 São Paulo, terça-feira, 24 de setembro de 2002 |
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PAINEL DO LEITOR Pelo conhecimento "Felicitações à Folha e a sua equipe pela surpreendente reportagem "Crianças madrugam e remam para ir à escola" (Brasil, 23/9). Foi com prazer que vi na primeira página a foto daquelas crianças, com suas carinhas francas, alheias ao xadrez ameaçador em que se transformou o mundo dominado pelo poder econômico. Com graça e ao mesmo tempo crítica, evidenciando a diversidade deste "Brasil profundo", aqueles estudantes no Ceará, na travessia do açude a caminho da escola, são a prova de que o conhecimento é, cada vez mais, a moeda de maior valor em uma sociedade que tenta impor a troca do cidadão pelo consumidor." Graco Silvio Braz Peixoto da Silva (São Paulo, SP) Entrevista "A entrevista do empresário Eugênio Staub, presidente da Gradiente, em que declara o apoio a Lula nas eleições (Eleições, pág. Esp.5, 23/9), foi de uma clareza impressionante. Nós, brasileiros, que queremos construir a união em torno dos interesses do nosso país e do nosso povo, com certeza ficamos felizes com a visão desse empresário. Que os preconceituosos da elite leiam a entrevista de Staub e saibam que essas palavras não vêm de um líder sindical, estudantil ou de movimentos populares, mas de um empresário aberto ao diálogo e que acredita no Brasil. Além de ataques pessoais, ofensas, acusações, marketing, há algo muito mais importante nessas eleições: o Brasil. Lula e Staub, tenho certeza, sabem disso." Cássia Almeida (Goiânia, GO) "Gostaria de tecer alguns comentários a respeito da entrevista de Eugênio Staub, presidente da Gradiente, que resolveu apoiar Lula agora que ele desponta como franco favorito nas pesquisas. Como sabemos, a Gradiente é uma empresa brasileira que vem enfrentando grandes dificuldades com a concorrência de empresas que entraram no mercado brasileiro com força a partir da abertura comercial de Collor, intensificada com a paridade cambial de Fernando Henrique. Pragmaticamente, eu apostaria com tranquilidade o que Staub espera de Lula: atitudes protecionistas com relação à empresa nacional, contra o livre comércio. Afinal, a Alca seria trágica para empresas brasileiras que não conseguissem competir. Fica aqui uma questão de fundo que considero fundamental: será que Staub é favorável à Área de Livre Comércio da Américas?" Dênis Bürger (Florianópolis, SC) Artigo "Causa-me surpresa a opinião do sr. Otavio Frias Filho (Opinião, 19/9) que as duas candidaturas mais "organizadas", mais "profissionais", sejam as que estão aí: Lula e Serra. Surpresa porque qualquer pessoa "bem informada" sabe que esses candidatos são os "menos experientes" e que o que os leva a tal posição é unicamente o poder da mídia, da propaganda (persuasiva) e dos interesses (lembre-se de Collor!), que talvez mais uma vez tire os candidatos mais gabaritados do pleito final: Ciro e Garotinho." Flaminio Schwab Freua (Vinhedo, SP) Resposta "Reportagem publicada na edição de domingo à página A11, com chamada na Primeira Página deste jornal, envolve o nome do presidente nacional do PT e coordenador-geral da campanha Lula Presidente, deputado federal José Dirceu, em noticiário referente a contratos de limpeza urbana. O motivo para tal envolvimento seria o fato de William Ali Chaim ter trabalhado com o deputado na década de 90. Convém esclarecer, entretanto, que desde 1995 não há nenhum vínculo profissional entre Chaim e José Dirceu, razão pela qual não existe motivo para envolver o nome do deputado nos acontecimentos citados." Telma Feher, assessoria de imprensa da presidência da Nacional do PT (São Paulo, SP) "Em relação à reportagem "Empresário herda R$ 70 mi em contratos" (Brasil, 22/9), o Departamento de Limpeza Urbana - Limpurb, da Secretaria de Serviços e Obras da Prefeitura de São Paulo, não vê fundamento nas insinuações e ilações nela contidas. A Cliba Ltda. iniciou seus serviços para a Prefeitura de São Paulo em outubro de 1998. Em abril deste ano, a empresa venceu um dos nove agrupamentos da licitação pública para coleta e varrição (a mais transparente possível, que terminou com o período de contratos emergenciais na área do lixo na cidade), tendo iniciado seus trabalhos em 13 de abril, portanto, em data anterior à troca em seu comando, ocorrida apenas em junho deste ano. Salientamos que esse fato relevante simplesmente foi omitido na reportagem. Além disso, a alteração no comando da empresa, desde que não prejudique a execução do contrato, não dá respaldo legal para que a prefeitura intervenha no processo, devendo a empresa manter atualizada na prefeitura sua documentação de representação legal. Assim sendo, não compete à prefeitura interferir em transações comerciais entre empresas, principalmente quando elas não ferem o contrato estabelecido. Reiteramos ainda que todas as oito empresas vencedoras da licitação para coleta de lixo e varrição na cidade de São Paulo passam por rigorosa fiscalização por parte desse departamento e que a referida empresa nunca recebeu -e não receberá (assim como qualquer outra)- tratamento diferenciado." Carlos Arruda, assessoria de imprensa da SSO/Limpurb (São Paulo, SP) À Presidência "Acho bom José Serra mudar de estratégia, pois essa de bater em Lula não deu certo. Deu certo com o Ciro, mas Lula está parecendo massa de pão: quanto mais apanha, mais cresce." Flavio Cardoso (Guariba, SP) "Será que hoje o Lula vai conseguir ver o óbvio ululante? Que, quando ele sobe nas pesquisas, o dólar dispara e a Bolsa despenca? Se o Lula ganhar a eleição, o dólar, a Bolsa... A inflação..." Manuel do Espírito Santo Amaro (São Paulo, SP) Na Alemanha "Parabéns ao povo alemão pela manutenção dos social-democratas e dos Verdes no poder. O chanceler Gerhard Schröder mostrou pulso em sua atuação nas enchentes daquele país e se sobressaiu ao condenar a ofensiva militar descabida de Bush. Apenas 0,3% da população consagrou a vitória, mas um passo importante na virada de mesa de um mundo doente de tantas guerras inúteis que só visam ao lucro fácil dos mercenários. A Alemanha dá exemplo ao mundo: justiça social com pluralismo político, não-alinhamento geopolítico e desenvolvimento sustentável." João Diogenes Caldas Salviano (Recife, PE) Guerra no Brasil "Carlos Heitor Cony, como sempre, põe o dedo e aperta a ferida. Foi exagerada, realmente, a comemoração pela "captura" de Elias Maluco. Além disso, não podemos esquecer que Elias, assim como Fernando Beira-Mar, não foram realmente presos, eles apenas transferiram suas bases de operações para escritórios com grades." Antônio Roberto Szabunia (Joinville, SC) Texto Anterior: José Aníbal: A força de São Paulo no Senado Próximo Texto: Erramos Índice |
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