São Paulo, sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

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PAINEL DO LEITOR

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Chuvas
"Mais uma inundação com mortes na cidade de São Paulo. Culpam El Niño, La Niña, o Pacífico Sul, a cordilheira dos Andes..., só não culpam o PSDB e Kassab. Quando governador, o "gerente" Geraldo Alckmin despejou R$ 1,5 bilhão no rio Tietê. Prometeu: "Enchentes nunca mais". À parte a propaganda e o dinheiro gasto, não fez o elementar: prevenir o assoreamento do rio. Em seis meses, o dinheiro foi para o ralo, o rio foi para as ruas e o povo nem pôde chorar na sua cama quente, pois elas estavam frias e submersas."
ALVARO TADEU SILVA (São Paulo, SP)

"Parece muito fácil dizer que o caos e as tragédias provocadas pela chuvas resultam de volumes inesperados e cada vez maiores de água vinda do céu.
Do mesmo modo, do alto de seu gabinete na praça do Patriarca, é fácil ao senhor prefeito afirmar que os cidadãos de São Paulo podem "ficar tranquilos", porque "não houve falhas", que os investimentos feitos para evitar alagamentos na cidade "estão surtindo efeito" e que não é preciso investir no desassoreamento dos rios Pinheiros e Tietê.
O difícil é ouvir isso com água e dejetos adentrando pela casa. E também não é nada fácil crer que não haja relação de causa e efeito na inundação das marginais com a crescente impermeabilização do solo provocada pela "ampliação" da marginal Tietê."
DAINIS KAREPOVS (São Paulo, SP)

Crescimento
"Gostaria de fazer um esclarecimento sobre as estimativas de crescimento econômico do Brasil que foram divulgadas pelo Banco Mundial em Washington e que constam da reportagem "País crescerá menos que emergentes, diz Bird" (Dinheiro, ontem). Os dados do relatório do banco estão sendo revistos para refletir a evolução recente dos indicadores, e isso será refletido em nossas próximas publicações.
O Banco Mundial não tem razão para acreditar que o crescimento do Brasil em 2010 e 2011 vá ser diferente da atual previsão de consenso do mercado."
TITO CORDELLA, economista principal do Banco Mundial para o Brasil (Brasília, DF)

Incentivos
"Em relação à reportagem "São Paulo cede, e Confaz dá "anistia" para guerra fiscal" (Dinheiro, ontem), esclareço que o Estado do Paraná jamais travou qualquer iniciativa de convênio de outros Estados e não precisou do acordo de São Paulo para legitimar os seus incentivos fiscais.
São Paulo concordou tão somente em "constitucionalizar" as leis do Estado do Pará e de Rondônia. Penso que a Folha deveria melhor investigar os assuntos do Confaz antes de pôr no jornal notícias inverídicas."
HERON ARZUA, secretário de Estado da Fazenda do Paraná (Curitiba, PR)

Violência
"Em visita ao Egito e à Turquia, em novembro do ano passado, fiquei impressionado com a sensação de segurança nas ruas, mesmo durante a madrugada. Conversando com alguns moradores, entendi o porquê de tanta tranquilidade: a religião seguida pela grande maioria da população não tolera criminosos, e a lei, bastante rigorosa, acompanha esse pensamento.
Já no nosso Brasil, apesar de a população implorar por maior rigor da lei penal, nossos deputados e senadores continuam surdos ao clamor das ruas, entretidos que estão em sugar o máximo possível do dinheiro público em benefício próprio -ou até pensando em autopreservação. Penso que podemos atribuir 90% da responsabilidade pela insegurança atual à omissão e ao descaso dos nossos parlamentares. Enquanto isso, vamos acompanhando impotentes a crescente violência no país, com toda a complacência de nossas leis."
CLAUDINEI BENTO PAULINO (Goiânia, GO)

Combustíveis
"Observo que a ênfase dada ao "duelo" etanol x gasolina se limita apenas ao diferencial de preços entre os dois combustíveis, sendo ignorado o mais importante aspecto: o diferencial ambiental, ou seja, a diferença do grau de poluição entre o etanol e os combustíveis fósseis.
Seria interessante uma reportagem técnica sobre isso. No momento em que vemos, cada vez mais, crescer a discussão sobre o meio ambiente, é importante chamar a atenção da sociedade para esse diferencial, que é um privilégio do nosso país.
Imaginemos, por exemplo, a Grande São Paulo, com mais de 6 milhões de veículos, queimando apenas combustíveis fósseis.
Quais seriam as consequências disso para os 20 milhões de habitantes desta região? E se pensarmos então em termos nacionais?"
JOSÉ AUGUSTO BALDASSARI FILHO, membro do Departamento Ambiental da Sociedade Rural Brasileira (Franca, SP)

Professores
"Não é interessante que a maioria dos professores da rede pública do Estado de São Paulo seja contrária a essa ideia excludente da promoção por mérito dos professores?
Não seria interessante a Folha começar a ouvir os apelos dos professores e tentar entender por que eles são contrários à medida? Como ficarão os 80% não aprovados na prova? E os aposentados? Até quando continuarão recebendo os ridículos R$ 4 de "vale-coxinha'? Mais do que uma questão corporativista, essa é uma questão de valorização da carreira, que já anda tão desprestigiada, como a própria Folha mostrou."
THIAGO ARAGÃO ESCHER, mestre em educação física e professor efetivo da rede pública estadual (Campinas, SP)

Direitos humanos
"Não considero produtivo fazer uma tréplica às observações do professor Felipe Aquino ("Painel do Leitor", 19/1) sobre minha carta publicada no dia 18/1. O interessante é que eu a intitulara "Direitos humanos" e nela falava da mortalidade materna e da ineficácia da criminalização do aborto, tendo sido ela publicada com o título "Aborto".
Já a carta do professor Felipe Aquino tratava dos direitos do feto e recebeu o título de "Direitos humanos". Gostaria de perguntar ao editor do "Painel do Leitor" se os direitos das mulheres acaso não seriam humanos."
THOMAZ RAFAEL GOLLOP, professor livre docente pela Universidade de São Paulo (São Paulo, SP)

Moda
"Muito oportuno e bem construído o artigo de Alcino Leite Neto e Vivian Whiteman na Folha de anteontem ("Moda tem de parar de sacrificar modelos", Ilustrada). É um contrassenso essa área da cultura e da indústria vender ideais e filosofias que apontam para uma direção, mas, por outro lado, estar baseado em tal dominação de um modelo de corpo e beleza que, acima de tudo, não é nada saudável."
ANTONIO JOSE QUEIROGA FERREIRA (Rio de Janeiro, RJ)

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