São Paulo, terça-feira, 22 de outubro de 2002

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TENDÊNCIAS/DEBATES

Um Rio Grande para todos

GERMANO RIGOTTO

O Rio Grande vive hoje um momento decisivo em sua trajetória política, certamente uma das mais emblemáticas do nosso imenso país. O povo gaúcho terá a oportunidade de decidir não mais dentro de um exaustivo embate entre duas forças opostas pelo confronto, mas entre projetos que representam a real inclusão de toda a sociedade no processo de governo, ou de apenas uma parte, que obrigatoriamente deve pensar de forma idêntica.
Portanto abre-se a chance de refletir e escolher a proposta administrativa que mais se aproxima da pluralidade, da verdadeira união pelo Rio Grande. A escolha de um programa que vem para unir pressupõe a perspectiva de encaminhar o Estado para o desenvolvimento harmônico que precisa ser resgatado. Nosso trabalho parte dessa premissa: levar o crescimento social e econômico para todos os recantos do Rio Grande.
Além de contribuir para a imprescindível descentralização das políticas públicas, buscaremos a efetiva recuperação de áreas potenciais de um Estado que tem capacidade produtiva em toda a sua extensão.
O maior desafio para que possamos retomar esse desenvolvimento necessário é garantir o ambiente favorável não apenas para atrair novos investimentos, mas também viabilizar a ampliação daqueles já implementados em solo gaúcho. Para vencê-lo, sabemos que o melhor caminho será aquele que tem no fortalecimento das relações entre as forças políticas, a sociedade e o governo sua maior ambição. Não vamos caminhar olhando para o passado.
Temos os olhos voltados para o futuro, que será construído sem rancores, com o entendimento das divergências como o saudável embate das idéias e sem o dispensável e nefasto conflito que vem sendo alimentado nos últimos anos no Estado.
Esse caminho será trilhado a partir de conceitos administrativos modernos.
A gestão será cuidadosa e o tripé ética, trabalho e competência demonstrará o grau de responsabilidade que se pretende colocar em prática no futuro governo estadual da coligação União pelo Rio Grande. Para percorrer esse trajeto de forma segura, começamos cedo os entendimentos em torno da governabilidade necessária para a condução equilibrada da nossa futura administração.
Com serenidade, trabalho e o pluralismo político que o Estado democrático reclama, recebemos um leque ainda maior de apoios, vindos praticamente da totalidade dos partidos que, no primeiro turno, estavam concorrendo em faixa própria ou coligados com outras siglas. Se para os adversários, na sua ânsia pela desqualificação desses apoios, tal aglutinação de lideranças reconhecidas no Estado é considerada uma "santa aliança", para todos nós que dela fazemos parte trata-se da materialização do pensamento democrático.


Estamos dando o primeiro passo para um governo que retome o diálogo, que agregue, e não afaste


Dentro dessa concepção avançada de unir para governar, de olhar para frente, de evitar atirar pedras acreditando que aqueles que pensam de forma diferente são pecadores políticos, estamos tecendo uma aliança que tem no desenvolvimento do Rio Grande a sua bandeira. Uma bandeira que tem no branco da paz sua cor predominante e nos tons do pavilhão gaúcho sua marca.
O fruto desse comportamento transparente que vamos imprimir ao futuro governo gaúcho será uma atitude de liderança no enfrentamento das demandas sociais e econômicas da nossa população. Resgatar a energia de nossas tradições, de nossa cultura, traduzirá o que pretendemos garantir de volta ao Estado. Isso será implementado com a altivez que um partido como o PMDB nos ensinou durante todos esses anos de militância política. Dessa maneira, com perseverança e determinação, partiremos rumo a um novo Rio Grande, que vai ser transformado pela força do trabalho de todos os gaúchos. Sem exceções, sem constrangimentos, nunca de forma raivosa e opressiva.
Estamos dando o primeiro passo para um governo que retome o diálogo, que agregue, e não afaste. Temos certeza de que os gaúchos já estão cansados das promessas não cumpridas, do discurso como forma mais contundente de governar. Nós, da União pelo Rio Grande, nos desprendemos das divergências para garantir a governabilidade, a volta da dignidade aos nossos servidores públicos e a possibilidade de ver o nosso Estado voltando a crescer, a ser atrativo pelas suas potencialidades, belezas e tradicional hospitalidade, que será ampliada a todos que decidirem ser parceiros na construção dessa nova etapa.
Portanto acreditamos que, com humildade e trabalho, estaremos começando uma nova fase na política gaúcha. Um governo que será de todos e para todos. E a paixão pelo Rio Grande é a chama que usaremos para iluminar esse caminho.


Germano Rigotto, 53, deputado federal pelo PMDB do Rio Grande do Sul, é o candidato do partido ao governo do Estado.


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