São Paulo, sexta, 25 de setembro de 1998

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PAINEL DO LEITOR

Editorial
"Parabéns à Folha pelo esplêndido editorial de ontem, 'Tempo esgotado', que retrata fielmente a presente situação econômica do país, após o Plano Real. O sonho acabou."
Raymundo Penha Forte Cintra (Botucatu, SP)

"Oportuníssimo o editorial na Primeira Página de ontem. Parabéns. Quase ao final do texto lê-se que "o país se vê diante do risco de não ter como pagar compromissos externos ou internos...'.
No caso de compromissos internos, deveríamos entender como uma moratória da dívida interna, uma espécie de eufemismo para congelamento de ativos, ou confisco de bens à moda Plano Collor?"
Paulo Roberto Monteiro de Barros (São Paulo, SP)

"Voltamos à velha forma de fazer jornalismo, de fazer críticas e de se autopromover nos jornais. A Folha de ontem foi deprimente. Ao contrário do editorial de capa, Janio de Freitas e mais outros tantos aproveitadores, incluindo o próprio Otavio Frias Filho, anunciaram a derrocada do governo como gostavam de fazer com Sarneys da vida, emporcalhando as boas informações que tinham com catastrofismos inúteis e inverídicos.
Tem dias, sinceramente, que a Folha não dá pra ler."
Nando Pereira (Florianópolis, SC)

Impostos
"Se FHC realmente não for adepto da politicagem eleitoreira a que tanto diz ter aversão, diria agora, antes do dia 4, quais impostos ele e sua turma pretendem aumentar, quanto eles irão aumentar e em quais serviços públicos serão feitos cortes de verba.
Pago para ver até onde vai a modernidade do presidente."
Raimundo José Pimenta Araújo Filho (Santos, SP)

Obras de Maluf
"Há 49 obras de Maluf citadas na propaganda eleitoral. A Folha examinou 32 delas e descobriu "pêlo em ovo' em 13. Essas foram feitas "parcialmente' por Maluf e não 'totalmente'.
Daí a Folha conclui na capa do caderno Eleições (24/9) que "Paulo Maluf faz propaganda de obras que não fez' e, no título interno, que "Maluf "vende' obras que não fez'. Se Maluf não fez, quem foi que fez? A Folha não esclarece. As usinas hidrelétricas, por exemplo. Não são construídas em menos de oito anos. Maluf projetou, contratou e iniciou todas elas. Por uma questão de tempo não podia ter colocado as turbinas em todas. Mas se não fosse Paulo Maluf as hidrelétricas não existiriam.
Da mesma forma, o PT paralisou todas as obras iniciadas por Jânio Quadros quando prefeito. Maluf retomou e concluiu todas. Quem fez? Deixou algumas obras para Celso Pitta apenas concluir e inaugurar. Quem fez?
Finalmente, a obra máxima do Renascimento, a catedral de Florença, levou centenas de anos para ser concluída, mas a história considera que foi o arquiteto Giotto quem fez. Assim, ou os títulos da Folha estão errados ou então o imortal Réquiem não seria de Mozart, apenas porque morreu pouco antes de finalizá-lo."
Adilson Laranjeira, assessor de imprensa de Paulo Maluf (São Paulo, SP)

Yázigi
"Queremos expressar nosso protesto diante da referência ofensiva ao Yázigi feita no artigo "E desde quando isso é música?', de autoria de Gustavo Ioschpe, publicado no Folhateen de 14/9.
Ao estabelecer uma equivalência entre uma gravação da obra de Beethoven feita por uma orquestra de baixa categoria e uma tradução de Shakespeare feita por um professor do Yázigi, o autor denigre a imagem da nossa organização, de forma leviana e injustificada.
O Yázigi é uma instituição de atuação global, presente em mais de oito países, com quase 50 anos de atuação no mercado de ensino de línguas estrangeiras, e sempre se caracterizou pela qualidade e seriedade na prestação de serviços, tendo formado mais de 2 milhões de alunos. Prova disso é o reconhecimento que tem tido, tanto em nível nacional quanto internacional, por parte de instituições educacionais, associações de franquia e empresas.
O comentário feito pelo sr. Gustavo Ioschpe é ofensivo a todos os profissionais sérios e competentes que trabalham na organização, além de ter um caráter difamatório, por não se basear em nenhum dado objetivo. A leviandade e a inconsequência das suas afirmações são comprovadas não só pela injustificada referência ao Yázigi, mas também pelas frases finais do seu artigo, particularmente quando sabemos que este está sendo publicado num caderno dirigido a adolescentes: "As boas gravações são normalmente as mais caras, mas valem a pena. Se não for possível comprar, peça emprestado. Se não conseguir emprestado, roube. Se a fome justifica o furto, imagine Beethoven'."
Ricardo Young Silva, diretor-presidente do Yázigi International (São Paulo, SP)

Fiscais da Receita
"Com a tira 'Os Pescoçudos', publicada na Ilustrada de 23/9, a Folha dá um claro exemplo de como não deve proceder a imprensa. Há uma gratuita agressão aos fiscais da Receita Federal, que são chamados -todos- de ladrões. Ora, por mais que se admita que a corrupção possa existir em qualquer atividade, não pode um veículo de comunicação da importância desse jornal generalizar, jogando a pecha de ladrão em milhares de pessoas."
Ilson Roberto Librenza (Porto Alegre, RS)

Católicos e evangélicos
"Eu tinha sérias dúvidas se renovaria minha assinatura de 12 anos da Folha. No entanto, após ler a coluna de Marilene Felinto de 22/9 ("Ressonância: pobres e ignorantes vão à igreja'), não hesitei em renová-la.
Sei que ela deve receber diversos e-mails de fanáticos insultando-a sobre o artigo que tratou da Igreja Universal e dos hipócritas padres goianos. No entanto, quero que saiba que qualquer pessoa que pense livremente, que tenha um mínimo de cultura e que leia mais do que a seção de horóscopos certamente vai concordar e aplaudir de pé seu artigo."
Fernando Souza Filho (São Paulo, SP)

"Lamentável ler o artigo da Folha de 22/9 em que Marilene Felinto destila seu preconceito quanto a pobres e ignorantes como se isso fosse uma opção. Não tenho procuração para defender a Igreja Católica ou a Universal, mas, como cristão evangélico e dizimista, venho repudiar o artigo, principalmente quando fala de "muita gente que prefere fumar maconha e cheirar cocaína', ou quando chama pobre de "massa conduzida', principalmente da cidade de Osasco."
Lineu da Silva (Paulínia, SP)

Gravidez infantil
"Em casos como o do índex político do Rio e o da mobilização da Igreja Católica para impedir o aborto de uma criança de 10 anos, vítima de estupro, vemos o quanto essa instituição teima em manter seu caráter inquisitivo.
Acredito que a família, ao decidir pelo aborto, ponderou melhor do que ninguém se a criança tem ou não condições clínicas, psicológicas e até econômicas para gerar um filho. Porém a menina C.B.S. é pobre -e isso já diz tudo. Se fosse rica, nem o papa se atreveria a palpitar sobre seu útero."
Rafael Ribeiro (São Paulo, SP)

Fábrica de concursos
"Montaram uma indústria do concurso público para arrecadar fortunas. Quem está levando? Concursos para 40 vagas de oficial de Justiça em que se inscrevem 20 mil pessoas, pagando R$ 38 de inscrição de cada, arrecadam mais de R$ 500 mil. Custa tudo isso fazer concurso?"
Anderson Costa (São Paulo, SP)



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