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São Paulo, sábado, 25 de janeiro de 2003

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PAINEL DO LEITOR

Alta dos juros
"Se Armínio Fraga era a raposa a guardar o galinheiro, segundo o PT, desconfio que o sr. Henrique Meirelles, pela primeira ação, é um "vampirão" que se apossou do banco de sangue. Como bem disse Ibrahim Eris (Dinheiro, 23/1), o aumento da taxa básica de juros em meio ponto percentual só fez aumentar a dívida pública. E viva os bancos."
Edmeu Levorato (Uberaba, MG)

"É bastante diferente um governo, depois de oito anos no poder, deixar o país com uma taxa de juros altíssima de outro que, há poucos dias no poder, aumenta a taxa de juros em decorrência da herança recebida. Continuidade da política haverá se Lula, depois de quatro anos, deixar ao país uma das maiores taxas de juros do mundo. Portanto as críticas do PT ao governo FHC são totalmente válidas, ao menos por enquanto."
Janes Jorge (São Paulo, SP)

Previdência
"O representante do FMI (Fundo Monetário Internacional) no Brasil, sr. Rogério Zandamella, solicitou audiência com o ministro da Previdência Social, Ricardo Berzoini, no dia 13 de janeiro. Foi recebido no dia 22, última quarta-feira. O encontro durou das 14h05 às 14h30, conforme anotações oficiais do gabinete do ministro. Em 25 minutos, o sr. Zandamella fez algumas perguntas sobre dados, todos públicos, que descrevem a situação financeira da Previdência no Brasil. Em nenhum momento foram discutidas "linhas gerais" da reforma, um tema que está sendo alvo de grande debate com a sociedade brasileira. A reportagem "Berzoini apresenta linhas da reforma ao FMI" (Brasil, pág. A6, 24/1), portanto, está dissociada da realidade do encontro. Apesar de informado a tempo sobre essa incorreção, o jornal insistiu em divulgar um fato que não existiu."
Wladimir Gramacho, assessor de imprensa do Ministério da Previdência Social (Brasília, DF)

Resposta da jornalista Julianna Sofia
A informação de que as "linhas gerais" da reforma da Previdência foram apresentadas ao representante do FMI no Brasil foi dada pelo próprio ministro Ricardo Berzoini em entrevista a quatro jornalistas de diferentes veículos de comunicação.


"Para impedir a evolução do déficit da Previdência, por meio de adequada reforma, não é necessário promover a involução do relacionamento entre os Poderes da República, cujos representantes devem evitar a passionalidade, a incontinência e a arrogância. O tema requer doses de renúncia, serenidade, olhar cívico fixado no futuro e permanente disposição para o diálogo e o entendimento."
Antonio Carlos dos Reis (Salim), presidente da CGT -Confederação Geral dos Trabalhadores (São Paulo, SP)

Fóruns
"O mundo observa, neste princípio de milênio, importantes acontecimentos que refletem a cena psicossocial atual, da qual todos somos atores. Os dois fóruns mundiais em andamento, representantes, de certa maneira, do maniqueísmo cultural que nos envolve, estão finalmente, ainda que de maneira sutil, se aproximando. O aumento da velocidade da circulação de informações, possibilitado pelos novos canais de comunicação -principalmente, pela internet-, ao mesmo tempo em que pode fortalecer a relação de dominação e de opressão, está se mostrando um valioso instrumento de desalienação e libertação, na medida em que agrega as minorias. Que comunguemos então, cada vez mais, por um novo padrão de relacionamento, por justiça social, igualdade de direitos, respeito, diálogo."
Etienne J. Bartulihe e Bruno G. Bartulihe (São Paulo, SP)

Social e econômico
"Antes, dizia-se que o "novo" Lula tinha um discurso para cada platéia. Alguma menção sobre o fato de que o presidente vai aos dois fóruns [Porto Alegre e Davos] para defender as mesmas propostas?"
Alexandre Goulart de Andrade (Bauru, SP)

"A ida de Lula a Davos poderá ser proveitosa ou desastrosa. Tudo depende do lá que vai dizer. Se pretende apenas convencer banqueiros a amar ao próximo como a si mesmos, é preferível trocar a viagem por retiro espiritual no Tibete."
Ary da Silva Miranda (Rio de Janeiro, RJ)

449 anos
"Parabéns, São Paulo, por mais um aniversário! Cidade que acolhe o branco, o negro, o árabe, o judeu, o oriental, o nordestino. Cidade que lança moda, como sequestros relâmpago, trombadinhas, gangue da batida. Cidade dos rachas impunes, da conversão proibida, da calçada não respeitada, dos mendigos da rua. Apesar de alguns probleminhas, ainda a melhor cidade do país!"
Mauricio C. Villela (São Paulo, SP)

Guerra
"O presidente Bush continua louco para fazer uma guerra. É fácil ser valente com o sangue dos outros, já que quando a reação vier -e inevitavelmente custar a vida de norte-americanos, ainda que poucos- não serão nem ele nem seus familiares que estarão na linha de fogo. Já que gosta de uma guerra e adora bravatas, por que não vai ele mesmo para o front e prova que é mesmo corajoso?"
Márcio Fonseca (São Paulo, SP)

Verba
"Seria de grande utilidade aos leitores da Folha se Mônica Bergamo tivesse explicado, na nota "Madeixas 2" (Ilustrada, 24/1, pág. E2), de onde sai o dinheiro para custear as despesas com as viagens quinzenais do cabeleireiro paulistano Wanderley Nunes a Brasília "para acompanhar o crescimento e o tom" da nova tintura adotada por sua cliente famosa, Marisa Lula da Silva."
José Cássio Castanho (São Paulo, SP)


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