UOL




São Paulo, quinta-feira, 25 de setembro de 2003

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

PAINEL DO LEITOR

A percorrer
"Agradeço a publicação do artigo "O ruído e o silêncio" (Opinião, 24/9), de Clóvis Rossi. Só o PT não está vendo como anda a sua aprovação (desaprovação?) -tanto pelas atuações governamentais como pelos exibicionismos e escapismos que está apresentando a cada dia. Como podem querer ajudar a Colômbia, Cuba, o Iraque se nem sequer nos libertam da violência urbana e rural e da prisão a que os cidadãos estamos submetidos em nossas próprias casas? Isso sem falar sobre o abuso dos impostos e outros dos quais somos vitimas a cada dia. A dignidade humana ainda tem muito chão a percorrer no Brasil."
Julia Laencina (São Paulo, SP)

Rinhas
"Duda Mendonça promove brigas de galos e é chamado para compor o governo. O que esperar de um governo que aceita que seus membros pratiquem crimes contra os animais? A briga de galos é proibida em nosso país. E não foi liberada nem para os amigos do presidente. Não se coloca ordem no país dessa forma."
Fernanda Bonagamba (São Bernardo do Campo, SP)

OGM
"Por que a proibição no Brasil da plantação da soja transgênica já que na maior parte dos países desenvolvidos um grande volume de produtos agrícolas é geneticamente modificado? Por que investir tanto em pesquisa com produtos agrícolas se depois o Legislativo e o Judiciário impedem a sua implantação? Por que investir na Embrapa? Se até o PT de hoje é geneticamente modificado, por que não a soja?"
Alexandre Sardelli Guarezemini (São Paulo, SP)

Sociedade pegadinha
"Vendo a coluna da jornalista Barbara Gancia de 19/9 ("E a Hebe, chorou por quê?", Cotidiano), gostaria de saber se agora entraremos numa nova etapa da televisão brasileira. Será que haverá punição para tanta pilantragem? Sonho com uma televisão honesta, sem mentiras. Não estou aqui dizendo que quero ver óperas e coisas sofisticadas na televisão, mas apenas honestidade. Quero que não haja mais dentro de nós o medo de deixar um filho ver televisão, quero acreditar que o que dizem é verdade, e não "pegadinhas". Estamos vivendo uma sociedade de "será que isso é verdade ou pegadinha?"."
Ana Maria Carvalho Braga (São Paulo, SP)

Bípedes e quadrúpedes
"Gostaria de parabenizar o senador Aloizio Mercadante pelo artigo "Sobre Cancún, quadrúpedes e bípedes" (Dinheiro, pág. B2, 21/9) pela clareza e altivez na defesa dos interesses do nosso país. Acompanho o processo de negociações internacionais há algum tempo e não posso deixar de apontar a minha satisfação ao presenciar o respaldo e a capacidade de articulação que a nossa diplomacia e todos os atores governamentais envolvidos vêm conquistando. Acreditando nas palavras do senador e ciente de que não mais corremos o risco de acabar como os "simpáticos e abnegados quadrúpedes", registro o meu otimismo em relação à formação do G21 e ao papel do Brasil na luta por um sistema internacional mais justo."
Fabio Assumpção R. de Lima Rua, Coordenador de Relações Governamentais da Câmara Americana de Comércio (São Paulo, SP)

Missas
"Já que o Vaticano pretende adotar medidas para tornar as missas mais conservadoras como modo de evitar abusos, então sugiro que as missas voltem a ser rezadas em latim e com o padre de costas para o público. A adoção de tais práticas consiste num contra-senso. A própria igreja vem afastando os seus fiéis com a adoção de medidas arbitrárias, como a proibição do uso de preservativos e outros métodos contraceptivos. Atualmente, somente a abstinência é permitida. Fica no ar a questão: o que mais está por vir?"
Denise Aleluia (São Bernardo do Campo, SP)

Casamento
"O senhor Francesco Scavolini ("Painel do Leitor", 22/9) fez uma análise equivocada do casamento da prefeita de São Paulo. O cânon 1.364, mencionado pelo missivista, trata da chamada excomunhão "ferendae sententiae" (após o devido processo legal) para os casos de cisma, de heresia e de apostasia. A celebração do casamento civil da sra. Marta Suplicy não a enquadra em nenhuma dessas hipóteses."
Edson Luiz Sampel, mestre em direito canônico pela Pontifícia Universidade Lateranense de Roma e doutorando em direito canônico pela Pontifícia Universidade Católica de Buenos Aires (São Paulo, SP)

Limpeza urbana
"Em relação à reportagem "SP tem um mês para dizer quando fecha a usina" (Cotidiano, 16/9), o Departamento de Limpeza Urbana da Prefeitura de São Paulo esclarece que a atual gestão jamais foi contra a proposta de fechamento da Usina de Compostagem da Vila Leopoldina, mas defende uma desativação programada -e está prevista a construção de duas novas unidades de compostagem na cidade. As obras feitas na usina da Vila Leopoldina são comunicadas à Cetesb e ao Ministério Público. A usina produz desde 1997 um pré-composto, e não um composto orgânico. Quanto à denúncia de que a usina contamina o lençol freático, esclarecemos que nunca chegou ao conhecimento da Divisão de Compostagem do Limpurb nenhum laudo técnico comprovando isso. A própria Cetesb, no Inventário Estadual de Resíduos Sólidos anual, divulga uma avaliação positiva da usina, que saltou de 4,5 (condições inadequadas) em 1997 para 8,2 (condições adequadas) em 2002. Não concordamos com a afirmação de que o material produzido pela usina é de baixa qualidade e compromete a cadeia alimentar e a fauna. É preciso definir legalmente parâmetros para metais pesados e microbiológicos específicos para composto orgânico proveniente de resíduos domiciliares. A portaria nš1, de 4/3/83, da Secretaria de Fiscalização Agropecuária, trata de aspectos físico-químicos (pH, umidade, matéria orgânica, Nitrogênio total, relação Carbono/Nitrogênio). As análises mensais de amostras do pré-composto da usina feitas por laboratórios de reconhecida probidade, como o Centro de Energia Nuclear na Agricultura da Esalq/USP, indicam ausência de Salmonella ou de microorganismos patogênicos e valores de metais pesados aquém dos indicados para lodo classe A pela Cetesb e pela Embrapa. Não podemos esquecer que a qualidade dos resíduos orgânicos destinados à compostagem irá melhorar com o crescimento da campanha São Paulo Recicla."
Fabio Pierdomenico, diretor do Limpurb (São Paulo, SP)

Resposta da jornalista Mariana Viveiros - A afirmação de que a Usina de Compostagem da Vila Leopoldina contaminou o lençol freático é da regional de Pinheiros da Cetesb. A nota que a agência dá ao equipamento se baseia em informações da própria prefeitura, que responde a um questionário. A não-adequação do composto para uso agrícola é apontada por estudo da Embrapa, da Universidade de Taubaté e da Esalq (USP). Em entrevista gravada, o diretor do Limpurb, Fabio Pierdomenico, confirma que há problema na qualidade do composto.


Texto Anterior: Ives Gandra da Silva Martins: Os equívocos do presidente Bush
Próximo Texto: Erramos
Índice

UOL
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.