Ambiente
"Admirei o esforço do ex-ministro Carlos Minc no combate ao desmatamento na região amazônica.
A nova ministra, Izabella Teixeira, que "pegou o bonde andando", pode ter parte da solução imediatamente -pelo menos para uso em construções civis.
O prefeito Ocimar Polli, de Itupeva (SP), promulgou, em outubro de 2009, lei que determina que o munícipe, ao solicitar o Habite-se, deve obrigatoriamente anexar cópia da nota fiscal da compra de madeira "nativa" -com Documento de Origem Florestal, do Ibama.
O prefeito Polli cumpre o seu papel de defensor da natureza. Que tal a magnífica lei tornar-se federal?"
JOSÉ ALCEU DEMARCHI (São Paulo, SP)

Venezuela
"Ao criticar o artigo de Maximilen Arvelaiz, embaixador da Venezuela no Brasil, o leitor Sérgio Gobbato (21/4) afirma que no país vizinho não há alternância no poder nem liberdade de expressão.
O leitor certamente ignora que o presidente Hugo Chávez chegou ao poder em 1998 eleito por maioria absoluta (56% dos votos) e foi reconduzido ao cargo duas vezes, sempre pelo voto popular: em 2000 (com 59,7% dos votos) e em 2006 (com 62,9% dos votos).
Assisti a uma eleição e a um plebiscito na Venezuela, na condição de observador internacional, e pude testemunhar a lisura de ambos os pleitos.
Em relação à inexistência de liberdade de expressão, sugiro ao senhor Gobbato ver os sites dos dois principais jornais de lá: El Nacional (www.el-nacional.com) e El Universal (www.eluniversal.com), ferrenhos adversários do presidente Chávez. Ele poderá constatar com seus próprios olhos o grau de liberdade de que desfrutam os meios de comunicação locais."
FERNANDO MORAIS, jornalista (São Paulo, SP)

Brasil
"O colunista Ruy Castro, em seu artigo de 21/4 (Opinião), deforma a história do Brasil. Carlos Lacerda não ajudou a derrubar Jânio Quadros. Jânio renunciou, "sponte sua", quando flagrado tramando um golpe de Estado.
Jango Goulart seria derrubado mesmo sem a ajuda de Lacerda, mas fugiu antes, quando foi flagrado pelos militares tramando implantar ditadura comunista, ajudado por Luis Carlos Prestes (o mega-assassino de 1935), por comunistas, por Cuba e pela União Soviética (estas últimas, posteriormente, custearam os "patriotas" desejosos de reconduzir Prestes e Jango). Os que assassinaram 123 brasileiros agora estão no governo, locupletados em "indenizações" por haverem traído a pátria.
O resto do artigo é pura ficção.
O signatário desta carta conviveu intimamente com Lacerda e com Jânio, além de ter sido testemunha de corpo presente dos fatos acima."
GUSTAVO E. O. BORGES, ex-diretor-geral dos Correios e Telégrafos no governo Jânio e ex-secretário da Segurança Pública no governo Lacerda (Rio de Janeiro, RJ)

Estofadinhos e beicinhos
"A má vontade das empreiteiras em participar do leilão de Belo Monte é parcialmente explicada pelo fato de estarem "estofadinhas", como ressaltou Fernando de Barros e Silva ("Estofadinhos", 20/4).
O problema é que os donos do dinheiro no Brasil estão acostumados a ganhar muito sem risco. E, mesmo que o BNDES financie 99,9% da obra, ainda vão fazer beicinho.
É o capitalismo sem risco brasileiro em ação, que não permite generalizações sobre as maravilhas desse sistema econômico."
CARLOS BRISOLA MARCONDES (Florianópolis, SC)

Professores
"Não aprovo a maneira como o sindicato dos professores conduziu o movimento por melhores salários (de fato defasados) em São Paulo.
Mas levei um susto com o parecer da Procuradoria-Geral Eleitoral ("Greve de professor foi política, diz procurador", Brasil, ontem). Nunca vi um movimento de trabalhadores que ostentasse apenas bandeiras relacionadas às condições de trabalho. Toda greve é política.
Trabalhador não pode se manifestar politicamente? Cuba é aqui?
Também surpreende que a Procuradoria considere que Serra já era candidato antes do dia 10 porque "já era veiculado em toda mídia nacional...". Quem define as regras do processo eleitoral? As leis ou a mídia? Se Serra e Dilma já eram candidatos por conta da veiculação na mídia, a Justiça Eleitoral foi omissa, e PT e PSDB têm muita multa para pagar."
FABIANA TAMBELLINI (São Paulo, SP)

Baleias
"O mundo tem assistido ao espetáculo grotesco protagonizado pelos baleeiros japoneses. Os países que promovem essa abominável prática devem sentir o repúdio de todos os povos mundiais.
Não se pode transigir com a vida das baleias, tesouro do planeta."
TATIANA LA SCALA LAMBAUER (Santos, SP)

Brasília, 50
"Realmente faz sentido a parada da Disney em Brasília.
Havia o Mickey, alegoricamente representando os ratos que infestam Brasília, o Pateta, representando o nosso povo, e, quem sabe, o Donald representando o nosso presidente."
VALDIR PRICOLI (São Paulo, SP)

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