São Paulo, domingo, 24 de agosto de 2008

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PAINEL DO LEITOR

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Nepotismo
"Deveria ser feriado um dia como esse em que o STF decide, por unanimidade, pela proibição do nepotismo em todos os níveis do funcionalismo público (Brasil, 21/8). Esse ato é uma vitória da nossa democracia e deve ser comemorado com muita vibração, sobretudo pelos que lutaram por isso. Infelizmente no mesmo dia vem a péssima notícia de que o governo de São Paulo loteia diretorias na área de ensino. E tem sido uma prática sistemática do governo do PSDB em nosso Estado. Infelizmente, não é só no governo federal que as coisas ruins acontecem."
MARISA STUCCHI (São Paulo, SP)

"O veto do STF à contratação de parentes é muito bem-vindo. Em termos de Brasil,é um avanço. Como bem observou Walter Ceneviva ("Chega de nepotismo!", Brasil, 22/8), será difícil desenraizar esse hábito, será preciso sempre atenção e vigilância. Mas é um começo."
CRISTINA REGGIANI (Santana de Parnaíba, SP)

Plástico
"Até quando nossos nobres governantes vão continuar trabalhando no "achismo", quando o assunto requer análise profissional de determinados assuntos? Proibir o uso das sacolinhas é colocar nelas a culpa de todas as enchentes, a culpa de os aterros estarem abarrotados, e de nossos córregos (cheios de sacolinhas, mas também garrafas PET, pneus, sofás e tantas outras coisas) estarem sempre transbordando. As sacolinhas são feitas com material 100% reciclável, de fácil processo e seu reaproveitamento pode ter como destino inúmeros produtos. Colocar a culpa nas sacolinhas é tirar das costas a responsabilidade de pôr nas ruas um sistema de coleta seletiva que realmente funcione, e não seja "para inglês ver", um sistema de coleta seletiva que faça a destinação de todos os materiais para seu reaproveitamento."
CESAR FESTA (Osasco, SP)

Educação
"Emocionado li a história de T.A.C., 19, aprovado em três universidades -uma delas, pública ("Interno da Febem passa na Unesp e em mais 2 faculdades", Cotidiano, 23/8). Mostra que, mesmo que tenhamos, às vezes, a sensação de que todos aqueles meninos estão perdidos, de que não há solução, ocorre o contrário: com oportunidades, podem-se sim reverter quadros. Parabéns, T.A.C.! Você fez por merecer a oportunidade, e torço para que siga em frente! Por mais que venham as adversidades, faça-se vencedor!"
NONATO VIEGAS (Duque de Caxias, RJ)

Defensoria
"O artigo do presidente da OAB-SP publicado no "Tendências/Debates" no último dia 15 ("Solução para a assistência judiciária gratuita", de Luiz Flávio Borges d'Urso) traz algumas informações que devem ser esclarecidas. O Fundo de Assistência Judiciária, conforme a lei complementar 988/06, que criou a Defensoria Pública paulista, integra as receitas da instituição, sendo recurso público e, conseqüentemente, não é destinado apenas ao pagamento de advogados do Convênio OAB-SP.
Além disso, diferentemente do afirmado, 10% das certidões de honorários são pagas imediatamente nos casos de atuação em precatórias e em juizados especiais, e mais de 50% são pagas em até nove meses, pois, mesmo que haja recurso, o advogado pode solicitar o recebimento de 70% do valor logo após a sentença de primeiro grau. Cabe, por fim, ressaltar que a Constituição Federal estabelece o modelo público de prestação de assistência jurídica aos necessitados, atribuindo à Defensoria a prestação desse importante serviço público à população, devendo essa instituição ser plenamente estruturada para que cumpra com sua missão em todo o Estado de São Paulo."
RENATA FLORES TIBYRIÇÁ, defensora pública, coordenadora de Comunicação Social e Assessoria de Imprensa da Defensoria Pública do Estado de São Paulo (São Paulo, SP)

Barbara Gancia
"Com suas palavras ("Foi uma Olimpíada para esquecer", Cotidiano, 22/8), senti minha alma lavada.Tem gente que pensa que organizar uma Olimpíada é como fazer um churrasco de final de semana. Esquecem as prioridades nesse país tão cheio de necessidades e criam uma falsa imagem de poder. Para recebermos visitas, devemos antes colocar a casa em ordem. E haja trabalho a ser feito. Muito obrigada por seu bom senso."
MARIA ANGÉLICA GONÇALEZ HRDLICKA (São Paulo, SP)

Polícia
"Na Folha de 22/8, o sr. Jorge Barbosa Pontes afirma que a Scotland Yard é "uma das mais conceituadas polícias do planeta e goza de prestígio pelo respeito aos direitos humanos" num artigo ("Algemas, "London cabs", súmula vinculante", "Tendências/Debates') em que reclama da posição do Supremo sobre as algemas. Fica aqui a minha humilde pergunta: não foi essa conceituada polícia, respeitadora dos direitos humanos, que assassinou um brasileiro desarmado com dois tiros? É esse o seu modelo de polícia que respeita os direitos humanos? Se for, valha-nos Deus!"
GLENN WOOD DA SILVA (Araçatuba, SP)

Igreja e Justiça
"Alvíssaras! O Tribunal de Justiça de Minas Gerais mandou a Igreja Universal do Reino de Deus devolver os dízimos e pagar uma indenização a um contribuinte, aliás, fiel, que foi enganado por ela e teve sua vida financeira destroçada graças a isso. Seria necessário que essas seitas, quando se transformam em entidades espoliadoras, sacrificando os que nada têm, mediante puro engodo das promessas que não podem cumprir, fossem sempre responsabilizadas judicialmente. O julgamento em questão pode ser um bom começo para uma moralização da exploração econômica da fé."
ANTONIO DO VALE (São Paulo, SP)

Violência
"Brasília parece respirar serena e aliviada depois de assistir ao cerco policial à farmácia em Ceilândia e à eliminação do adolescente seqüestrador com um tiro devastador na cabeça. Ninguém está interessado em fazer uma retrospectiva da existência miserável daquele garoto, pois essa empreitada obrigaria todos a fazerem um enfrentamento doloroso com o espelho. É provável que o próprio policial encapuzado, antes de apertar o gatilho, tenha tido a certeza desesperadora de que estava eliminando uma parte de si mesmo naquele pobre assaltante.
O mais assustador disso tudo é que essa legião de indiferentes segue insistindo em que é cristã, evangélica, budista, humanista, maçom e até socialista. Além disso, eu mesmo, nas poucas vezes em que entro numa farmácia e vejo os preços superfaturados daquelas porcarias inúteis, tenho um desejo intenso de mandar todo mundo jogar-se no chão e gritar-lhes: isto é um assalto!"
EZIO FLAVIO BAZZO (Brasília, DF)

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