São Paulo, sexta-feira, 24 de fevereiro de 2006

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PAINEL DO LEITOR @ - leitor@uol.com.br


2005, o ano que não aconteceu
"Ao vermos a recuperação de Lula na última pesquisa Datafolha, percebemos que o impacto dos escândalos envolvendo Lula demonstra-se mínimo. A Folha empenhou todos os seus esforços para trazer a público a imensa rede de corrupção instalada no país, que se tornou nítida em 2005. Seria triste ver que os esforços da imprensa terão sido em vão e ouvir os petistas dizerem nos seus respectivos programas eleitorais que 2005 simplesmente será apagado da memória dos eleitores."
Thomas Hohl (Campinas, SP)

 

"O presidente Lula, em sua nova campanha, está brincando com o sentimento e a inteligência dos brasileiros. Passou três anos viajando fora do Brasil, deixou o seu partido e a base aliada estabelecerem o maior escândalo de corrupção já visto no país, paralisou todas as obras de infra-estrutura e conservação, cortou verbas da saúde para desviá-la ao Bolsa Família etc. Seu governo não tem um plano de metas de desenvolvimento para ciência/tecnologia, indústria manufatureira, agricultura/agroindústria -nem de curto nem de médio prazo. O resultado desses três anos de governo foi a destruição da malha rodoviária e hospitais públicos em estado de calamidade."
Luiz Antonio Pratali (Santos, SP)

Carandiru
"A Comissão Justiça e Paz de São Paulo reitera a sua perplexidade e indignação com os resultados do recente julgamento do coronel Ubiratan Guimarães, fazendo suas as palavras do articulista Demétrio Magnoli publicadas ontem (Opinião, pág. A2) bem como outras manifestações do mesmo teor, como a da doutora Flávia Piovesan e a do doutor Hélio Bicudo, nossos históricos companheiros de luta, além de editorial da própria Folha."
Antonio Carlos Ribeiro Fester, secretário-geral da CJPSP (São Paulo, SP)

 

"É incrível que, neste país, para ficar do lado das leis e dos direitos humanos, seja necessário ficar do lado da bandidagem. O senador Eduardo Suplicy deitou-se no chão ao lado dos manifestantes para protestar contra a decisão do TJ-SP que absolveu o coronel Ubiratan. É claro que não precisava ter acontecido nada daquilo -e ninguém de bom senso faria festa por conta daquele episódio-, mas e as famílias vitimadas pelo assassinos que depois foram mortos? Tiveram o consolo dos direitos humanos ou do senador Suplicy? Eu já não entendo mais nada."
Samoel Lourenço Ferreira (Franca, SP)

Racha
"Por que a Folha não trata a disputa entre as alas do PSDB para definir o candidato do partido à Presidência como "racha do partido" como faziam com o PT há alguns anos? Parece que estão sendo utilizados dois pesos e duas medidas na cobertura política."
Renato de Sousa Porto Gilioli (São Paulo, SP)

Recordes
"Quero parabenizar a nobre jornalista Eliane Cantanhêde por sua coluna de ontem ("O país dos recordes", Opinião, pág. A2). É excelente! Também compartilho plenamente do seu ponto de vista. Como seria fácil resolver isso. Bastaria elaborar uma tabela progressiva de alíquota de Imposto de Renda para as empresas, algo semelhante ao que é feito com as pessoas físicas. Quando há uma meia dúzia de empresas com lucros acima de R$ 1 bilhão, nada mais justo do que aplicar uma tabela condizente com tal lucro. Afinal, todo lucro com rentabilidade acima do crescimento do país significa transferência de renda de algum setor para tais privilegiados. Acho que não preciso dizer de onde ou de quem está havendo tal subtração. Ou se faz algo agora ou caminhamos então para uma sociedade de injustiça extrema."
Clóvis Deitos (Campinas, SP)

Terceira via
"Li e reli os artigos "O fim da roubalheira", do senador ACM, e "A terceira quebra", do deputado Henrique Fontana ("Tendências/Debates", 22/2), para ter a certeza de que não estava sonhando. Tudo bem, democracia é isso, todos têm o direito de se expressar. Mas é penoso suportar essa hipocrisia reinante entre PT, PFL/PSDB e seus asseclas, que não têm crédito moral -com raríssimas exceções- para discutir sobre ética, mas tentam nos convencer de que não foram, quando governo, um mal ao país. É preciso que surjam urgentemente outras opções, que poderão aglutinar-se formando a "terceira via", pessoas realmente comprometidas com a nação."
João Carlos Gonçalves Pereira (Lins, SP)

Suicídio do PSDB
"Para mim é especialmente triste ter lido o artigo de Augusto de Franco na página A3 de ontem ("O iminente suicídio do PSDB'), pois é impossível discordar de qualquer palavra lá escrita -e com mais tristeza ainda vemos que os políticos enxergam o país pensando apenas em seus umbigos, e não no bem coletivo, que deveria nortear todas as nossas ações. Espero que isso seja um alerta para as oposições, principalmente para o PSDB e o PFL, se é que ainda temos tempo. De qualquer forma, parabéns ao senhor Augusto Franco pela lucidez do artigo."
Yussif Ali Mere Júnior, médico nefrologista, presidente do Diretório Municipal do PSDB de Ribeirão Preto (Ribeirão Preto, SP)

Copa
"É um absurdo o comunicado da Rede Globo em jornais sobre a cessão de imagens dos jogos da Copa. A emissora opera por meio de concessão, ou seja, as "ondas do ar" pertencem aos brasileiros e brasileiras. Somos nós que bancamos a infra-estrutura de telecomunicação no país e as despesas fundamentais de preparação e participação da seleção nos jogos. Agora vem a emissora ditando regras de como e com quem podemos assistir aos jogos. Proíbe a exibição em locais públicos para audiências coletivas, obriga-nos a engolir os intervalos comerciais (já estão faturando legal com os patrocinadores), restringe a veiculação via internet e veta a utilização de videoteipe. A Copa é uma festa da população brasileira, e não da Rede Globo."
Márcia Meireles (São Paulo, SP)

E a criança?
"Discute-se a alfabetização e o letramento. A grande polêmica concentra-se sobre os métodos da alfabetização, e os debatedores dividem-se em defender ou o processo fônico ou a compreensão de mundo na aquisição da leitura e escrita. Em nenhuma reportagem que li se falou sobre a questão que, para mim, é a única focal: a concreta possibilidade do diálogo com a criança nesse processo. Todo processo, em qualquer momento e movimento, pode ser dinamizado pelo diálogo respeitoso e recíproco com o aluno, esteja ele em que idade estiver. Mas ainda não tenho visto isso nas práticas escolares nem nas notícias; não é fato. O debate deveria tomar outra direção: o que fazer para tornar a aprendizagem dialógica e respeitosa do ponto de vista da criança? E não imagino essa possibilidade numa sala de aula onde estão presentes um professor e 40 alunos."
Sandra Cardoso, professora da rede municipal de Sorocaba (Sorocaba, SP)

85 anos da Folha
"Oitenta e cinco anos de vida, quase 44 de trajetória segura, pensada, madura e ascendente. Parabéns!"
Carlos Brickmann, Brickmann & Associados Comunicação (São Paulo, SP)


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