São Paulo, domingo, 26 de julho de 2009

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PAINEL DO LEITOR

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Sarney
"A reportagem "Empresas da família Sarney são alvo de devassa da Receita" (Brasil, ontem) contém informações completamente inexatas. A fiscalização que está sendo feita pela Receita em nossas empresas foi determinada pela Justiça, corre em segredo de Justiça e não difere das que são feitas rotineiramente por aquele órgão. Nada tem com a apuração de câmbio e lavagem de dinheiro.
As informações passadas pelos repórteres Leonardo Sousa e Hudson Corrêa são a antítese do jornalismo da Folha. Nada temos, nem jamais foi isso aventado, qualquer relação com o caso Usimar. Jamais a fiscalização que se faz em nossas três empresas tem a ver com a saída da senhora Lina Vieira, pelo simples fato de terem sido iniciadas dois anos antes que ela assumisse.
Para ver a falta de isenção dos jornalistas enviados, em especial, do senhor Hudson Corrêa, relato fato de que ele declarou no tradicional bar Por Acaso, localizado na lagoa da Jansen, na quinta-feira, dia 16, na presença de vários jornalistas, inclusive o senhor Caio Hostílio, do jornal "A Tarde", que veio com "a missão de só sair do Maranhão quando derrubar essa Sarneyzada". Tal notícia saiu no blog local do jornalista Décio Sá e não foi desmentida."
FERNANDO SARNEY (São Luís, MA)

Resposta do jornalista Hudson Corrêa - Nunca disse a frase atribuída a mim pelo missivista.

"Votei no presidente Lula no primeiro mandato e me abstive no segundo. Apesar de concordar com os rumos econômicos adotados e até mesmo com a ênfase política (programas compensatórios como o Bolsa Família), não pude deixar de consultar minha consciência quanto ao projeto mais amplo, de poder e de país, que se esboçava já desde o acobertamento dos escândalos do primeiro mandato.
Tenho certeza que Lula será lembrado como um bom presidente, mais pelos seus acertos que pelos seus erros.
Contudo, é sintomático e aponta para uma tendência de pensamento que se dissemina e contamina toda a sociedade o apego ao poder custe o que custar.
Lula diz que cada crime é um crime e que há gradações diferentes e que nem todos são puníveis com "pena de morte". Ok, mas crime continua sendo crime, e se não puníveis com pena de morte, alguma punição merecem. Afirmar, nas entrelinhas, que há crimes que "podem" e outros que não "podem" é muito imoral. Só queremos que José Sarney seja punido com a perda de seu mandato e investigação e responsabilização justa por seus atos que são, sem dúvida, ilegais e imorais.
Quero um país economicamente saudável, mas, mais que tudo, quero um país moralmente são."
ALAN DEMANBORO (Osasco, SP)

"Um presidente pode até não ter diploma escolar, mas não pode ser um analfabeto ético.
Nunca vi Lula defender qualquer valor moral importante. Ele não pode se comportar como um ídolo do futebol porque representa muito para o povo, principalmente para os mais jovens.
Seria bom que ele soubesse que pessoas não infringem a lei (além de crimes de sangue) não só por medo da prisão mas também por absorção de valores que a sociedade lhes passa e pelos exemplos do cotidiano de respeito às leis.
Nunca na história desse país vi presidente tão amoral. Ou melhor, há antecedente daquele político alagoano a quem Lula abraçou e elogiou recentemente."
JOSÉ VICENTE DA SILVA FILHO, (São Paulo, SP)

José Simão
"Há várias opções para quem se sente agredido. Pode pegar o tacape e macerar a cabeça do suposto agressor; pode ignorar olimpicamente. Ou pode recorrer à Justiça. Juliana Paes se sentiu agredida com as brincadeiras de José Simão. Foi à Justiça, que é a forma civilizada de resolver conflitos. Não vejo em que essa atitude implique cerceamento de liberdade de imprensa."
ANTONIO CARLOS AUGUSTO (São Paulo, SP)

"Escrevo apenas para participar do coro pró-Simão e dizer que ele é um dos meus preferidos. Sua coluna, para mim, é tão importante quanto os editoriais e os colunistas convencionais."
LUCIMAR MUTARELLI (São Paulo, SP)

Sabesp "A respeito do texto "Sabesp muda cálculo e tarifa deve subir" (Cotidiano, 24/7), a Sabesp esclarece que a reportagem está equivocada ao afirmar que "tarifa deve subir mais", uma vez que se trata de mera consulta pública, sujeita portanto a avaliação.
Da mesma forma que ocorreu nos anos anteriores, eventual reajuste ocorrerá a partir de setembro. Esclarecemos, ainda, que não cabe à Sabesp (concessionária) elaborar as propostas de reajustes, revisão tarifária ou cálculos como citado no título da reportagem. Nos termos da legislação vigente, cabe à agência reguladora a revisão e reajuste de tarifas.
Tampouco a nota da Sabesp foi enviada ao jornalista com a assinatura do presidente Gesner Oliveira, e sim como manifestação institucional por meio da assessoria de imprensa da empresa. A resposta da Sabesp informou que: "a nota técnica é uma consulta pública que requer cuidadosa análise por parte das empresas envolvidas nesses setores e que, por este motivo, considera prematura qualquer manifestação pública a respeito de possíveis mudanças nas tarifas"."
PAULA FONTENELLE assessora de imprensa da Sabesp (São Paulo, SP)

Resposta do jornalista José Ernesto Credendio - A tarifa deve subir porque serão incorporados no cálculo outros custos. Ao contatar a assessoria, a reportagem requisitou posicionamento do presidente da empresa.

"A tarifa praticada pela Sabesp hoje cobre todos os custos envolvidos na prestação dos serviços e, em setembro, como ocorre anualmente, ela será reajustada com base na inflação do período. A metodologia de reajuste proposta pela Arsesp não resultará em aumento superior àquele decorrente da fórmula atualmente utilizada.
A nova fórmula tão somente permitirá conhecer, em detalhes, todos os custos que compõem a tarifa, o que é bom para os consumidores, clientes da empresa.
Exatamente por valorizar a transparência nas suas decisões, a Arsesp colocou em consulta pública, em 22/7, a nota técnica sobre a metodologia do reajuste tarifário. Por ser pública, a consulta é a ferramenta mais adequada para receber contribuições ao processo."
JOSÉ AMAURY TELES FONTENELE, superintendente da Arsesp (São Paulo, SP)

Resposta do jornalista José Ernesto Credendio - A própria nota técnica da Artesp a que se refere o missivista diz que não há no método atual "adequação do nível de remuneração do capital investido". Diz ainda que "não existem critérios claros sobre as referências de custo implícitas aos critérios" hoje usados. Afirma ainda que, "dependendo da magnitude das variações", a revisão seria aplicada já na próxima revisão tarifária.

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