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São Paulo, segunda-feira, 27 de janeiro de 2003

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PAINEL DO LEITOR

PMDB
"Na reportagem sobre o acordo de unificação do PMDB ("PMDB indica Sarney para presidir Senado", Brasil, pág. A6, 25/1), desejo acrescentar que o ex-governador Orestes Quércia, presidente do partido em São Paulo, uma de nossas lideranças mais expressivas, foi consultado em todas as fases da negociação e a formatação final do acordo teve sua aprovação. Ele continuará a ajudar na construção da unidade do PMDB, com o nosso reconhecimento de sua tradição histórica na vida do partido. No episódio, nossas relações não sofreram nenhum abalo."
José Sarney, senador (Brasília, DF)

Fóruns e manifestações
"O Fórum Econômico Mundial, que reúne as maiores autoridades do mundo, traz também protestos de todos os tipos e manifestantes de todo o mundo. Mas o que mais chama a atenção é o fato de estarem regularizando os protestos. Hora marcada para protestar num frio de 10 Celsius abaixo de zero é para desanimar qualquer manifestação, por mais justa que seja. O negócio é protestar contra a regularização do protesto."
Bruno Boroto Neves (Caçapava, SP)

 

"Na minha opinião, não será possível criar um pacto de fato para diminuir a distância entre os países ricos e os pobres, como Lula propõe em Porto Alegre e Davos. Países ricos sempre serão ricos e países pobres sempre serão pobres. Não há interesse real em diminuir essa distância. Infantilidade querer igualdade no mundo, quando os principais comandantes do planeta -os EUA- só pensam em seus privilégios, em detrimento dos menos favorecidos."
Fernando Al-Egypto (Rio de Janeiro, RJ)

Atalho
"O presidente George W. Bush (EUA) tem repetido, à exaustão, ter provas da existência de armas de destruição em massa no Iraque. Não seria mais prático e econômico para a ONU que ele diga aos inspetores, logo de uma vez, onde estão essas armas? A ONU economizaria preciosos recursos, e o resto do mundo, creio, a preciosa paciência."
Murilo Antônio Simões (Curitiba, PR)

Salários engordados
"Há casos em que o dever moral é bem claro. Os ministros e assessores graduados do presidente Lula, por força de lei, têm direito a receber jetom quando participarem em conselhos de empresas estatais. Governar é ter em mente o bem comum, e não engordar salários à custa do dinheiro do povo. O direito cessa onde o abuso começa. Não há direito contra a moral. Esse privilégio não pode ser justificado simplesmente pela sua existência ou pela força da tradição."
Edilberto Ferrarini (São Paulo, SP)

Mudanças
"A propósito do editorial "Pouca oposição" (24/1, Opinião, pág. A2), permito-me uma observação: se o PT no governo continuar adotando as teses defendidas e perseguidas pelo governo FHC, não haverá mesmo razão para se fazer oposição. Bom para o PT, bom para o PSDB, bom para o Brasil. Mas uma constatação deve ser explicitada: é o PT que vem, surpreendentemente, adotando o discurso e a prática do PSDB, e não o contrário. Antes tarde do que nunca, como muito bem resumiu o sr. Eduardo Graeff: "Antes ter o PT fazendo a coisa certa agora do que o ter coerente com os erros do passado"."
Rodrigo Borges de Campos Netto (Brasília, DF)

Cigarro e bebida
"Sempre vejo reportagens contra o tabagismo e acho muito louváveis as iniciativas. Não tenho visto nada igual com referência ao consumo de álcool. Acho que o tratamento dado ao combate ao fumo deveria ser o mesmo contra o consumo de bebidas alcoólicas. As garrafas de bebidas deveriam ter fotografias de pessoas bêbadas dirigindo e matando. Enfim, as campanhas deveriam ser as mesmas, pois ambos são vícios maléficos à sociedade."
Gladsdton Cardoso (Uberlândia, MG)

Juros altos
"Por incrível que pareça, a taxa Selic não tem relação direta, mas inversa com a taxa de juros que realmente interessa ao cidadão e às empresas, qual seja, a do financiamento, a do empréstimo. Os bancos são responsáveis por cerca de 40% da dívida pública interna do país, cujos títulos são remunerados pela Selic. Quando a Selic aumenta, os bancos aumentam seu ganho na mesma proporção e encontram justificativa para aumentar seus juros nas operações com os clientes. Quando a Selic é baixada, o ganho dos bancos diminui, razão pela qual aumentam seus próprios juros para compensar a redução do ganho nos títulos da dívida pública. A única maneira de os juros baixarem é fazer com que haja concorrência. A saída seria o governo, através do Banco do Brasil, da Caixa Econômica Federal e dos outros bancos públicos, promover redução na taxa de juros."
Antonio Luiz Giacomelli (Araçatuba-SP)

Prédio virtual
"Excelente a reportagem da Folha sobre a grave omissão da Prefeitura de São Paulo na construção irregular de um prédio (Cotidiano, págs. C1 e C3, 24/1). Apesar de não ser nenhuma novidade para os paulistanos, a corrupção em nossa cidade causa grande indignação, a qual só aumenta a cada nova denúncia. É bom lembrar que a mesma tempestade que, recentemente, varreu os maus vereadores paulistanos pode voltar nas eleições de 2004."
Oséias de Oliveira Rodrigues (São Paulo, SP)

Aniversário
"No aniversário de São Paulo, quero expressar minha insatisfação com o projeto de construção de um anfiteatro no parque Ibirapuera, que seria inaugurado nas comemorações de 450 anos. O parque já teve o seu verde suficientemente furtado por edifícios e estacionamentos. Basta ver uma foto aérea para perceber como o Ibirapuera está ficando "nu" de verde. Chega de projetos impermeabilizantes, principalmente em parques."
Eduardo Britto (São Paulo, SP)

 

"No dia do aniversário da cidade de São Paulo, certamente o melhor e mais caro presente que esta metrópole poderia receber seria um novo prefeito, acompanhado de novos vereadores."
David Neto (São Paulo, SP)

Mais impostos
"Nós, contribuintes, somos tão menosprezados e subestimados pela senhora prefeita e pelos vereadores, que acham que acreditamos que o valor do aumento do IPTU será de "apenas" 20% no máximo. Um ou dois meses depois serão cobradas taxas para o lixo e para a iluminação pública e nós é que teremos de pagar. Isso não é um acréscimo ao que já pagamos? Ora, não dá para aguentar tanta "maquiagem" de novos e novos impostos e taxas!"
Délia Guelman (São Paulo, SP)

Trânsito civilizado
"O código de trânsito, que completou cinco anos, tem pouco a ver com a redução de vítimas. A maior fiscalização, associada a multas mais pesadas, principalmente na questão de velocidade, é que merece o crédito. O código anterior também previa suspensão do direito de dirigir. Ainda há muito por fazer no sentido de cumprir o novo código, como todos os ocupantes usarem cinto de segurança, e os municípios, no caso, São Paulo, não poderem restringir a circulação de veículos (rodízio), a não ser para reduzir a emissão global de poluentes. Até quando o município ficará agindo ilegalmente?"
Bob Sharp (São Paulo, SP)


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