São Paulo, quinta-feira, 23 de julho de 2009

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PAINEL DO LEITOR

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Caetano Veloso
"Coerente com a noção de intocabilidade que costumeiramente se autoatribui, Caetano vem se mostrar ofendido a propósito do uso da Lei Rouanet. Não deveria, pois efetivamente lançou mão da lei para subsidiar sua turnê, beneficiando-se de sinal verde propiciado por escalão superior do MinC, já que o pleito havia sido analisado por escalão técnico do ministério e, por sua evidente distorção em face do espírito da lei, julgado não procedente.
Interessante o cantor fazer alusão a um possível "lado Sarney" em sua própria pessoa, lado que se beneficia de benesses do poder público e, ao mesmo tempo, mete a boca na imprensa, tentando desqualificá-la por ter cumprido sua função; lado que diz que alguém recorreu ao MinC para obter os ditos recursos.
Seria bom então ele perguntar a esse alguém o que foi prometido ao MinC em termos de democratizar o bem cultural, conforme o espírito da lei (um dos seus pilares), no caso atropelada. Ingressos a R$ 30 em Juazeiro do Norte: primeiro, é caro, dada a isenção fiscal; segundo, é insuficiente (aliás, uma "pobreza" de retorno) para justificar ter-lhe o poder público aberto as burras."
BOLÍVAR SILVA (São Paulo, SP)

 

"Caetano Veloso ganha respeito quando estrila. Perde quando espinafra as pessoas com rancor.
Taquara rachada, Caetano, é "zê", como sempre alcunhou o público classe "A". Achar normal que sua produtora receba os beneplácitos de uma lei que tira do seu, do meu, dos nossos suados impostos é que é sair do tom, desafinar. Coloquei seus discos em quarentena lá em casa."
LUCAS PACHECO (São Paulo, SP)

 

"Caetano, você é lindo, aliás, está bem mais bonito hoje, aos 66 anos, do que com 30, mas o que o jornal fez foi elucidar como, num país dos espertos e com uma política cultural inexistente aos mais necessitados, deixar que captasse R$ 2 milhões para seu show não seria justo com as pessoas esperando de pires na mão por não serem Caetano."
MARCOS BARBOSA (Casa Branca, SP)

 

"Caetano põe a responsabilidade de captação de recursos de seus shows por meio da Lei Rouanet em seu produtor, ou seja, se há algo errado em financiar com dinheiro público um show que se sustenta por si próprio e dá lucros milionários, a culpa, efetivamente, não é dele.
Chama de careta quem paga R$ 200 para ver seus shows e "uma pobreza" as manifestações de leitores que ficam "meio eufóricos" com histórias tais. São declarações que impressionam, pois, além da alegada euforia, causam-nos choque, confirmando que nós, fãs, leitores, ilustres cidadãos, honestos trabalhadores e pagadores de impostos, somos muito mais que caretas, somos imbecis."
GERALDO SANCHES CARVALHO (São Paulo, SP)

Política
"A Folha coloca muito bem sua opinião no editorial "Lixam-se todos" (Opinião, 22/7). No entanto, há que se reconhecer que os esquemas de corrupção ou de utilização de recursos de forma ilegal por políticos e não-políticos vêm de longa data. O momento atual chama a atenção porque as investigações e apurações são mais abertas e divulgadas que no passado.
Quando se clama para a "opinião pública", fica a pergunta do que é constituído esse "público". Critica-se a grande maioria das pessoas por não formular suas opiniões e escolhas baseadas nas informações publicadas, mas privam-se essas mesmas pessoas de acesso a educação de qualidade. Eu não me lixo para nada disso."
ADILSON ROBERTO GONÇALVES (Lorena, SP)

 

"A Folha expõe o que vem ocorrendo com a política no Brasil, mais exatamente com o comportamento dos políticos e dos eleitores.
É lamentável que assim seja, mas o que se pode esperar, se o próprio presidente da República, do alto de seus índices de aprovação pela população, não coloca a honestidade como um valor nacional, estando sempre a apoiar indivíduos notoriamente aproveitadores das benesses e do dinheiro público para si e suas famílias? Para Lula, só um valor existe: o grau de contribuição política que tais pessoas são supostamente capazes de trazer a seu governo e, mais recentemente, à eleição de seu sucessor, ou sucessora."
ANTONIO DO VALE (São Paulo, SP)

 

"Oportuníssima a coluna "Que nem amebas" (Opinião, 18/7), de Ruy Castro, em que traça um paralelo com personagens da história do velho oeste americano com fatos atuais. Sinceramente, se eu fosse o sr. Sarney, eu teria muita vergonha de me expor cotidianamente. O que o sr. está esperando, Sarney? Renuncie imediatamente."
LUIZ A. BERNARDES DA SILVA (São Carlos, SP)

 

"A versão de José Sarney aos ensinamentos do filósofo Sêneca é: silêncio, não estrague a pizza antes de a massa crescer; paciência, enquanto ela assa; tempo, para adicionar azeitonas, azeite, orégano e cortá-la em pedaços para todos."
MÁRCIO MILTON CARVALHO (Bauru, SP)

 

"Quanta verdade no artigo de Janio de Freitas ("Um país divertido", Brasil, 19/7). Até quando vamos continuar como espectadores passivos do espetáculo circense da pior qualidade (que me perdoem o pessoal dos circos), do qual faz parte grande parte dos políticos? Onde estão os jovens, trabalhadores, cidadãos de bem que não se unem e saem às ruas em protestos?"
IVETE B. DOLAN (São Paulo, SP)

Bienal
"No dia 15/7, o "Painel do Leitor" publicou carta de Manoel Pires da Costa, onde ele formula referência ofensiva, desonesta e cínica à minha pessoa, na qualidade de presidente do Conselho de Administração da Fundação Bienal. Ele se esqueceu de explicar que eu não convoquei a eleição para a sua sucessão porque não havia candidato. Fato inédito na história da fundação.
Primeiro, é preciso que se diga que as contas, devidamente auditadas, da diretoria que encerrou seu mandato em 6/2/2009 só foram entregues ao nosso conselho fiscal no dia 5/5/2009. E todos os potenciais candidatos queriam saber sobre a saúde dessas contas.
Segundo, ao Ministério Público prestei uma informação solicitada, como soe acontecer nos procedimentos da Curadoria das Fundações. Quem foi cobrado, sim, pelo Ministério Público, foi o ex-presidente, tendo de assinar, no dia 17/5/2007, um termo de ajustamento de conduta por ter vilipendiado o estatuto da fundação, ao contratar familiares e assinar contratos com empresas de sua propriedade."
MIGUEL PEREIRA , presidente do Conselho de Administração da Fundação Bienal de São Paulo

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