São Paulo, segunda-feira, 24 de abril de 2000


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PAINEL DO LEITOR


Elián

"A comunidade cubana de Miami não atinou nem um pouco com o trauma que está causando ao pequeno Elián, só seguiu o impulso de sua ideologia anticastrista. Foi contra as leis dos EUA, país que lhe dera abrigo, obrigando sua Justiça a usar a força. Felicidades para Elián."
Elza Nardelli Pereira (São Paulo, SP)

De fatia em fatia

"De manobra em manobra, de recurso em recurso, de liminar em liminar, de comissão em comissão, de parecer em parecer, de processo em processo, de parafernália em parafernália, dita jurídica, o senhor prefeito Celso Pitta chegará ao fim de seu mandato e, na forma da lei, entregará ao seu sucessor as chaves da cidade em gloriosa pizzaiada e nós, ilustres otários pagantes da conta, elegeremos o novo alcaide desta cidade."
Armando Podadera (São Paulo, SP)

Às reformas

"Vem aí a grande reforma política! Primeiro item: financiamento da campanha política com dinheiro público; demais itens: depois iremos estudar. Conforme explicação do sr. Aloysio Ferreira, é para que o político não fique refém de doadores. Será que nossos governantes são reféns de alguém? Voltamos à velha pergunta: e para saúde, a educação, a segurança, não tem dinheiro?"
Marcos Mendes Ribeiro (Taubaté, SP)


Ficha limpa

"Se os partidos políticos exigissem de seus candidatos um "currículo" de pelo menos dez anos e com visto da Secretaria da Segurança Pública, garanto que o povo brasileiro saberia votar, pois não haveria ladrão candidato. Esse seria o dever dos partidos se de fato fossem sérios."
Alberto Buongermino (São Paulo, SP)

Dividir para continuar

"A estratégia de FHC para conquistar mais um mandato presidencial é clara: dividir a coalizão conservadora que lidera e apresentar-se como único capaz de unificá-la; alardear, como um sucesso, o crescimento do PIB em torno de 4% ao ano entre 2000 e 2002, torrar o "meu, o seu, o nosso dinheiro" em publicidade e defender a tese de que a primeira reeleição só poderá ocorrer em 2002, uma vez que, na eleição de 1994, não era prevista no texto constitucional e que apenas em 1998 é que foi eleito conforme as normas constitucionais vigentes. Assim cabe à oposição barrar, unida, a intenção do "Príncipe da Sociologia" de continuar seu reinado medíocre."
José Mauricio Viveiros de Freitas (São Paulo, SP)

Iniciativa dúbia

"Finalmente a Câmara aprovou o processo de impeachment de Celso Pitta. Nós, os advogados de São Paulo, estamos envergonhados. A OAB-SP, parte ilegítima para requerer a instauração de tal procedimento, submeteu-se, subservientemente, às pretensões de vereadores covardes e assumiu, sem poder assumir, a paternidade de tal iniciativa. Ninguém, até agora e certamente por conveniência, se deu conta dessa ilegalidade. Afinal, parece que legitimidade de parte é assunto desconhecido dos advogados subscritores do tal requerimento, aliás conselheiros, e dos nobres vereadores. Agradecemos ao Conselho da OAB-SP, presidido por Rubens Approbato, o vexame que estamos passando, mas as eleições da Ordem estão logo aí. Quem viver verá."
Antonio Cândido Dinamarco (São Paulo, SP)

Verba saudável

"Surpreende a tenacidade do senador Paulo Souto, no artigo de "Tendências/Debates" (18/4) em defender a rigidez do liberalismo rastaquera que se opõe à defesa da vida. Garantida constitucional e prioritariamente como princípio, no projeto do deputado Eduardo Jorge, de vincular recursos para a saúde -que se afirmaria em decisão jurídica por sua vital finalidade. Vincula-se tudo, esvazia-se Estado e município, mas saúde não, vivam os planos privados! Afinal, alguém há de protegê-los!"
Paulo Matos (Santos, SP)

Memória específica

"FHC fez campanha de eleição e reeleição prometendo justiça social, mas só se lembra das contas do INSS quando determina o salário mínimo.
Senhor presidente, espero vê-lo como cidadão comum, podendo levantar sua cabeça e encarar o povo olho no olho. Gostaria de, como seu eleitor, enxergá-lo como estadista, ainda é um sonho meu e de milhões de brasileiros. Se o senhor é refém de alguma classe dominante, se solte."
Daniel Quaresma Brum (São Paulo, SP)

Em cadeia

"A TV popular erotiza e impele ao crime. As favelas e os cortiços absorvem. E nós outros pagamos o preço, em assaltos, estupros, mortes e sequestros."
Oswaldo Chiquetto (São Paulo, SP)

Juros sobre juros

"FHC editou medida provisória que permite aos bancos e instituições financeiras em geral cobrarem juros sobre juros em empréstimos, cartões de créditos e crediários! Essa medida provisória pode ser considerada como abusiva, arbitrária, imoral e inconstitucional, digna de um governo que só favorece banqueiros em detrimento das classes menos protegidas, que por múltiplos motivos, inclusive a perda de emprego (tão comum neste governo), são obrigadas a atrasar seus compromissos! Quando veremos FHC, o rei das medidas provisórias, editar uma só que favoreça o povão? E o silêncio dos nossos deputados e senadores é de estarrecer. E o PSDB, partido de FHC, fica a favor dessa imoralidade?"
Anácio Haddad (São Paulo, SP)

Maioria pelo celibato

"O papa João Paulo 2º, reafirmando o celibato, respeitou a decisão de 85% dos padres que optarem novamente por essa disciplina eclesial. Há três coisas que um padre precisa para ser realizado afetivamente: o amor, uma pretensa feminina e o "tocar afirmativo". O padre não precisa de uma mulher na cama para ser feliz. É uma pena que a Rede Globo não entenda essa verdade. A fixação que ela tem em relação ao sexo genital virou uma obsessão que não lhe permite enxergar valores mais nobres no ser humano."
Antonio Mellace, padre (São Paulo, SP)

Ônibus da mamãe

"Terrivelmente vergonhoso é o sistema de transporte oferecido a nós paulistanos. É triste ver e ser transportado como animais. Aquela velha frase, "em coração de mãe, sempre cabe mais um", tem-se aplicado diariamente aos ônibus municipais. E, para piorar, o motorista, sem dó, nem piedade, corre desenfreadamente, chacoalhando de um lado para o outro os que rezam para que seu ponto esteja próximo..."
Renata Zulma Alves do Vale (São Paulo, SP)


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