São Paulo, quarta-feira, 24 de julho de 2002

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PAINEL DO LEITOR

Caso Sivam
"Em meio ao denuncismo generalizado, a reportagem de Marcio Aith sobre a maracutaia na seleção da Raytheon para executar o Sivam (Brasil, páginas A8 e A9 de ontem) é jornalismo da melhor qualidade. Parabéns."
Israel J. Wainer (Brasília, DF)

Eleições
"Na plataforma de governo que anunciou, Lula inclui um aumento de 20% no salário mínimo e a elevação do Imposto de Renda para os vencimentos mais altos. Coisas de assessoria, que prejudicam eleitoralmente o candidato. Em primeiro lugar, revela o IBGE (Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o piso é a remuneração de 22% da mão-de-obra brasileira. E o que o candidato propõe para os outros 78%? Em segundo lugar, taxar salários é sempre injusto, principalmente porque eles estão perdendo para a inflação há sete anos e meio. De 1995 para cá, a taxa inflacionária, somando as parcelas anuais, alcança 63,2%. Qual o salário reajustado nesse nível no período? Nenhum."
Pedro do Coutto (São Paulo, SP)

"Por que a Folha dá tão pouco espaço aos candidatos estaduais? Por que o esquecimento do Estado? Será que é menos importante para nós saber quem é quem e quais são as intenções de cada candidato? São Paulo é o maior e mais importante Estado do país. Que tal um debate no jornal, para que a gente possa saber mais sobre o que pensam os candidatos a governador e até mesmo seus vices?"
Délia Guelman (São Paulo, SP)

"O artigo "Poder sem perdição", escrito por Roberto Mangabeira Unger (Opinião, pág. A2 de ontem), faz um apanhado muito feliz e didático sobre a postura que o futuro mandatário do Brasil deveria assumir. Seria interessante que todos os candidatos lessem o texto e refletissem sobre o assunto. Não se pode querer o poder simplesmente pelo poder, mas sim para transformar e se transformar."
Cleide Gatti Casagrande (São Paulo, SP)

"Li o artigo do prefeito do Rio de Janeiro, Cesar Maia, "A previsibilidade da pré-campanha" ("Tendências/Debates", página A3 de ontem), no qual ele dá uma aula sobre como jogar na política. Não duvido das habilidades do prefeito como jogador -aparentemente, fundadas em estudos maquiavélicos, em táticas guerrilheiras ou em atingir o adversário onde ele é mais fraco. Perfeito! Se um dia for político, eu me lembrarei de suas lições. Só há um problema: sou apenas um cidadão comum e, para mim, a aula de como se dá a luta política pouco importa, a não ser como curiosidade. Estou mesmo preocupado é com o fato de homens públicos como o prefeito, pagos com dinheiro público para oferecer soluções aos brasileiros, discorrerem sobre propostas para o país."
Eduardo Guimarães (São Paulo, SP)

"Não consigo esquecer a frase do deputado capixaba José Carlos Gratz sobre seus colegas de Assembléia, que ele qualifica como "otários". Sou obrigado a concordar com ele e a acrescentar que não apenas seus colegas, mas todos os nossos governantes, ministros, juízes, senadores, delegados, policiais, mecânicos, operários e médicos são "otários". Eu também sou um grande otário, pois, assim como os demais brasileiros omissos, permito que alguém tão vil como ele continue exercendo um cargo público."
Wladmir dos Santos Frazão (São Paulo, SP)

Folha Sinapse
"Em sinopse, o Sinapse é o que faltava. Como o Mais!, deveria ser semanal."
Antonio Gerassi Neto (São Paulo, SP)

"Em nome de toda a equipe do Colégio Pentágono, quero cumprimentar a Folha pelo Sinapse. Parabéns pelo qualificado quadro de articulistas e colaboradores. Desejo a todos inovadoras e brilhantes sinapses."
Paulo César Miguel Martins (São Paulo, SP)

Risco-país
"Toda vez que os especuladores financeiros resolvem multiplicar seus ganhos parasitários, eles conseguem forçar a baixa das ações, para comprá-las e depois revendê-las com lucros gigantescos. O "risco Brasil" é o instrumento de que se utilizam para manipular as oscilações das Bolsas de Valores. Proponho que os sindicatos elaborem o "risco-trabalhador", um índice capaz de medir os impactos das políticas ditadas pelo Fundo Monetário Internacional aos trabalhadores dos países periféricos."
Pedro Fernandes Fassoni Arruda (Bauru, SP)

"Gostaria de saber dos experts, após todas as bandalheiras contábeis das empresas norte-americanas e as subsequentes quedas das Bolsas, qual é o "risco EUA" para o Brasil e o mundo."
Newton H. Feitoza (São Paulo, SP)

Igreja Católica
"Como católico, não posso deixar de externar minha profunda dor e indignação ao ver a imagem do nosso querido papa em manifesto sofrimento, descendo a escada de um avião no Canadá. A igreja chegou ao limite do tolerável. Deveriam se envergonhar os altos dignitários do Vaticano pela insistência de submeter o papa a esse constante padecer. É uma insensibilidade que constrange não só os fiéis, mas toda a humanidade."
Amaro Alves de Almeida Neto (São Paulo, SP)

Cotas raciais
"Vem-se falando em separar cotas para estudantes negros nas universidades públicas já há algum tempo. Constata-se, desta vez, que a idéia se tornou fato numa nota sobre a Universidade Estadual da Bahia (Cotidiano, pág. C3, 22 de julho), que destinou 40% de suas vagas a "afrodescendentes". Mas é preciso atentar para o caráter dúbio desse ato. Historicamente, negros e mestiços são vítimas de injustiças raciais constantes. Mas tomar como solução para o problema uma medida integralmente paliativa como essa só dará um retorno negativo para negros e brancos. Uma medida construtiva é investir no ensino, do pré-escolar ao superior. E quanto aos brancos? Com a medida, suas chances de ingressar na faculdade decairão?"
Gabriela Celebrone (Jaú, SP)

Danuza Leão
"Parabéns à Folha por ter entre seus colunistas Danuza Leão. Que prazer ler seus textos! Tias queridas, casas de avós, sentimentos femininos, situações vividas, assuntos abordados com delicadeza e inteligência e que se relacionam à vida de todos nós."
Mônica Salles Gentil (Campinas, SP)



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