São Paulo, domingo, 23 de julho de 2006

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Painel do leitor

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Oriente Médio
"Desde o acordo de Oslo, Israel vem fazendo a sua parte para chegar à tão almejada paz no Oriente Médio. Fez concessões em nome da paz, saiu de territórios arduamente conquistados em guerras sangrentas em nome da paz, sacrificou vidas (de soldados e civis) e ideais em nome da paz, assinou acordos bilaterais em nome da paz. E o que recebeu em contrapartida? Atentados terroristas, promessas não cumpridas, mísseis iranianos, ódio e má vontade. Só nos resta concluir o óbvio: os árabes definitivamente não querem a paz com os israelenses e, pior, querem a destruição do Estado de Israel. É lamentável."
HELENA KESSEL (Curitiba, PR)

 

"Assisti, chocado, à entrevista da embaixadora de Israel no Brasil, oferecendo sua versão sobre o assassinato de brasileiros no Líbano -homens, mulheres e crianças- que, segundo ela (sublinhando com sorrisos irônicos), eram colaboradores e cúmplices do Hizbollah. Nós sabemos que isso não é verdade. Mas o que é a verdade se olharmos para o passado? Quando invadiram a Polônia em 1939, os nazistas também ofereceram explicações com arrogância e sorrisos irônicos. Hoje o Brasil é o país com maior número de cidadãos assassinados (com predominância de crianças) pela blitzkrieg sionista no Líbano. O Canadá, que é o segundo país, já considerou o embaixador israelense "persona non grata" e chamou de volta seu embaixador em Israel. Será que vamos ficar estáticos assistindo o nazismo reviver?"
ENIO BASÍLIO RODRIGUES (São Paulo, SP)
 

"Como se não bastassem os inúmeros problemas vividos aqui, no Brasil, e a violência exacerbada que supera, em muito, os conflitos no Oriente Médio, causa-me espécie esse número enorme de cartas dos leitores pró ou contra Israel ou Hizbollah. Será que esses leitores querem transportar o milenar conflito entre árabes e judeus para cá?"
NELI APARECIDA DE FARIA (São Paulo, SP)
 

"Todo mundo sabe dizer tudo o que Israel não deve fazer, mas até agora ninguém soube dizer o que Israel pode e deve fazer para defender a sua população das agressões contínuas -que em sua maioria nem aparecem mais na mídia."
ALEX STRUM (São Paulo, SP)
 

"Não bastasse o crime contra a humanidade, Israel dá uma demonstração de estupidez. Antes de ajudar o Líbano a controlar o Hizbollah apoiado pela Síria, que foi expulsa do país pelo povo, destrói vidas tentando forçar o impotente governo libanês a controlar o movimento. Consegue apenas alimentar mais ódio contra si por gerações."
ALBERTO MAC DOWELL DE FIGUEIREDO (São Carlos, SP)

Varig
"Um grande teatro se armou no aeroporto Santos Dumont no dia 20. Baseado em um conto real, os atores não pouparam esforços para trazer à história o maior realismo possível diante de uma platéia de figurantes que, entre um misto de tristeza e revolta, ainda bateram palmas para o espetáculo. Brasileiro bate palmas à toa -até em enterro! Para mim foi como perder algum familiar e, triste e revoltado, saber que os criminosos que mataram a empresa estão soltos. Uns fugiram, e outros ainda circulam pelos corredores da companhia. De que adianta reviver a Varig se 8.000 funcionários não vão participar dessa ressurreição? Pois a Varig velha, a original, morreu, e com ela foram enterrados R$ 8 bilhões das dívidas com seus funcionários sem empregos e salários, outros credores e os aposentados do Aerus."
ELITON ROSA (Rio de Janeiro, RJ)

Jornalismo
"Gostaria de parabenizar o editorial da Folha de 20/7 sobre o malfadado PLC nº 79/2004, que amplia a reserva de mercado para jornalistas. Foi uma explanação brilhante, muito lúcida e correta, difícil de se ver na imprensa nacional. A necessidade de "leis de imprensa" e a obrigatoriedade de diploma de nível superior são coisas de ditadura, repudiadas pela Constituição de 1988, pela Associação Interamericana de Imprensa e por vários tratados internacionais dos quais somos signatários -logo, obrigados a cumprir. Salta aos olhos, entretanto, a muda conivência da imprensa com essa situação, que não mostra esse assunto na televisão -apenas em notas de rodapé nos jornais. Sem uma discussão ampla com a sociedade, corremos o sério risco de vermos mais leis absurdas como esse PLC ou o "Conselho de Jornalistas". Liberdade de expressão já!"
GILBERTO ANTÔNIO SILVA (São Bernardo do Campo, SP)

Cor
"O que leva organismos intelectuais como as universidades a manterem em seus registros a cor da pele da pessoa? O que isso representa para o desenvolvimento cultural e científico da sociedade? O mais revelador é a sutileza com que essa informação é exigida daquele que deseja participar do meio acadêmico: a escolha da cor é responsabilidade do próprio solicitante. Maquiavélica desfaçatez! Ninguém poderá acusar a instituição de racista, preconceituosa, discriminadora. A resposta fácil é de que esse dado serve para as estatísticas, como se a cor fosse algum dado preciso, perfeitamente definido. Para anular esse argumento, observo que não há pedidos de informações sobre religião, em qual outro curso superior é formado, se está empregado... E outros dados podem ser utilizados em estatísticas para traçar um perfil sócio-econômico-cultural dos candidatos. Quando será que vamos perder o hábito de avaliar pessoas pela cor da pele? Coisa trazida ainda da época em que as pessoas se surpreendiam quando era um negro que se apresentava para uma entrevista, consulta profissional ou qualquer outra ocasião de relacionamento humano. Pretendia-se com a informação da cor evitar o constrangimento da surpresa racista."
JOSÉ RENATO M. DE ALMEIDA (Salvador, BA)

Eleições
"Infelizmente a miopia dos políticos fica evidente em diversos aspectos, e o meio ambiente é mais um deles. Afinal, pensam os políticos, meio ambiente não dá voto."
ROBERTO SARAIVA (São Bernardo do Campo, SP)

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