São Paulo, sábado, 25 de março de 2006

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PAINEL DO LEITOR @ - leitor@uol.com.br


Toque feminino
"Embora eu tenha achado bastante pertinente o texto "O toque feminino" (Opinião, 24/3), do inteligente Nelson Motta, a "dança da pizza" da deputada petista Ângela Guadagnin nos faz lembrar que a ética (ou a falta dela) se fortalece em sua prática diária. Não vai ser analisando cromossomos que limparemos a política nacional."
Rodrigo Gomes Ferrari Cesar (Rio de Janeiro, RJ)

 

"A alegria da deputada Ângela Guadagnin, comemorando a absolvição de "mensaleiro" com sua dança no Congresso, é um verdadeiro desrespeito a todos os brasileiros. Nunca vi uma cena tão patética e constrangedora. Espero que os paulistas não se esqueçam dessa senhora nas próximas eleições."
José Roberto Vieira de Moraes (Piracicaba, SP)

 

"Quero saber como se sentiram os senadores Suplicy e Mercadante (nos quais votei várias vezes) ao ver a deputada Ângela Guadagnin, eufórica e exultante, bailando no Congresso quando da absolvição do colega "mensaleiro". Estou esperando dos senadores um pronunciamento repudiando o teatro da deputada. E também estou esperando que peçam a desfiliação do PT. Já."
Maria Bernadeth Keko Ribeiro (São Paulo, SP)

Gastos
"Em relação à reportagem "Casa Civil veta acesso a gastos do Planalto" (Brasil, 23/3), informo o que segue: 1 - A Casa Civil sempre reconheceu a competência do Congresso no exercício do controle do Executivo, cujas atividades nessa área são exercidas regularmente e dentro dos limites estabelecidos pela Constituição; 2 - As despesas efetuadas pelo Cartão de Pagamento do Governo Federal (CPGF) foram objeto de ampla auditoria promovida pelo TCU, órgão auxiliar do Congresso, tendo aquele órgão examinado todos os processos, inclusive os de caráter reservado, e se expressado da seguinte forma: "No decorrer dos exercícios considerados (2002 a julho de 2005), a Unidade aperfeiçoou a sistemática de supervisão do uso do Cartão de Pagamento, aprimorando a organização dos processos (com a individualização por portador) e implementando controles informatizados sobre a movimentação realizada, com ganhos de transparência para a execução das despesas'; 3 - A decisão do TCU (acórdão nš 1.783/2004) não constatou a ocorrência de nenhuma ilicitude e/ou uso indevido com o aludido cartão, tendo deliberado pela manutenção do sigilo no tocante às informações de interesse para a segurança nacional; 4 - Não obstante a auditoria pelo TCU, foi autorizado pelo governo o acesso de servidor indicado pelo Senado aos mesmos processos objeto da análise daquele Tribunal, com ressalva àqueles cuja restrição fora anteriormente reconhecida pelo próprio Tribunal; 5 - Assim, as verificações requeridas pelo Congresso foram integralmente efetuadas, tendo sido mantidas apenas as restrições de acesso aos processos envolvendo despesas realizadas com a segurança do presidente da República e dos chefes de Estado quando em visita oficial, haja vista as informações serem de interesse nacional, na forma prevista na Constituição, e em conformidade ao deliberado pelo TCU."
Aguinaldo Nogueira, assessor de imprensa da Casa Civil da Presidência da República (Brasília, DF)

MST
"É inacreditável que um homem com a envergadura moral e intelectual do doutor Plínio de Arruda Sampaio possa externar perigosas convicções como as apresentadas ontem no texto "Carta aberta ao senador Eduardo Suplicy" ("Tendências/Debates"). Com sua aguçada verve, aliada ao alto poder de formador opinião, o doutor Plínio se esquece de que apoiar desatinos como os cometidos pelas "mulheres" da Via Campesina vai de encontro ao direito inalienável de que todos os bens e propriedades, públicos ou privados, devem ser respeitados e defendidos, com unhas e dentes, sob o amparo da lei. Pergunto ao doutor Plínio: que lei faculta a um indivíduo ou grupo o direito de tomar de assalto uma propriedade alheia e destruir de forma selvagem todo o seu trabalho? Só me resta esperar que esse surto de terrorismo terceiro-mundista que se manifestou no doutor Plínio possa ser rapidamente debelado, de forma espontânea, por ele mesmo."
Mauro Rodrigues da Silva, empresário (São Paulo, SP)

 

"Imaginemos que alguém, de forma brutal e desmedida, destruísse boa parte dos textos escritos pelo senhor Plínio de Arruda desde a juventude de tal forma que eles ficassem irrecuperáveis. Foi exatamente assim que se sentiram as pessoas envolvidas no projeto de melhoramento genético da Aracruz. Tudo o que o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra faz é propagar a desordem vigente nessa nação e ir contra o desenvolvimento -agora também contra a vertente científica do desenvolvimento. Todas as pessoas que realmente eram merecedoras de terra neste país, ou já morreram, ou já foram assentadas. Atualmente, metade do contingente do MST é formado por pessoas que estão desempregadas e acreditam que a posse de uma propriedade rural vai ser a solução para esse problema -mesmo se essas pessoas nunca plantaram ao menos um pé de milho em toda a sua vida. A outra parte do contingente é de pessoas oportunistas, interessadas em vender a terra assim que a obtiverem. Acredito que a existência do MST já não mais se justifique no momento e que uma medida cabível seria a extinção do movimento."
Robson Saad Rodrigues (São Paulo, SP)

Serra no Estado
"Incrível! Então é mesmo para valer essa história de tentar agora trocar o cargo de prefeito pelo de governador ("PSB já é sondado para vice de Serra", 23/3)? Quer dizer que, para o senhor José Serra, o cargo de prefeito da maior e mais problemática cidade brasileira era, desde o início, só um "trampolim" estratégico para ver se daria para conseguir algo melhor? São coisas assim que desmascaram nossa política, mostrando que ela é movida mais por carreirismo e ambição do que pela intenção real de resolver os problemas da população, não importando o quão urgentes e complexos sejam."
Carlos Fernando Coelho Nogueira (São Paulo, SP)

Nomes no governo
"O artigo de Clóvis Rossi de 19/3 ("Avacalhação", Opinião, pág. A2) obriga-me ao desabafo. Não inaugurei a prática milenar e inevitável de os políticos indicarem nomes para compor os escalões dos governos. A pedido do governo -sendo eu deputado federal nascido e residente em Santos há mais de 60 anos-, indiquei o nome do engenheiro Arnaldo de Oliveira Barreto, funcionário do quadro de carreira da Codesp há 33 anos, para integrar a diretoria da estatal na área de sua especialidade técnica, onde atua ao longo de três décadas. O diretor Barreto, cuja competência é reconhecida unanimemente dentro e fora da empresa, é o único funcionário de carreira entre os quatro diretores da Codesp, e a indicação que fiz atende à exigência legal de que 25% dos diretores de uma estatal devam pertencer a seus quadros. Com minha reconhecida transparência, fiz questão, na entrevista dada ao repórter Fernando Canzian, de confirmar a indicação, que efetuei em obediência a um critério rigoroso -nem sempre utilizado por alguns outros em casos análogos. A indicação foi técnica. Orgulho-me de, em três anos da atual gestão, não haver um só fato negativo ou desabonador relativamente ao respeitado diretor."
Vicente Cascione, deputado federal -PTB-SP (Brasília, DF)


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