escolares se torna cada vez mais complexo.
Isso exige das escolas uma visão mais ampla do processo de aprendizagem, porque seus alunos se adaptam rapidamente ao progresso tecnológico.
MARTE FERREIRA DA SILVA (Atibaia, SP)

Ciclistas
As bicicletas são uma solução para o frenético, estressante e egoísta dia a dia do trânsito na cidade de São Paulo.
Indiscutivelmente, elas são o meio de transporte mais democrático de que temos conhecimento, uma vez que o transporte público não é valorizado nem tem capacidade de atender, em curto espaço de tempo, à crescente demanda.
Além disso, a bicicleta é uma forma de interação com a cidade e com outras pessoas, o que é raro acontecer em São Paulo. Já o motorista, por sua vez, precisa estar 100% atento para não pôr a sua vida e a de outras pessoas em risco. Entendemos, portanto, que o respeito às bicicletas não diz concerne apenas à necessidade de cumprir a lei, mas é ainda uma questão ética.
ESTELA E VITOR CRISCUOLO (São Paulo, SP)

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