UOL




São Paulo, terça-feira, 26 de agosto de 2003

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

PAINEL DO LEITOR

Conflitos
"Os dirigentes do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) já anunciaram aos quatro ventos que irão dar início a invasões de prédios. Isso significa dizer que estão à vontade para desafiar a democracia e toda a sociedade brasileira, avisando que cometerão crimes de incitação à violência e de ocupação da propriedade privada, ferindo gravemente os direitos e os deveres constitucionais. Vamos ver se as autoridades tomarão as medidas cabíveis."
David Neto (São Paulo, SP)

Transporte
"Um novo personagem apareceu na nossa sociedade. Os sem-ônibus. A ineficiência da gestão pública, aliada à incapacidade de os governantes se sensibilizarem diante de uma realidade, faz com que tenhamos no Brasil 55 milhões de pessoas impossibilitadas de ter acesso ao transporte público. A reforma tributária se oferece como oportunidade para alterar esse quadro. O transporte público de passageiros deve ter um tratamento tributário diferenciado. A Constituição deve estabelecer fontes de recursos extratarifários para o custeio das gratuidades e benefícios concedidos por lei."
Paulo Porto Lima , diretor da Associação Nacional das Empresas de Transportes e da Associação das Empresas de Transportes Terrestres (Fortaleza, CE).

Imagens do mundo
"Angeli (Opinião, pág. A2, 22/8) retratou de maneira absoluta o estágio de degeneração em que se encontra a humanidade. Uma charge tão real e impactante que chega quase a exalar o odor da morte. Uma triste obra-prima desse genial cartunista."
Luis Francisco Segantin Júnior (São Paulo, SP)

Guerra e religião
"Gostaria de esclarecer a missivista Angela Luiza S. Bonacci ("Painel do Leitor" 25/8) que guerra santa não é um preceito judaico, católico ou protestante, e sim muçulmano. É verdade que, quando presenciamos atos selvagens de terrorismo como os ocorridos no ônibus em Jerusalém e na ONU em Bagdá, nos perguntamos os motivos de tanta barbárie e como podemos terminar com ela. A resposta talvez esteja em não enxergar o próximo como um infiel a ser convertido ou exterminado, e sim como alguém que deve ser amado. A máxima "amarás ao próximo como a ti mesmo" é uma grande lição que o judaísmo nos deu, juntamente com a crença monoteísta de um Deus único, eterno e indivisível."
Dayvi Mizrahi (Osasco, SP)

Iraque
"É impressionante a arrogância dos EUA no imbróglio que se tornou a Guerra do Iraque. Primeiramente, ao descumprir toda e qualquer decisão do Conselho de Segurança da ONU, Bush avocou a si o direito de invadir a nação que julgar ameaçadora aos interesses norte-americanos. Usando da força bruta invadiu o Iraque, matando milhares de pessoas inocentes. Terminada a guerra, vem pedir ajuda à ONU, uma vez que não consegue dominar o inimigo. Onde estão o poder e a capacidade dos comandados de Bush? Por que não assumir sozinhos os ônus do ataque, já que não houve o apoio da grande maioria da comunidade internacional, muito menos da ONU? Por que não assumir sua verdadeira arrogância? Até quando vidas inocentes vão ser ceifadas por uma causa tão absurda? Ou será que só vão abandonar o Iraque daqui a dez ou 15 anos como aconteceu no Vietnam?"
Ary Braga Pacheco Filho (Brasília, DF)

MEC
"O Ministério da Educação, com recursos do Programa Nacional de Informática na Educação (Proinfo) já previstos no Orçamento, projetou a aquisição de cerca de 10 mil computadores para as redes públicas de ensino estaduais e municipais. Apesar de os computadores serem adquiridos pelo governo federal, as definições devem obedecer às demandas estaduais e municipais. A compra de computadores atenderá os mais variados programas de diversos projetos educacionais, estabelecidos pelos Estados e municípios e não pelo governo federal. Diferentemente do que foi publicado no "Painel" da Folha em 23/8, o MEC não está na contramão de outros ministérios. Pelo contrário, pretende fazer uma aquisição volumosa de computadores com a introdução de software livre. Na versão atual do edital de licitação do MEC, cuja publicação está prevista para o próximo mês, os computadores deverão vir obrigatoriamente com "dual boot", ou seja, com os dois sistemas operacionais (Windows e Linux). O Linux não será opcional, como afirma o "Painel". Tanto esse programa como o Windows serão obrigatórios para atender às necessidades das escolas públicas estaduais e municipais. Os aplicativos (editor de texto, planilhas etc) serão definidos por funcionalidades, podendo ser introduzidas versões livres pelas empresas que participarem da concorrência do MEC. Essa posição do ministério deixa claro que não haverá beneficiamento de nenhuma marca proprietária. O MEC, por meio do Proinfo, está desenvolvendo um programa de formação para os técnicos e multiplicadores dos Núcleos de Tecnologia Educacional (NTEs) em Software Livre, a fim de garantir o uso e a manutenção do sistema livre implantado nos computadores das escolas. As políticas e os critérios do Proinfo sempre foram construídos em parceria com o Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Educação (Consed). Em nenhum momento, o Ministério da Educação argumentou que os alunos devem aprender o Windows porque é líder de mercado, conforme afirma o "Painel". Apenas defende a importância da multiplicidade de opções para o processo de ensino-aprendizagem e de formação profissional."
João Carlos Teatini, secretário de Educação à Distância do Ministério da Educação (Brasília, DF)
 
"Com referência à nota do "Painel" (Brasil, 23/8, pág. A4), o Grupo TBA esclarece que: 1) Não participará nem se "beneficiará", da licitação do MEC para compra de 10 mil computadores com Windows, pois não comercializa nem hardware nem Windows. O Grupo TBA atua com desenvolvimento e licenciamento de software corporativo das melhores marcas do planeta. Não comercializa sistemas operacionais que venham acompanhados dos computadores; 2) Apóia as iniciativas adotadas pelo governo que objetivarem melhoria dos serviços públicos e redução de custos, considerando-se as opções de software disponíveis no mercado mundial; 3) Acredita na gestão do ministro da Educação, Cristovam Buarque, por entender ser um dos mais capacitados políticos brasileiros, com fundamental papel na construção de uma educação mais eficiente e um país mais justo."
Marcelo Amaral , superintendente de Marketing e Comunicação do Grupo TBA (Brasília, DF)

Resposta do jornalista Fabio Schivartche, do "Painel" - Ao comprar o programa da Microsoft, o MEC está na contramão de outros ministérios, que estão optando pelo uso gratuito do Linux. O ministério da Ciência e Tecnologia, por exemplo, economizou R$ 6 milhões neste ano ao adotar softwares livres em videoconferências e na instalação de programas em computadores manuais.

Paulo Maluf
"O presidente da Câmara, deputado João Paulo Cunha, queixou-se de ser comparado a Paulo Maluf ("Painel do Leitor", 22/08, pág.A 3). Realmente, a comparação é descabida. Com todo o respeito devido ao cargo que o deputado ocupa e para o qual foi eleito, João Paulo Cunha vai ter de trabalhar muito se quiser ser comparado a Paulo Maluf."
Adilson Laranjeira , assessor de imprensa de Paulo Maluf (São Paulo, SP)


Texto Anterior: Carlos de Meira Mattos: O cenário estratégico do Oriente Médio

Próximo Texto: Erramos
Índice

UOL
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.