São Paulo, domingo, 24 de maio de 2009

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PAINEL DO LEITOR

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Igreja Católica
"No caso da República da Irlanda, é óbvio que o relatório da Comissão de Investigação dos Abusos Infantis e a notícia sobre o assunto estão recheados de mentiras. O mundo contemporâneo marca o ódio latente dos que são contrários à Igreja Católica. Isso se explica facilmente, pois, além de ser a mais antiga instituição que permeou todas as fronteiras da história, cuida e acolhe no mundo milhões de crianças, idosos e doentes em todos os continentes. É a maior instituição de caridade da face da terra. Realmente, a igreja incomoda este mundo consumidor e individualista."
LUIZ EDUARDO CANTARELLI (Belo Horizonte, MG)

Transplante
"A reportagem "De irmão para irmã" (Saúde, 17/5) dá a impressão de que transplante intervivos de fígado é algo novo, extraordinário.
Lembro, no entanto, que o transplante intervivos de fígado foi realizado pela primeira vez no mundo em 1989 pela nossa equipe da Unidade de Fígado, que, na época, atuava no Hospital das Clínicas da USP. Essa experiência inicial foi publicada na prestigiosa revista "Lancet", constituindo-se num dos trabalhos contendo autores exclusivamente brasileiros mais citados na literatura científica médica. Atualmente tem quase 250 citações no "ISI Web of Knowledge", instituição que avalia o impacto de uma publicação científica.
Apesar de compreender a emoção e a preocupação dos familiares, essa história é comum a tantas outras que envolvem esse e outros tipos de transplante com doador vivo. Quando atuamos no Hospital Israelita Albert Einstein, entre 2002 e 2007, realizamos 140 dessas operações ali. Outras equipes de São Paulo e do Brasil possuem experiências semelhantes. No Brasil, são feitos entre 120 e 200 transplantes intervivos por ano."
SERGIO MIES, professor associado de cirurgia da Faculdade de Medicina da USP, coordenador técnico da equipe da Unidade de Fígado do Instituto Dante Pazzanese (São Paulo, SP)

Parto
"Dou meus parabéns à Folha pela excelente reportagem sobre o absurdo da negação do direito a acompanhante no parto (Saúde, 20/5). No mundo inteiro, isso se tornou uma rotina, uma vez que toda a evidência científica mostra os inúmeros benefícios dessa medida simples e humana para a mãe e para o bebê, o que torna ainda mais inexplicável o desrespeito às leis nacional e estadual que garantem esse direito. É fundamental que a mídia ajude a divulgar essas leis para que a população possa ter acesso ao benefício."
BIANCA ALVES O. ZORZAM (São Paulo, SP)

Tombamento
"Parabenizo o professor Sylvio B. Sawaya pelo artigo "Não me toques", publicado na quinta-feira (21/5) em "Tendências/Debates". Além de objeto de controvérsia e, muitas vezes, de decisões subjetivas, políticas e até emocionais, o que percebemos, no entanto, é que o instituto do tombamento -bem como sua conceituação-, além de dividir opiniões, ainda gera conflitos.
Na prática, esse instrumento, por si só, não tem representado uma garantia efetiva de tornar a propriedade imobiliária um bem de valor social. Um bem imóvel tombado não significa, necessariamente, um bem preservado -e isso a realidade tem continuamente demonstrado.
Nesse sentido -e o texto do professor Sawaya mostra muito bem-, é fundamental que os órgãos de preservação do patrimônio modernizem sua gestão e acelerem seus processos de licenciamento, contribuindo, de fato, para a transformação da visão restritiva pela qual é enfocado o tombamento e ampliando consideravelmente as perspectivas e possibilidades reais de apropriação e uso adequado dos bens tombados, garantindo, aí sim, a sua real preservação."
EDUARDO DELLA MANNA, diretor de Legislação Urbana do Secovi-SP (São Paulo, SP)

Segurança
"Finalmente temos um secretário da Segurança em São Paulo que enxerga o que todos nós já sabíamos: o maior problema de bandidagem é aquela praticada por pessoas que justamente são pagas para evitá-la. Combater a corrupção policial melhoraria em muito a nossa segurança. Espero que, no final, restem somente os bons policiais, com moral e ética."
ROBERTO ISAO MIYOSHI (Guarulhos, SP)

Política
"As propostas de reforma política, como a agora defendida pelo ex-prefeito do Rio de Janeiro Cesar Maia em sua coluna de ontem (Opinião, 23/5), não abrangem o essencial: o maior problema não está na forma da escolha dos representantes, mas na forma como o eleito conduz o seu mandato, usando o recurso público (salários e mordomias) para falar e agir em nome de seus eleitores. Houvesse certeza da cadeia, sem a mínima alusão a fórum privilegiado, para os que agem mal, a "seleção natural" já deixaria fora do sistema eleitoral muitos dos bandidos que hoje circulam por palácios e salões nobres."
ADILSON ROBERTO GONÇALVES (Lorena, SP)

 

"Pelos últimos acontecimentos a que temos assistido, o Brasil necessita urgentemente ser "passado a limpo". É grosseiro e repugnante vermos como a falta de ética na política permite que se usem uns aos outros e a nós, os pagadores de exorbitantes impostos, como se fôssemos todos "coisas", e não pessoas. Em seguida, descartam-se mutuamente, com ofensas e grosserias de todo tipo. O nosso imenso país e seus concidadãos merecem um tratamento mais digno. Pobre nação, vilipendiada até as últimas e nefastas consequências."
ANGELA BAREA (São Paulo, SP)

Professores
"Congratulo o professor José Aristodemo Pinotti por seu artigo corajoso publicado no dia 20/5 ("A crise dos hospitais universitários", "Tendências/Debates'). É grande a desigualdade e a injustiça salarial que atingem os médicos em geral e os professores em particular.
Vale lembrar que os antigos assim chamados "lentes" (professores universitários) eram salarialmente equiparados aos desembargadores. O desprestígio e a falta de consideração com que os profissionais da saúde e da educação são tratados levam à situação caótica em que as duas áreas estão hoje, que só são prioridades nos discursos eleitoreiros dos políticos.
A consequência disso é justamente o que assinala o professor Pinotti, mostrando que um iniciante nas carreiras do direito ganha cerca de 2,5 vezes mais que um titular em fim de carreira."
ARNALDO AUGUSTO NORA ANTUNES, professor aposentado da USP (Santos, SP)

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