São Paulo, domingo, 26 de abril de 2009

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

PAINEL DO LEITOR

O "Painel do Leitor" recebe colaborações por e-mail (leitor@uol.com.br), fax (0/xx/11/3223-1644) e correio (al.Barão de Limeira, 425, 4º andar, São Paulo-SP, CEP 01202-900). As mensagens devem ser concisas e conter nome completo, endereço e telefone. A Folha se reserva o direito de publicar trechos.

Leia mais cartas na Folha Online
www.folha.com.br/paineldoleitor

Congresso
"Caro deputado Domingos Dutra (PT-MA), se é tão humilhante andar de jegue e morar em palafita, Vossa Excelência deveria se preocupar mais em melhorar a condição de vida de pessoas que vivem dessa maneira (ou pior), e não se indignar de ter cortadas as passagens para o exterior ou para parentes e amigos.
Caro deputado Jovair Arantes (PTB-GO), acredito que ninguém está impedindo do senhor levar sua filha para visitá-lo em Brasília. É para isso que serve o salário que todo trabalhador recebe: para atender aos desejos de consumo de cada um. Se o senhor achar caro a passagem de avião de sua cidade até Brasília, pode optar pelo serviço de ônibus. É uma boa oportunidade para o senhor avaliar esse serviço de concessão pública, bem como as condições das estradas. Moralidade, senhores congressistas, moralidade!"
PAULO ALEXANDRE BARBOSA FILIPIN (Cascavel, PR)

 

"Perante a vergonha da farra com as passagens aéreas cometida pelos nossos congressistas, recorro a esta Folha, juntando minha indignação à de muitos outros leitores e pedindo que não deem trégua na divulgação desses escândalos, informando e suscitando algum tipo de reação da população e fazendo com que isso possa chegar até o Congresso."
FÁTIMA RODRIGUES (São Paulo, SP)

 

""É mais fácil achar uma viúva virgem do que um político honesto". Diante dos recentes escândalos e das mais deslavadas desculpas desses representantes do povo, essa frase retrata a mais clara certeza de sua afirmação."
CARLOS ALBERTO VENTURA (Cafelândia, SP)

Justiça
"Enquanto os ministros da mais alta corte do país trocam farpas e acusações, o Judiciário está na UTI.
Milhares de processos aguardam julgamento, e não raro se espera três anos para uma sentença em processos simples, em casos em que a jurisprudência já pacificou a matéria. Conheço casos de habeas corpus (medida considerada urgente) que correm no STJ que já fizeram aniversário de um ano, para ficar em um exemplo.
Enfim, os ministros do Supremo trocam farpas enquanto a população sem condições de contratar advogados do "naipe" dos de Daniel Dantas fica a ver navios."
RICARDO MACHADO (Belo Horizonte, MG)

 

"Como resultado da briga entre os ministros do STF, formou-se duas correntes de torcedores, como um Santos e Corinthians: uns pró-Gilmar ("da direita') e outros pró-Joaquim ("da esquerda'). Um dos dois, para seus torcedores, foi o vitorioso, mas houve um grande perdedor: o Poder Judiciário."
NELI APARECIDA DE FARIA (São Paulo, SP)

 

"Se não há crise no STF, resta redefinir qual é o significado do vocábulo. Por outro lado, as críticas que o ministro Joaquim Barbosa vem recebendo em vários editoriais não espelha o que o povo manifesta nos sites e nas ruas. O povo é ignaro na opinião dessa grande imprensa, mas o que o ministro disse apenas confirma que não se trata da percepção do leigo, senão de pelo menos um alto magistrado, que a Justiça está sendo destruída pelas idiossincrasias do comportamento de Gilmar Mendes, o juiz preocupado consigo e com as elites."
ANTONIO DO VALE (São Paulo, SP)

