São Paulo, quarta-feira, 23 de março de 2011 |
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GUSTAVO DE SOUSA RESENDE NETO (Uberaba, MG) Obama no Brasil Nós, brasileiros, temos que confiar desconfiando. Refiro-me à atitude do ilustre presidente norte-americano, Barack Obama, passeando pelo Brasil e fazendo seu jogo de interesses. Ele acabou nos deixando decepcionados. Mostrou o seu outro lado: o da dupla personalidade, pois, dentro de nossa pátria, deu ordem para bombardear a Líbia. Também não foi nada ética a atitude de seus seguranças revistarem ministros brasileiros. MARIO ANTIQUEIRA ROCHA (São José dos Campos, SP) Será que a Rússia, a China, o Reino Unido e a França também permitem que seus ministros sejam revistados pelos agentes do serviço secreto americano quando, em seus solos pátrios, comparecem a uma solenidade na qual está presente o presidente dos Estados Unidos em visita oficial a seus países? EVARISTO BECHELLI (São Paulo, SP) Obama, Líbia e políticos Os Estados Unidos viraram a Geni do mundo. Se os norte-americanos invadem a Líbia, são invasores. Se não invadem, são negligentes. Mas não vejo nenhum leitor indignado escrever sobre Barros Munhoz, Jaqueline Roriz e Gilberto Kassab. MARCELO CIOTI (Atibaia, SP) "Nunca antes" Estapafúrdia a análise de Vera Magalhães ("Dilma revoga o 'nunca antes'", Opinião, ontem). O cortês convite para que ex-presidentes brasileiros participassem de recepção a Barack Obama foi meramente protocolar. Portanto é uma grande bobagem dizer que o convite a FHC significa reconhecimento de supostas conquistas econômicas, políticas e sociais da pós-democratização, do mesmo modo que seria ridículo afirmar que o convite a Collor significa reconhecimento da luta para combater a corrupção ou que o convite a Sarney representa a compreensão da guerra travada pelo Brasil contra o fisiologismo. Ademais, em vez de revogar, Dilma está aprofundando o "nunca antes": nunca antes na história deste país se viu tamanha falta de oposição! SIDNEI JOSÉ DE BRITO (São Paulo, SP) Excelente o texto de Vera Magalhães, "Dilma revoga o 'nunca antes'". A presidente conseguiu reunir três ex-presidentes brasileiros na visita de Barack Obama. Fato muito esquisito foi a ausência do ex-presidente Lula, para "não ofuscá-la". Em suma, o que vemos aqui é uma política de compadres e conchavos. As ideologias partidárias ficam para trás, ou seja, o país está cheio de políticos fisiológicos. ADALBERTO FERNANDO SANTOS (Taubaté, SP) Edemar "Uma mentira, ainda que repetida milhões de vezes, será sempre uma mentira". Essa é a única verdade do artigo de Jorge Queiroz ("Tendências/Debates", ontem). Queiroz, de fato, já não representa os credores da massa falida do Banco Santos. Sua destituição foi pedida em novembro pelo Real Grandeza e por mais de 105 credores, inclusive os maiores fundos de pensão do país, à 2ª Vara de Falências. Queiroz perdeu a confiança dos credores por razões como concordar com absurdos descontos de mais de R$ 800 milhões a devedores de primeira linha. O patrimônio líquido negativo levantado pelo interventor e confirmado pela autofalência é de R$ 2,2 bilhões; a massa falida recebeu cerca de R$ 1,2 bilhão, à vista ou em parcelas. Com apoio de Queiroz, houve descontos de cerca de R$ 800 milhões a devedores, o que soma quase R$ 2,2 bilhões. E há cerca de R$ 3 bilhões em discussão judicial, com vitórias em primeira e muitas em segunda instância. Essa é a verdade. EDEMAR CID FERREIRA, ex-dono do Banco Santos (São Paulo, SP) Kassab A criação do novo partido pelo prefeito Gilberto Kassab demonstra o caráter da maioria dos políticos brasileiros. Só pensam em si próprios. O iate do DEM começou a ficar à deriva e imediatamente alguns se posicionaram para sair. O DEM ainda tem muitos votos no Brasil, mas precisa tomar cuidado com alguns políticos que ficaram no partido. GUILHERME DE CAMPOS NETTO (Votuporanga, SP) Obstetrícia Como paciente e como médica, tenho o dever de tornar pública a minha indignação pelo fechamento do curso de obstetrícia da USP ("Obstetrícia da USP pode sair da Fuvest", Cotidiano, 19/3). O papel da obstetriz é fundamental no parto natural ou normal, tanto domiciliar como hospitalar, pois sua atuação é o que o torna viável. Dificilmente o obstetra pode, sozinho, conduzir um parto. SILVIA MATTOSO GIOIELLI (São Paulo, SP) Energia Diante dos estragos que uma usina nuclear pode causar, fiquei esperançoso ao ler a entrevista de Eduardo Assad, secretário nacional de Mudança Climática ("Brasileiro pobre também deveria ter painel solar", Ciência, ontem). Finalmente alguém fala em energia fotovoltaica, que transforma a luz do sol em energia elétrica, sobrepujando o mero uso da energia solar para aquecer a água. A USP tem uma estação experimental, mas parece que é só para inglês ver. Ninguém pensa em expandir a invenção, com a desculpa de que o custo não compensa. JAIME PEREIRA DA SILVA (São Paulo, SP) Leia mais cartas na Folha Online www.folha.com.br/paineldoleitor Serviço de Atendimento ao Assinante: 0800-775-8080 Grande São Paulo: 0/xx/11 3224-3090 www.cliquefolha.com.br Ombudsman: 0800-15-9000 ombudsman@uol.com.br www.folha.com.br/ombudsman Texto Anterior: José Antônio Aleixo da Silva: Por acordo entre ambientalistas e ruralistas Próximo Texto: Erramos Índice | Comunicar Erros |
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