 São Paulo, quarta-feira, 25 de maio de 2005 |
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Desmatamento "Divirjo da opinião de Roberto Hugo Jank Júnior ("Painel do Leitor", 23/5). Em recente viagem a Rondônia, pude constatar a degradação da floresta feita por latifundiários inescrupulosos que estraçalham a floresta para instalar projetos agropecuários e comercializam a madeira derrubada. O órgão que deveria fiscalizar essa devastação não é levado a sério e, muitas vezes, está envolvido em casos de corrupção. No Brasil, a soja gera divisas para uma elite latifundiária e multinacional. Seria interessante que a excelente proteína vegetal da soja alimentasse nossos subnutridos, e não animais no exterior, que é o destino que se dá a boa parte da nossa produção." Bruno Leonardo (Botucatu, SP)  "Agradeço à Folha e ao colunista Marcelo Leite e parabenizo a ambos pelo artigo "Palhaçada amazônica" (Mais!, 22/ 5), no qual ele alerta para os riscos de devastação da mais importante floresta do mundo e critica o modo atabalhoado e atávico como o governo do PT encara o problema, posando de bobo e querendo remeter a todos a culpa por essa condição." Jozailto Lima (Aracaju, SE) Um pouco mais "Gostaria de parabenizar o senador Cristovam Buarque pela forma lúcida e clara com que tratou a gestão do governo Lula -do qual sou eleitor e admirador- na Folha de 22/5 (Brasil, pág. A8). A troca de projetos para o país pelo poder a todo custo realmente nos faz admitir que talvez tenhamos de aguardar um pouco mais." Joper Fonseca Júnior (São José dos Campos, SP) ONU "No editorial "Proposta para a ONU" (Opinião, 19/5), a questão do voto para aumentar o número de membros do Conselho de Segurança naquela instituição faz supor que bastariam "os 128 votos necessários" -isto é, dois terços dos membros da Assembléia Geral- para que tal proposta fosse adotada. Cabe aqui um esclarecimento, pois a questão é muito mais complexa. Essa proposta, se aprovada, seria uma emenda à Carta das Nações Unidas. O artigo 108 da Carta diz o seguinte: "As emendas à presente Carta entrarão em vigor para todos os membros das Nações Unidas quando forem adotadas pelos votos de dois terços dos membros da Assembléia Geral e ratificadas de acordo com os seus respectivos métodos constitucionais por dois terços dos membros das Nações Unidas, inclusive todos os membros permanentes do Conselho de Segurança". Assim, mesmo que fosse aprovada pela maioria absoluta dos membros da Assembléia Geral, a proposta para aumentar o número de membros do Conselho de Segurança só entraria em vigor se e quando fosse ratificada pelos parlamentos de dois terços dos membros da Organização, incluindo necessariamente todos os atuais cinco membros permanentes do Conselho." Gilberto B. Schlittler, ex-sub-secretário-geral das Nações Unidas (Rio de Janeiro, RJ) Correios "A resposta do presidente Lula ao ser questionado sobre estar preocupado com a instalação da CPI dos Correios -"olhe bem para a minha cara e veja se estou preocupado'- é uma mistura de desprezo com soberba para com a sociedade brasileira. O presidente da República deveria, sim, estar preocupado com as notícias que pululam na mídia a respeito de denúncias de corrupção explícita no governo petista -Correios, Romero Jucá etc. Também é bom ressaltar que essa nova bravata do senhor Lula não corresponde às suas ações, já que ele tenta de todas as formas barrar a instalação da sobredita CPI. Vale lembrar o velho adágio popular: quem não deve não teme." Floro Sant'ana de Andrade Neto (Boa Vista, RR) Transgênicos "A "ausência de evidência de risco" sempre foi usada como sinônimo de segurança para o lobby pró-transgênicos promover seus produtos. Não fosse assim, a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) não teria concluído em seu parecer técnico que autorizou a importação de milho transgênico da Argentina o seguinte: "Não há indicações de que os grãos de milho geneticamente modificados, comercializados mundialmente, objeto deste parecer, tenham efeitos danosos quando usados como alimentos em ração animal". E agora, que fazer com a confirmação de dano à saúde causado pelo milho transgênico? ("Milho transgênico causa alteração em rato", Ciência, 23/5). Ainda mais grave do que a informação sobre o dano causado pelo consumo de milho transgênico é imaginarmos o que mais podem revelar-nos os arquivos da Monsanto e daqueles que obtiveram licença para pesquisar organismos com patentes da empresa. De pesquisa em pesquisa, é construída a "ausência de evidência de riscos"." Gabriel Fernandes, agrônomo (São Paulo, SP) Hospital "A reportagem "Hospital começa com verba do Estado" (Cotidiano, 23/5) informa erroneamente que "Serra espera a liberação de recursos federais para a conclusão das obras do Hospital Cidade Tiradentes". A informação correta é conhecida e foi amplamente noticiada: a prefeitura já retomou as obras do hospital, que tinham sido paralisadas pela gestão anterior, e, para isso, está utilizando recursos da própria prefeitura." Sérgio Rondino, assessor de imprensa do prefeito José Serra (São Paulo, SP) Resposta do jornalista Conrado Corsalette - A reportagem não afirmou que a obra do hospital não havia começado. Mostrou apenas que a prefeitura depende dos recursos para concluí-la. Tanto é assim que o próprio prefeito esteve em Brasília, no dia 4 de maio, a fim de conseguir a liberação de verbas para o projeto. Usina hidrelétrica "Em relação ao texto "Hidrelétricas são invadidas em GO por grupo que quer mais indenização" (Dinheiro, 24/5), informo que a usina hidrelétrica Cana Brava, localizada no rio Tocantins, entre os municípios de Cavalcante e de Minaçu (GO), não sofreu nenhuma invasão nos últimos dias. Sobre os reassentamentos das famílias na área de abrangência do reservatório de Cana Brava, a empresa realizou, antes da construção da usina, um cadastro socioeconômico dessas famílias, tendo cumprido todo o processo de reassentamentos e de indenizações de acordo com a legislação, o que abrangeu 252 propriedades e mais 128 famílias não-proprietárias. Além dos reassentamentos, foram construídas diversas obras na região, incluindo a construção da estação de tratamento de esgotos de Minaçu, pontes, estradas, a praia do Sol em Minaçu e o abatedouro de Minaçu, entre outros. A direção da empresa, que tem sede em Florianópolis, não foi procurada pela reportagem da Folha na segunda-feira para falar sobre o assunto." Manoel Zaroni Torres, presidente da Tractebel Energia (Florianópolis, SC) Nota da Redação - Leia a seguir a seção "Erramos". Texto Anterior: Jorge Zaverucha: Conveniência política Próximo Texto: Erramos Índice |
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