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Painel do leitor
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Oriente Médio
"Desde o acordo de Oslo, Israel
vem fazendo a sua parte para chegar à tão almejada paz no Oriente
Médio. Fez concessões em nome da
paz, saiu de territórios arduamente
conquistados em guerras sangrentas em nome da paz, sacrificou vidas (de soldados e civis) e ideais em
nome da paz, assinou acordos bilaterais em nome da paz. E o que recebeu em contrapartida? Atentados terroristas, promessas não
cumpridas, mísseis iranianos, ódio
e má vontade. Só nos resta concluir
o óbvio: os árabes definitivamente
não querem a paz com os israelenses e, pior, querem a destruição do
Estado de Israel. É lamentável."
HELENA KESSEL (Curitiba, PR)
"Assisti, chocado, à entrevista da
embaixadora de Israel no Brasil,
oferecendo sua versão sobre o assassinato de brasileiros no Líbano
-homens, mulheres e crianças-
que, segundo ela (sublinhando com
sorrisos irônicos), eram colaboradores e cúmplices do Hizbollah.
Nós sabemos que isso não é verdade. Mas o que é a verdade se olharmos para o passado? Quando invadiram a Polônia em 1939, os nazistas também ofereceram explicações com arrogância e sorrisos irônicos. Hoje o Brasil é o país com
maior número de cidadãos assassinados (com predominância de
crianças) pela blitzkrieg sionista no
Líbano. O Canadá, que é o segundo
país, já considerou o embaixador israelense "persona non grata" e chamou de volta seu embaixador em
Israel. Será que vamos ficar estáticos assistindo o nazismo reviver?"
ENIO BASÍLIO RODRIGUES (São Paulo, SP)
"Como se não bastassem os inúmeros problemas vividos aqui, no
Brasil, e a violência exacerbada que
supera, em muito, os conflitos no
Oriente Médio, causa-me espécie
esse número enorme de cartas dos
leitores pró ou contra Israel ou Hizbollah. Será que esses leitores querem transportar o milenar conflito
entre árabes e judeus para cá?"
NELI APARECIDA DE FARIA (São Paulo, SP)
"Todo mundo sabe dizer tudo o
que Israel não deve fazer, mas até
agora ninguém soube dizer o que
Israel pode e deve fazer para defender a sua população das agressões
contínuas -que em sua maioria
nem aparecem mais na mídia."
ALEX STRUM (São Paulo, SP)
"Não bastasse o crime contra a
humanidade, Israel dá uma demonstração de estupidez. Antes de
ajudar o Líbano a controlar o Hizbollah apoiado pela Síria, que foi expulsa do país pelo povo, destrói vidas tentando forçar o impotente governo libanês a controlar o movimento. Consegue apenas alimentar
mais ódio contra si por gerações."
ALBERTO MAC DOWELL DE FIGUEIREDO (São Carlos,
SP)
Varig
"Um grande teatro se armou no
aeroporto Santos Dumont no dia
20. Baseado em um conto real, os
atores não pouparam esforços para
trazer à história o maior realismo
possível diante de uma platéia de figurantes que, entre um misto de
tristeza e revolta, ainda bateram
palmas para o espetáculo. Brasileiro bate palmas à toa -até em enterro! Para mim foi como perder algum familiar e, triste e revoltado,
saber que os criminosos que mataram a empresa estão soltos. Uns fugiram, e outros ainda circulam pelos corredores da companhia. De
que adianta reviver a Varig se 8.000
funcionários não vão participar
dessa ressurreição? Pois a Varig velha, a original, morreu, e com ela foram enterrados R$ 8 bilhões das dívidas com seus funcionários sem
empregos e salários, outros credores e os aposentados do Aerus."
ELITON ROSA (Rio de Janeiro, RJ)
Jornalismo
"Gostaria de parabenizar o editorial da Folha de 20/7 sobre o malfadado PLC nº 79/2004, que amplia a
reserva de mercado para jornalistas. Foi uma explanação brilhante,
muito lúcida e correta, difícil de se
ver na imprensa nacional. A necessidade de "leis de imprensa" e a obrigatoriedade de diploma de nível superior são coisas de ditadura, repudiadas pela Constituição de 1988,
pela Associação Interamericana de
Imprensa e por vários tratados internacionais dos quais somos signatários -logo, obrigados a cumprir. Salta aos olhos, entretanto, a
muda conivência da imprensa com
essa situação, que não mostra esse
assunto na televisão -apenas em
notas de rodapé nos jornais. Sem
uma discussão ampla com a sociedade, corremos o sério risco de vermos mais leis absurdas como esse
PLC ou o "Conselho de Jornalistas".
Liberdade de expressão já!"
GILBERTO ANTÔNIO SILVA (São Bernardo do Campo, SP)
Cor
"O que leva organismos intelectuais como as universidades a manterem em seus registros a cor da pele da pessoa? O que isso representa
para o desenvolvimento cultural e
científico da sociedade? O mais revelador é a sutileza com que essa informação é exigida daquele que deseja participar do meio acadêmico:
a escolha da cor é responsabilidade
do próprio solicitante. Maquiavélica desfaçatez! Ninguém poderá
acusar a instituição de racista, preconceituosa, discriminadora. A resposta fácil é de que esse dado serve
para as estatísticas, como se a cor
fosse algum dado preciso, perfeitamente definido. Para anular esse
argumento, observo que não há pedidos de informações sobre religião, em qual outro curso superior é
formado, se está empregado... E outros dados podem ser utilizados em
estatísticas para traçar um perfil sócio-econômico-cultural dos candidatos. Quando será que vamos perder o hábito de avaliar pessoas pela
cor da pele? Coisa trazida ainda da
época em que as pessoas se surpreendiam quando era um negro
que se apresentava para uma entrevista, consulta profissional ou qualquer outra ocasião de relacionamento humano. Pretendia-se com a
informação da cor evitar o constrangimento da surpresa racista."
JOSÉ RENATO M. DE ALMEIDA (Salvador, BA)
Eleições
"Infelizmente a miopia dos políticos fica evidente em diversos aspectos, e o meio ambiente é mais
um deles. Afinal, pensam os políticos, meio ambiente não dá voto."
ROBERTO SARAIVA (São Bernardo do Campo, SP)
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