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DESEMPREGO EM ALTA
De acordo com o Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa média de desemprego aberto do mês de setembro subiu para 7,5% da População
Economicamente Ativa (PEA) nas
seis principais regiões metropolitanas do país -Recife, Salvador, Belo
Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo
e Porto Alegre. Em São Paulo, a taxa
de desemprego atingiu 9,3% da PEA,
a maior em 20 anos. A construção civil, o comércio e a indústria de transformação foram os setores mais
atingidos pela desaceleração econômica que acompanhou a instabilidade cambial e a contração do crédito
interno e externo.
O setor de serviços, associado com
as eleições, foi o único que elevou as
contratações. Considerando as categorias de ocupação, houve um aumento no número de empregados
sem carteira e no de trabalhadores
por conta própria. O número de empregados com carteira assinada caiu.
Esses movimentos reforçam a precarização do mercado de trabalho.
O rendimento médio real (descontada a inflação) dos trabalhadores
caiu 1,5% de julho para agosto, a 20ª
queda mensal consecutiva. Nos oito
primeiros meses do ano, a renda média real acumulou queda de 4% na
comparação com o mesmo período
do ano anterior. O rendimento médio das pessoas ocupadas na Região
Metropolitana de São Paulo caiu para
4,7 salários mínimos em agosto de
2002; era de cinco salários mínimos
em agosto de 2001.
A taxa de juros básica de 21% ao
ano, que fora elevada em reunião extraordinária na semana passada e
que foi mantida ontem pelo Comitê
de Política Monetária do Banco Central, deve exacerbar essas tendências
do mercado de trabalho e do rendimento das pessoas ocupadas. Espera-se que esse patamar de taxa de juros seja mantido por um período
muito curto de tempo. Caso contrário, estarão comprometidos a retomada do crescimento econômico e o
aumento do emprego e da renda, anseios de toda a população.
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