São Paulo, terça-feira, 22 de março de 2011

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

PAINEL DO LEITOR

O "Painel do Leitor" recebe colaborações por e-mail (leitor@uol.com.br), fax (0/xx/11/3223-1644) e correio (al.Barão de Limeira, 425, 4º andar, São Paulo-SP, CEP 01202-900). As mensagens devem ser concisas e conter nome completo, endereço e telefone. A Folha se reserva o direito de publicar trechos.

Leia mais cartas na Folha Online
www.folha.com.br/paineldoleitor

Líbia
Enquanto aqui Obama pregava respeito aos direitos humanos, suas tropas despejavam centenas de mísseis Tomahawk e bombas sobre a Líbia. Intervenções dessa espécie recheiam a história americana. Convém considerar também que, de meados do século 20 até hoje, mais de 12 milhões de civis perderam a vida em países pobres, principalmente na África (Ruanda, Somália, Sudão, Congo etc). Em nenhum deles se viu, em nome dos direitos humanos, intervenção das potências ocidentais. Será que os direitos de um negro pobre são menores que os de árabes muçulmanos ou de brancos ricos? Se ditadores têm que ser derrubados, por que ainda não o fizeram na Arábia Saudita, onde não existe a tão desejada liberdade de imprensa, por exemplo?
GLADSTONE HONÓRIO DE ALMEIDA FILHO (Rolândia, PR)

 

Fiquei surpreso com a quantidade de articulistas da Folha que criticaram a abstenção do Brasil na decisão de atacar a Líbia. Pessoas habitualmente ponderadas, como Clóvis Rossi e o ex-ministro Rubens Ricupero, foram contundentes nas críticas e demonstraram ser favoráveis aos ataques militares ao país árabe. Ora, pressão internacional não se faz somente com guerras, com mísseis e canhões. O fato concreto é que, do ponto de vista moral, as potências ocidentais cada vez mais se desnudam diante do discurso de defesa dos direitos humanos. A posição dessas nações comumente é seletiva e interesseira. Por que não falam em intervir no Bahrein, por exemplo?
SIDNEY RUAS (Lagoa Santa, MG)

Obama no Brasil
Liderar o ataque à Líbia durante visita internacional, além de ser chocante -sobretudo por ser o ato de um Nobel da Paz-, compromete o Brasil, uma vez que a declaração de guerra foi feita daqui. Embora tenha "caráter humanitário", um ato de guerra, pela tragédia que representa, não deveria ser misturado com passos de samba e batucada. Bom, quem sabe Obama não ganhe mais um prêmio...
FERNANDO ALVAREZ , professor no Instituto de Física da Unicamp (Campinas, SP)

 

O presidente dos Estados Unidos veio ao Brasil cumprir apenas seu papel de diplomata, sem fins concretos que melhorem a relação entre as nações. Sabe-se também que o Brasil está longe de fazer parte do Conselho de Segurança da ONU. A pergunta que fica é: o que Obama veio fazer aqui? A resposta é simples. Fazer sua palestra motivacional e conhecer a cidade maravilhosa.
ROGER COSTA GOUVEIA (São Paulo, SP)

 

Preconceito contra os brancos? ("Charmoso, primeiro-casal privilegia negros e mulheres", Poder, ontem). Após tantos anos de preconceito mal disfarçado, a reação incomodada de Danuza Leão ao "protagonismo" negro na recepção a Obama prova que alguns de nós, "brancos", não temos noção do tamanho da dívida histórica que temos com a população negra, dívida essa que continua a crescer ainda hoje, diga-se de passagem. Apenas o fato de se notar a presença dos artistas negros já dá uma ideia da situação. Ou alguém nota quando a maioria dos artistas é "branca"?
CAMILA MASIERO (São Paulo, SP)

Dilma
Pesquisa Datafolha mostra aprovação do governo de Dilma Rousseff por 47% dos brasileiros. Significativo, entre outros aspectos, é que apenas 15% dos entrevistados que preferem o PSDB e votaram no seu candidato consideram a administração petista ruim ou péssima, enquanto 31% a classificam como boa ou ótima. Os resultados são muito promissores, tanto mais que, como registra a Folha, para 78% Dilma fará um governo ótimo ou bom.
LÚCIO FLÁVIO V. LIMA (Brasília, DF)

Obstetrícia
A atitude da USP de se render ao movimento corporativista do Cofen (Conselho Federal de Enfermagem) é lamentável ("Obstetrícia da USP pode sair da Fuvest", Cotidiano, 19/3). Sou formada na primeira turma do curso de obstetrícia da USP. Ajudei mais de mil mulheres, seja por meio da educação perinatal, seja por atendimento direto, a conseguir um parto natural, num país onde a cesariana é quase obrigatória. A obstetriz é uma profissional capaz de atender uma mulher saudável, bem como fazer o diagnóstico e o encaminhamento de situações de risco.
ANA CRISTINA DUARTE , coordenadora do Grupo de Apoio à Maternidade Ativa (São Paulo, SP)

Exames
Excelente e esclarecedora a entrevista com o médico americano H. Gilbert Welch ("Quem deseja buscar saúde não deve procurar doenças", Saúde, 20/3). Muitas cirurgias e intervenções desnecessárias já foram realizadas por pura precaução desmedida, nossa ou dos médicos.
ELIZABETH FRANCK (Curitiba, PR)

Prêmio Esso
Com relação à coluna "Fim da lua oval", assinada por Ruy Castro (Opinião, 14/3), a ExxonMobil esclarece que o Prêmio Esso de Jornalismo pertence à ExxonMobil e chega à sua 56ª edição em 2011. A companhia entende a importância da iniciativa, que tem ajudado a democracia brasileira a se consolidar ao longo dos anos.
VALERIA ROSSI , assessora do Departamento de Assuntos Governamentais e Institucionais da ExxonMobil (Rio de Janeiro, RJ)

Leia mais cartas na Folha Online
www.folha.com.br/paineldoleitor

Serviço de Atendimento ao Assinante: 0800-775-8080
Grande São Paulo: 0/xx/11 3224-3090
www.cliquefolha.com.br

Ombudsman: 0800-15-9000
ombudsman@uol.com.br
www.folha.com.br/ombudsman


Texto Anterior: Francisco Batista Júnior: O SUS e sua última chance

Próximo Texto: Erramos
Índice | Comunicar Erros



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.