São Paulo, quarta-feira, 27 de junho de 2007

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PAINEL DO LEITOR

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Violência
"Cinco jovens de classe média agrediram uma mulher que esperava um ônibus e roubaram sua bolsa. Deram azar e foram presos mais tarde. Na delegacia, alegaram que atacaram a doméstica Sirlei porque pensaram que ela fosse uma prostituta -como se isso fosse justificativa para a torpe e covarde agressão.
O empresário Ludovico Ramalho Bruno, pai de um dos agressores, disse: "Não é justo manter presas crianças que estão na faculdade, estão estudando, trabalham".
Nessa ótica distorcida, imbecil e alienada, só falta os advogados desses facínoras alegarem que eles agiram em legítima defesa da vida, pois atacaram a doméstica Sirlei para não morrer de tédio."
DION DE ASSIS TÁVORA (Rio de Janeiro, RJ)

"Sou pai de um garoto de 12 anos e escrevo para manifestar minha indignação ante as pérolas ditas pelo senhor Ludovico Ramalho Bruno. Suas posições dão bem a mostra de por que tem um marginal sob seu teto."
CLEOMAR SOUZA FERREIRA (São Paulo, SP)

Educação
"Parabenizo o leitor Alvaro Tadeu Silva ('Painel do Leitor", 24/6), pois tocou num ponto crucial da educação. A escola pública há muito é laboratório para experimentos pedagógicos mais que duvidosos -a serem aplicados nos filhos dos outros. Os nossos estudam nos colégios mais tradicionais possíveis.
Por outro lado, vem-se transformando num imenso gueto -escola de e para pobre, onde só estudam os que não podem pagar uma escola particular.
Nós, professores, gritamos por uma escola pública de qualidade, mas, além do emprego público, lecionamos numa escola privada para garantir a vaga dos filhos. Não é preciso dizer mais nada."
HELENA MARIA DE SOUZA, professora da rede pública (Rio de Janeiro, RJ)

Aborto
"Manifesto minha indignação diante da posição do senhor ministro da Saúde, José Gomes Temporão, de defender a legalização da prática de um crime: o aborto. Não é um simples crime, pois atenta contra a vida. E, neste caso, de um ser indefeso, não importa se de uma semana, de duas ou de 12.
Quero acreditar que a opinião do ministro não seja a opinião do governo. E conclamo desde já os cristãos, progressistas ou não, a se manifestarem contra essa posição assassina e hedonista, em que o bem maior é o prazer, e não a vida.
O governo deve investir -como vem fazendo- em educação e na popularização de meios anticoncepcionais, mas defender o aborto é defender um crime."
MATEUS RODRIGUES DE MIRANDA JÚNIOR, presidente do Movimento Evangélico Progressista (São Bernardo do Campo, SP)

Maluf
"Com o propósito de criticar os ministros Guido Mantega e Marta Suplicy sobre comentários de ambos sobre o apagão aéreo, Clóvis Rossi volta a citar, fora do contexto, frase do deputado federal Paulo Maluf sobre o estupro ("Guido Salim Mantega Maluf", Opinião, 23/6). Fernando de Barros e Silva, também na Folha, cita a frase no contexto correto ("Estupra mas não mata", Opinião, 25/6).
Maluf, comentando fato concreto, fez um apelo quando se referiu a um criminoso que, além de violentar uma mulher, matou-a. Mais adiante, em seu artigo, Rossi diz que Maluf citou os congestionamentos de São Paulo como sinal de progresso.
Esqueceu de mencionar que essa constatação foi feita quando Maluf disse também que, quando foi prefeito em 1969, São Paulo possuía 550 mil carros, e, em 1993, quando voltou à prefeitura, a cidade tinha 5,5 milhões de carros.
Para que esses veículos pudessem andar é que foram feitas obras como os túneis Ayrton Senna, Jânio Quadros, Sebastião Camargo, Tribunal de Justiça e as avenidas Jornalista Roberto Marinho, Carlos Caldeira Filho, Jacu-Pêssego, Escola Politécnica e o Complexo Viário do Sacomã, entre outras."
ADILSON LARANJEIRA, assessor de imprensa de Paulo Maluf (São Paulo, SP)

Polícia Militar
"O artigo "Guerra ou segurança?" (Opinião, 25/6), de Alba Zaluar, trata de maneira simplista e imprecisa da formação e da missão constitucional das polícias militares. Não fica claro, por exemplo, a que Guarda Civil a articulista se refere.
A Guarda Civil de São Paulo, por exemplo, foi fundada em 1926, e não em 1903.
A Polícia Militar paulista, embora a autora também desconheça, sempre foi responsável pela polícia ostensiva e preservação da ordem pública, desde sua criação em 1831. Entre 1926 e 1970, a Força Pública dividiu a tarefa com a Guarda Civil. A partir de 1970, procedeu-se à fusão das duas corporações, daí resultando a atual Polícia Militar.
A permanência de vínculos constitucionais com o Exército se justifica inclusive pelo fato de, na hipótese de guerra externa, caber às polícias militares as missões de defesa territorial, como a guarda de pontos sensíveis, trânsito e outras missões peculiares.
A leitura que a autora faz do treinamento das polícias militares certamente está defasada e não se aplica à PM paulista. A formação do policial militar de São Paulo, submetido a acurada seleção e a formação mínima de um ano, com um currículo moderno, baseado na defesa da vida, da integridade física e da dignidade da pessoa humana, é compatível com a das mais modernas polícias do mundo, com as quais as PMs brasileiras mantêm permanente intercâmbio.
A autora precisa informar-se mais para oferecer ao leitor informações mais confiáveis."
ROBERTO ANTONIO DINIZ, comandante-geral da Polícia Militar de São Paulo (São Paulo, SP)

Leonilson
"Em relação aos textos "Veneza reflete "tempos terríveis" (9/6) e "Principal exposição tenta agradar a todos e evita assumir riscos" (12/6), publicadas na Ilustrada, o Projeto Leonilson informa que o artista plástico José Leonilson foi convidado por Robert Storr, curador da Bienal de Veneza de 2007, conforme palavras da carta-convite, "para participar de uma sala especial em homenagem a artistas que morreram muito jovens, mas cujos trabalhos permanecem vivos na mente de seus contemporâneos".
A curadoria escolheu dois importantes bordados e dois desenhos do artista. Infelizmente, para preservar trabalhos com suportes frágeis -e dada a importância dos bordados, que têm participado constantemente de exposições internacionais-, o Conselho Consultivo do Projeto Leonilson optou por mostrá-los com moldura."
ANA LENICE DE FÁTIMA DIAS FONSECA DA SILVA, presidente da Sociedade Amigos do Projeto Leonilson (São Paulo, SP)

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