São Paulo, sábado, 23 de novembro de 2002

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PAINEL DO LEITOR

Oriente Médio
"Venho colocar nesse pequeno espaço a minha preocupação com tantas vidas perdidas no Oriente Médio -tanto por parte de palestinos como por parte de Israel.
O primeiro-ministro Ariel Sharon, como representante do lado -a meu ver- mais forte, deveria assistir ao filme "Queimada", estrelado por Marlon Brando, e verificar que se pode liquidar pessoas, mas não ideais. Que tal partir para uma negociação limpa e favorável para ambas as partes e acabar de vez com o sofrimento das famílias de ambos os lados?"
Márcio Ferreira de Morais (São Paulo, SP)

IPVA
"Nos últimos dez anos, paguei o IPVA de meus veículos em dia. Quem não pagou até 1998, agora vai ser anistiado. O governo do Estado, em vez de dar maior desconto ao fiel contribuinte ou de parcelar o pagamento em mais vezes sem juros, dá anistia para os caloteiros.
É quase 1,1 milhão veículos perambulando por aí sem licenciamento."
Walmor Barbosa Martins Jr. (Jundiaí, SP)

Mandatos
"O leitor Paulo Roberto da Silva Gomes ("Painel do Leitor", 22/11) está equivocado em sua reclamação. Os cidadãos de Ribeirão Preto lamentam a perda do grande prefeito Palocci, mas compreendem perfeitamente a importância de sua participação no governo Lula. Quando da sua eleição, não havia como saber que Lula iria vencer, que Celso Daniel iria ser assassinado etc. O compromisso de Palocci, assinado em cartório, era de não abandonar o mandato para se candidatar a outro, e só. Quanto a José Dirceu e a Mercadante, gostaria de esclarecer que os eleitores do PT, conscientes, votam no partido, acima de tudo. Os suplentes de ambos são pessoas qualificadas, que têm todas as condições de assumir um mandato. Quem vota deve ter o cuidado de verificar os suplentes dos candidatos."
Luís Sérgio Borges Fantacini (Ribeirão Preto, SP)
 

"Em relação à curiosa manifestação do leitor Paulo Roberto da Silva Gomes, supõem-se que os eleitores (mais de 10 milhões) que elegeram o senador Mercadante confiem nele para exercer o trabalho de senador e também o de ministro. A prática de convidar parlamentares e administradores eleitos, por merecerem a confiança de seus eleitores, sempre foi utilizada. Os cearenses por acaso ficaram ofendidos com a renúncia do governador Ciro Gomes para ser ministro da Fazenda? Nunca se falou ou escreveu algo quanto a isso! Essa perseguição ao ex-prefeito e a outros do PT está pegando mal e com cheiro de terceiro turno."
Carlos Brisola Marcondes (Florianópolis, SC)

Tributos
"O PT é engraçado. Lutava contra todos os impostos, contra qualquer aumento e/ou manutenção de contribuições provisórias.
Agora, que virou governo, além de manter o IR em 27,5% (coisa que achavam um absurdo), querem aumentar a Cide (que o Lula nem sabia o que era) em mais R$ 0,30.
Logo terão de mudar o seu nome de Partido dos Trabalhadores para "Partido dos Tributos"."
Alexandre Colella (Guarujá, SP)

Impunidade e gastança
"O governo Lula vai iniciar-se com a oficialização da impunidade no Brasil -mesmo não tendo nenhuma culpa por isso.
O fórum privilegiado para autoridades é a prova viva disso. Para ajudar, também estão criando o cargo de senador vitalício para ex-presidentes.
Realmente, isso é que é gastança. O Brasil tem muito dinheiro nos cofres."
Antonio José G. Marques (São Paulo, SP)

Foro privilegiado
"A respeito da reportagem "Foro privilegiado já tem 5 votos no STF" (Brasil, pág. A11, 21/11), dando conta de que falta apenas um voto para que o Supremo Tribunal Federal aprove o foro privilegiado também para os atos de improbidade administrativa, cabe acrescentar que a sinalização emitida por aquele órgão do Judiciário já foi devidamente captada por "antenas" bem próximas. Ou seja, a súmula vinculante e/ou o "decisum" que iremos conhecer, "com toda satisfação", nos próximos dias já andou virando jurisprudência."
Floro Sant'ana De Andrade Neto (Maceió, AL)

Educação
"Sob o título "Professores", esta seção trouxe ontem carta do sr. Carlos Magagnini, coordenador de comunicação e imprensa da Secretaria de Estado da Educação.
A municipalização do ensino é um assunto muito importante e complexo. A resposta da Secretaria da Educação do Estado à carta de uma leitora é muito simplista e passa uma imagem à sociedade de que se trata de um caso isolado. A municipalização é questão antiga -constou da lei federal 5.692, de 1971, que fixou as diretrizes e bases para o ensino de 1º e de 2º graus. Por falta de decisão política, o tempo passou e nada foi feito. A Constituição Federal de 1988 e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, de 1996, voltaram ao assunto, mas de modo vago. Não se concebe a municipalização do ensino por intermédio de simples convênios entre os Estados e os municípios. O Estado quer, mas um município não quer ou a Câmara Municipal, pressionada, não aceita. Um prefeito firma convênio e inicia a municipalização, mas o novo prefeito não concorda e desfaz-se a municipalização.
Deve-se também definir a situação funcional dos profissionais do ensino, o piso salarial, as competências dos municípios e a ação de um Fundef que realmente funcione, não como ocorre agora. O primeiro a não cumprir as regras é o próprio governo federal."
Rodolpho Pereira Lima, ex-secretário municipal de Educação de Bauru (Bauru, SP)


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