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Vereadores em SP
"A manchete da edição de anteontem dizia "Justiça cassa 13 vereadores de SP". Deveria ser "Juiz
cassa 13 vereadores de SP". É que,
nas paragens deste país, decisão de
juízes tem a consistência do ar. Um
faz, outro desfaz. Tudo "de acordo
com a lei". Nesse caso específico, ele
fez e ele mesmo desfez. Seria cômico, não fosse trágico.
E há também a liminar dada pelo
TJ-SP contra a demolição de prédio
de luxo em SP (Cotidiano, 16/10)
num processo já com trânsito em
julgado. Não há nem mais a certeza
do ponto final."
FRANCISCO ANTONIO DA FONSECA (São Paulo, SP)
""O problema foi ter recebido de
forma legal", disse um ilustre vereador paulistano cassado e já absolvido (Brasil, ontem). Receber tais verbas com nota, em cheque nominal, é "tudo direitinho".
Seguindo seu raciocínio, o crime
compensa. Por esses belos exemplos de ética é que presenciamos a
cada dia novas formas de roubo, latrocínio etc. Agir corretamente é
anomalia social. Por isso os vereadores cassados ganham o direito de
continuar no cargo."
ANDRÉ PUCHALSKI (São Paulo, SP)
2%
O governo acabou dando um tiro
no pé, pois pretendia um efeito
mais forte na taxação de aplicações
financeiras feitas por estrangeiros,
mas acabou transferindo renda para os americanos.
Não é a primeira vez que Guido
Mantega toma medidas precipitadas por pressão de empresários,
sem prever a reação do mercado.
Contentar-se com o prêmio de consolação de que, se não tomasse medidas, o dólar poderia cair mais, é
mostrar-se incompetente diante da
cena econômica que se desenha.
A arrecadação cai, mas o governo
não pensa em cortar gastos. O custo
Brasil vem tirando competitividade
das empresas, mas, na visão de
Mantega, o vilão é o câmbio.
Chamem o Meirelles enquanto
há tempo -antes que a área econômica sofra um revés e desande,
conforme torcem os petistas mais
radicais."
IZABEL AVALLONE (São Paulo, SP)
Violência no Rio
"Sir Craig Reedie, do Comitê
Olímpico Internacional, fez um paralelo entre o atentado terrorista
ocorrido em Londres em 7 de julho
de 2005 e as mortes no morro dos
Macacos no Rio de Janeiro ("Violência não foi escondida do COI, diz
prefeito", Cotidiano, 20/10).
Infelizmente, há uma diferença
atroz entre os dois casos.
O primeiro estava inserido dentro de uma circunstância isolada,
pois todos os países envolvidos na
Guerra do Iraque pertenciam ao
grupo de foco do terrorismo.
No caso do Rio de Janeiro, a situação é endêmica, uma vez que o
crime organizado se tornou uma
instituição paralela aos governos
municipal, estadual e federal."
THOMAS HOHL (Campinas, SP)
"Como assinante desta Folha, fiquei estarrecido ao deparar ontem
com a foto em primeira página de
um cadáver em um carrinho de supermercado, com aparentes marcas de tortura.
Será que uma foto desse tipo é
realmente necessária na primeira
página do maior jornal do país?
Não. Nas páginas internas, seria de
bom-tom.
É inconcebível que um jornal do
porte da Folha se iguale aos piores
"jornais" (se assim podemos chamá-los) dos cantões violentos do Rio.
Por que ter que impor aos assinantes e leitores esse tipo de imagem? Será que somente a reportagem escrita não bastaria?
Como uma força centrípeta, violência visual só atrai mais revolta
para uma boa parcela da população
que se guia por apelos visuais, causando mais sensação de impunidade e desesperança."
MARCOS ANILTON MOREIRA DOS SANTOS
(Rio de Janeiro, RJ)
"Terrorismo mesmo é colocar
uma foto de 20 cm x 30 cm de crime
na primeira página da Folha -sem
texto jornalístico."
JOÃO PEREIRA MENDES (São Paulo, SP)
MST
"É possível, é claro, não concordar com as ideias que Luiz Carlos
Bresser-Pereira expôs em seu texto
de 20/10 ("Indignação com as laranjeiras", Dinheiro), mas se trata,
sem dúvida, de uma abordagem lúcida e oportuna de um tema difícil.
Quando menos, contribui para
que sejam levados em conta alguns
aspectos importantes da questão e
para que se evite a demonização
das ações do MST, fruto, quase
sempre, de serem ignorados esses
aspectos."
ZENON LOTUFO JÚNIOR (São Paulo, SP)
RS
"Acabou em pizza, infelizmente,
o pedido de impeachment da governadora tucana do Rio Grande do
Sul, Yeda Crusius ("Assembleia rejeita ação de impeachment contra
Yeda Crusius", Brasil, ontem).
Parece que a ala governista e os
políticos do PSDB "trabalharam" incansavelmente para jogar toda a lama, sujeira e falcatrua daquele desgoverno tucano para debaixo do tapete, desonrando a moral e o caráter do povo sul-rio-grandense."
CÉLIO BORBA (Curitiba, PR)
Masp
"No texto "Muita discussão e...
"até o próximo incêndio?" (Ilustrada, ontem), o jornalista Marcos Augusto Gonçalves diz que é preciso pagar para expor no Masp.
A informação é falsa, não corresponde à realidade do Masp e nos
traz sérios prejuízos em relação a
patrocinadores, produtores e artistas, além de informar mal o leitor.
As condições para expor no museu não incluem nenhum pagamento, o que pode ser atestado com
os artistas brasileiros e internacionais que lá expuseram nos últimos
anos (Alex Flemming, Vera Chaves
Barcelos e Manuel Vilariño, entre
tantos) e com curadores e produtores que organizaram as mais de 30
exposições lá mostradas nos últimos três anos (Paulo Herkenhoff,
Base 7, Centro Cultural da Espanha
e muitos outros).
A maior parte dessas exposições é
realizada com o apoio de patrocinadores, e outras, com os recursos
próprios do museu."
PAULO ALVES , assessor de comunicação do Masp
-Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (São Paulo, SP)
Resposta do jornalista Marcos
Augusto Gonçalves - Não era intenção do artigo colocar em dúvida os princípios éticos que
norteiam a gestão do Masp,
apenas sublinhar que a maior
parte das exposições abrigadas
por instituições dessa importância precisa estar previamente paga por patrocinadores para
que aconteça. Leia abaixo a seção "Erramos".
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