São Paulo, sábado, 24 de setembro de 2005

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Resposta
"Diferentemente do que afirma a reportagem "Corretora era caixa do PT e do PP já em 2002, afirma Toninho da Barcelona a CPIs" (Brasil, 21/9), esclareço que em nenhum momento tentei intimidar o depoente e isso pode facilmente ser comprovado assistindo à gravação da sessão. Passei para o repórter Hudson Corrêa, em Brasília, e ele ignorou, cópia de um documento registrado, em 25 de agosto, no 8º Tabelião de Notas de São Paulo, no qual Marcelo Viana, funcionário do doleiro por mais de 15 anos, declara que foi coagido pelo advogado do doleiro, Ricardo Sayeg, a dar versão que ateste a veracidade das declarações de seu cliente, acusando-me e ao meu filho, Marcos Ribeiro, de fazer operações ilegais com dólar. A íntegra do documento está disponível em meu gabinete."
Devanir Ribeiro, deputado federal pelo PT-SP (Brasília, DF)

Resposta do jornalista Hudson Corrêa - O missivista disse a Toninho da Barcelona, no início do depoimento, que o processaria se ele confirmasse a acusação na CPI. No texto da reportagem consta que o deputado afirma ser inocente.

Contrato
"Com relação à reportagem "João Paulo causou dano de R$ 252 mil, vê TCU" (Brasil, 22/9), gostaria de esclarecer o que segue. Quando setores da mídia e da oposição suspeitaram de superfaturamento no contrato entre a Câmara dos Deputados e a agência SPM&B, para desviar recursos públicos, solicitei que o Tribunal de Contas da União fizesse uma auditoria no procedimento licitatório e na execução de todos os serviços relacionados ao contrato. O relatório da assessoria do TCU nada indicou a esse respeito, o que mostra a absoluta improcedência da acusação. A Folha ignorou esse fato e preferiu destacar, no título, que causei "danos de R$ 252 mil", pelo fato de não terem encontrado relatórios sobre os serviços da empresa de consultoria IFT, de responsabilidade técnica do jornalista Luís Costa Pinto. Afirmo categoricamente que os serviços foram efetivamente prestados. E para isso invoco o testemunho dos repórteres da própria Folha que cobrem a Câmara, bem como de outros profissionais da mídia, que acompanharam esse trabalho de consultoria prestado pelo referido jornalista no relacionamento da presidência da Câmara com a imprensa. As perguntas incluídas nas pesquisas de opinião pública consideradas inadequadas pelo relatório de auditoria igualmente possuíram justificativa técnica. Apurar a percepção da imagem do presidente da Câmara é indispensável para avaliar a imagem da instituição, uma vez que ambas estão associadas. Quanto à inclusão da pergunta sobre a percepção da sociedade sobre o suposto envolvimento do ex-ministro José Dirceu no caso Waldomiro Diniz, relevante recordar que havia na época pedidos de CPI e outras providências da Câmara. Era necessário avaliar a repercussão do tema, visto que era, na ocasião, o principal fato político do país, com impactos diretos sobre as decisões que presidência e mesa diretora deveriam tomar."
João Paulo Cunha, deputado federal (Brasília, DF)

Resposta da jornalista Marta Salomon - A reportagem relatou as conclusões de recém-concluída auditoria do Tribunal de Contas da União sobre o contrato.

 

"Em resposta à reportagem "João Paulo causou dano de R$ 252 mil, vê TCU" (Brasil, 22/9), a SMPB Comunicação esclarece o que segue. O contrato de prestação de serviços foi assinado no dia 31 de dezembro de 2003, válido por um ano, ou seja, até 31 de dezembro de 2004, e prorrogável pelo mesmo período, conforme dispositivo da lei federal 8.666 que rege todas as licitações públicas. Pelo trabalho desenvolvido em 2004 e 2005, a agência gerenciou R$ 10,7 milhões, valor bruto. Informa que na sua proposta de remuneração propiciou ao cliente 80% de desconto nos custos internos, previstos na tabela do Sindicato das Agências de Propaganda do Distrito Federal. Em relação à pesquisa de opinião feita pela empresa Vox Populi, coube a SMPB a discussão e a aprovação do roteiro básico do questionário, junto com o cliente. A execução do projeto foi de responsabilidade do instituto, seguindo orientações e demandas do planejamento. A contratação da empresa IFT (Idéias, Fatos e Texto), de Luís Costa Pinto, para prestação de serviços de assessoria de comunicação, foi legal e legítima, atendendo a execução de estratégia de mídia. A SMPB, em nenhum momento, promoveu ou contratou a realização de obras nos estúdios da TV Câmara. Apenas subcontratou empresa especializada para executar programação informativa e identidade visual de novos cenários."
Rodrigo Padron, assessoria de imprensa da SMPB Comunicação (Belo Horizonte, MG)

Advogado
"Diferentemente do que foi publicado na reportagem "Prefeitura tenta reaver dinheiro em Jersey" (Brasil, 23/9, pág. A12), a gestão Marta Suplicy envidou todos os esforços na contratação de advogados para acompanhar processos movidos no exterior contra o ex-prefeito Paulo Maluf, com vistas a repatriar valores supostamente desviados de obras públicas e enviados a contas na Suíça e no paraíso fiscal da Ilha de Jersey. Na Suíça, foi contratado o advogado Christian Grobet, que, ao interpor recurso em nome da Prefeitura de São Paulo, evitou que o processo criminal lá existente fosse arquivado. Já na Inglaterra, a contratação do escritório de advocacia Lawrence Graham só aconteceu porque realizamos licitação para selecionar a melhor proposta de trabalho. Para tanto, estive duas vezes em Londres e duas vezes em Genebra, acompanhado do procurador-geral do município. Visitei 16 escritórios capazes de atuar em processos da complexidade em questão. A licitação levou à escolha de Lawrence Graham e, mais especificamente, do advogado Andrew Witts. Em dezembro estava tudo pronto. A atual administração assinou o contrato em maio."
Luiz Tarcísio Teixeira Ferreira, ex-secretário municipal de Negócios Jurídicos (São Paulo, SP)

Cassações
"A manchete da Folha de ontem trouxe uma informação revoltante: a intenção do presidente do Conselho de Ética da Câmara, Ricardo Izar, de simplesmente arquivar cinco processos de deputados envolvidos no escândalo do mensalão alegando falta de provas. Pode ser o início da tentativa de armar uma grande pizza, o que merece todo o repúdio da população brasileira. A população também está atenta aos omissos."
Reny Helder Cruvinel Costa (Goiânia, GO)

Opostos
"Qual é a vantagem de ter uma das ruas mais luxuosas do mundo, num país onde a desigualdade social é tão grande e a renda tão mal distribuída? Na mesma edição do caderno Cotidiano (23/9), lemos que os moradores de rua da av. Paulista serão expulsos de suas "casas" por usarem drogas e serem ameaça à elite e que haverá a reforma da luxuosa Oscar Freire. Para onde vão os moradores de rua? Creio que não para a rua Oscar Freire, que será filmada 24 horas por dia, para maior segurança dos consumidores. Parece-me um mal uso da "força da grana que ergue e destrói coisas belas"."
Helena de Melo Miranda (São Paulo, SP)

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