Educação
"É geral a insatisfação com a qualidade de ensino, bem como o entendimento de que a melhoria da escola ocorrerá pelas mãos dos educadores. Todavia, culpar educadores de forma generalizada é um desserviço e dificulta soluções. Estas pressupõem entender a complexidade do que significa ser professor hoje, vivendo a revolução digital/ comunicacional e acolhendo toda a diversidade do alunado.
Por isso, urge: 1) a revalorização da profissão, com melhores condições de trabalho e remuneração digna; 2) a melhoria da formação de professores (inicial e continuada), sendo que na inicial, além dos esforços locais, falta em nível nacional a revisão de algumas diretrizes curriculares, como as da pedagogia; 3) políticas públicas dos governos e secretarias, destacando-se: aumento do tempo de estudo do aluno, professores efetivos, permanência e formação continuada na escola. Não é justo questionar profissionais ou faculdades isoladamente.
Com exceção do alunado, não há inocentes; a sociedade toda está em questão."
SONIA PENIN , diretora da Faculdade de Educação da USP (São Paulo, SP)

Eleições na África do Sul
"Serpenteando a paisagem árida, a esperança caminhou lentamente, assim como sempre deve ser: lenta e corajosamente.
Muito lindo! Muito emocionante ver essa cena na Primeira Página da Folha de quinta."
LAURA C. PROA (São Paulo, SP)

Infância e trabalho
"Parabenizo a Folha pela publicação do artigo "Trabalho infantil é um soco no estômago" ("Tendências/Debates", 23/4), de Floriano Pesaro. Ele põe o dedo na ferida ao questionar a posição do secretário do Trabalho, Marcos Cintra, sobre a participação de crianças no trabalho. Afinal, o ECA e a Constituição foram feitos para serem seguidos."
RONALDO KOLOSZUK (Itapevi - SP)

 

"Fiquei surpreso com o artigo do vereador Floriano Pesaro. Esse senhor, quando secretário municipal, assinou comigo um projeto de inclusão social para crianças de dez a 14 anos, pelo qual elas seriam admitidas nas academias de tênis para aprender a jogar, conhecer as regras e viver em um ambiente saudável, e não nos semáforos. Receberiam vestimenta, alimentação e acompanhamento escolar. Expliquei às autoridades que essa prática já era adotada nas nossas empresas. As caixinhas recebidas chegavam a mais que um salário mínimo, e os clientes desses meninos pagavam a escola e até o curso universitário. É o caso de perguntar ao vereador: quantas crianças foram afastadas das academias? Houve acompanhamento de cada uma delas? O projeto está à disposição daqueles que desejarem implantá-lo.
Não é trabalho infantil, é oportunidade de uma vida digna, antes que a criança seja obrigada a trabalhar para um traficante."
GILBERTO JOSÉ BERTEVELLO , presidente do Sindicato das Academias do Estado de São Paulo (São Paulo, SP)

Motocicletas
"A discussão sobre o tráfego de motocicletas entre os carros é pertinente e parabenizo a Folha por publicar os artigos de Paulo Cesar Marques da Silva e Lucas Pimentel ("Tendências/Debates", 25/4). No entanto, o fundamental fica de lado: por que chegamos a essa situação? Não é apenas devido à falta de planejamento ou investimento público para o setor de transportes.
Por trás está o individualismo da sociedade moderna, pois cada um quer ter a "liberdade" de fazer o que bem pretende, com o máximo de vantagens -no caso, em termos de tempo e mobilidade."
ADILSON ROBERTO GONÇALVES (Lorena, SP)

Leia mais cartas na Folha Online
www.folha.com.br/paineldoleitor

Serviço de Atendimento ao Assinante: 0800-775-8080
Grande São Paulo: 0/xx/11 3224-3090
www.cliquefolha.com.br

Ombudsman: 0800-15-9000
ombudsman@uol.com.br
www.folha.com.br/ombudsman


Texto Anterior: José Gomes Temporão: O SUS e o direito da coletividade

Próximo Texto: Erramos
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.