São Paulo, sábado, 24 de junho de 2006

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice PAINEL DO LEITOR O "Painel do Leitor" recebe colaborações por e-mail (leitor@uol.com.br), fax (0/xx/11/3223-1644) e correio (al.Barão de Limeira, 425, 4º andar, São Paulo-SP, CEP 01202-900). As mensagens devem ser concisas e conter nome completo, endereço e telefone. A Folha se reserva o direito de publicar trechos. Leia mais cartas na Folha Online www.folha.com.br/paineldoleitor Economia "Trabalhei por 17 anos no Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), de 1972 a 1989, e gostaria de fazer um comentário em relação à coluna de Luís Nassif de 22/6 ("Juros com camisinha", Dinheiro). É uma lamentável ironia da vida a gente constatar que, nos anos de chumbo, ministros como Delfim Netto, Reis Veloso, Mário Henrique Simonsen, Beltrão, e mesmo Roberto Campos, davam a maior liberdade de pensamento e de pesquisa ao Ipea. O órgão era a consciência crítica do sistema. Não se tomava nenhuma decisão importante sem ouvir a opinião dos técnicos daquela prestigiosa instituição. Hoje, o Ipea se coloca como serviçal dos banqueiros e dos poderosos de plantão, prestando-se ao humilhante papel de manipular dados para legitimar um modelo que faz água por todos os lados. E isso ocorre justamente num governo que foi eleito para mudar esse mesmo modelo, um governo do PT. Quem diria." PAULO COUTO TEIXEIRA (Brasília, DF) Masoquismo "Ao ler a Folha de quinta-feira, deparei com as seguintes reportagens: "Justiça impede construção de presídios em SP", "TJ cancela 6 milhões de multas por falha no direito de defesa" (em que o proponente da ação é um promotor público com nada menos que 40 autuações) e "Câmara ignora pedido do PSDB para ouvir Bastos sobre suposta remessa" (sobre possível recebimento de honorários pelo ministro em paraísos fiscais). Ao término da leitura, tomei uma decisão: não lerei mais jornal ou revista de informação. A razão? Não sou masoquista para continuar pagando por informações que me deixam extremamente irritado. Serei omisso. Não me informarei. Não votarei. Abdicarei da cidadania. Não defenderei a minha pátria quando for motivo de chacota -aliás, ela está por merecer. Estou decepcionado com um Executivo corrupto ou, no mínimo, omisso, com um Legislativo também corrupto e que imagina que eu seja um idiota, e com um Judiciário que, se não é corrupto, é complacente com crimes, notadamente aqueles praticados pelos marginais do colarinho branco. O Brasil merece melhor representatividade." JOSÉ CASSIANO DOS SANTOS (Presidente Venceslau, SP) Banco de dados "Em relação à nota "Não vote em mensaleiro", propõe ONG" (Brasil, pág. A10, 23/6), observo que a Transparência Brasil não irá publicar listas de mensaleiros, sanguessugas, curupiras e outros bichos, mas, sim, elaborar um banco de dados com o histórico de todos os candidatos à reeleição à Câmara dos Deputados bem como os de aspirantes mais notórios, como ex-ministros, ex-governadores, ex-prefeitos de capitais estaduais e assim por diante." CLAUDIO WEBER ABRAMO , diretor-executivo da Transparência Brasil (São Paulo, SP) Israel "Em cartas, vários leitores pedem a condenação de Israel por ataques aéreos e de artilharia contra palestinos, questionam o fato de o país possuir bombas atômicas, cobram a morte de civis em ataques de retaliação e desaprovam a construção do muro em sua fronteira. A todos esses leitores, eu gostaria de perguntar: qual país no mundo tem a própria existência negada, vive cercado de inimigos que pregam sua total destruição e sofre ataques terroristas aos montes, em locais como bares, mercados, lojas e até ônibus escolares? Resposta: somente Israel. Logo, suas ações devem ser encaradas como atitude defensiva. Quando resolverem deixar Israel em paz, seus inimigos também terão paz." JOSUÉ LUIZ HENTZ (São João da Boa Vista, SP) Justiça "Que bom que ainda podemos contar, em nosso país, com desembargadores como o doutor Henrique Nelson Calandra ("Painel do Leitor", 23/6). É bom saber que há os que vêem a justiça como o fim maior do direito, como o principal objeto do Estado em seus tribunais, nas diversas alçadas. A visão do fato desligado do seu contexto limita -e muito- a aplicação real da justiça. O que gostaria de ver mesmo é esse pensamento vivo e atuante entre todos os promotores, juízes, advogados e integrantes da polícia, devidamente instrumentalizados técnica e materialmente para este fim primeiro do direito que é a justiça." LUIZ LEONARDO DE SOUZA LEÃO CAVALCANTI (Recife, PE) PDT "Mais uma vez uso espaço do mais influente jornal brasileiro para retificar uma informação que, publicada às vésperas da convenção do PDT, traz danos à candidatura de Carlos Apolinário. A reportagem "Sem alternativas, Quércia será candidato" (Brasil, 23/6) traz infográfico em que define o nome do candidato do partido ao governo do Estado. É estranho, já que o próprio jornal informou na véspera que haverá disputa na convenção graças a uma manobra que favorece o ex-prefeito José Serra. Não bastasse a pressão exercida pelos adversários do PDT, a candidatura de Carlos Apolinário tem que se defender também de erros partidos de onde nunca se esperaria que viessem." JOAQUIM DE CARVALHO , assessor de imprensa do vereador Carlos Apolinário (São Paulo, SP) Varig "A FAB não tem que se meter nessa história ("Passageiros da Varig poderão ser trazidos pela FAB", 23/6). A FAB é sustentada pelo dinheiro de toda a sociedade, que nada tem a ver com os desmandos gerenciais de uma companhia aérea. A Varig é uma companhia aérea como outra qualquer. Essa história de "nossa" Varig só serve para impedir a responsabilização dos que têm de responder perante a lei pelo desastre que provocaram." SÉRGIO FERNANDO DE ARAUJO HORA (Vitória, ES)   "O caso Varig escreve seus últimos capítulos. É lamentável admitir que aquela companhia, de tantas rotas e passageiros, agora se arrasta para o espaço... sem passageiros." MARCO DULGHEROFF NOVAIS (São Paulo, SP) Leia mais cartas na Folha Online www.folha.com.br/paineldoleitor Serviço de Atendimento ao Assinante: 0800-775-8080 Grande São Paulo: 0/xx/11 3224-3090 www.cliquefolha.com.br Ombudsman: 0800-15-9000 ombudsman@uol.com.br www.folha.com.br/ombudsman Texto Anterior: Magno Malta: Por que evitar um mal maior Próximo Texto: Erramos Índice

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