É legítimo que o jornal exponha seu repúdio contra os petistas que defendem o "controle social" dos meios de comunicação. Mas não há, neste país, medidas governamentais concretas para cercear a liberdade de imprensa.
Perante tal fato, o editorial deste domingo soa como alarmismo fajuto, ou um apelo corporativista de um jornal que tenta se vender como plural, mas reage a ponderações à sua cobertura apenas com acusações deliberadas de que os críticos seriam "inimigos da imprensa livre".
LEONARDO FALABELLA (Belo Horizonte, MG)

 

Excelente o editorial "Todo poder tem limite". O jornal começa reconhecendo os méritos do governo Lula para depois reconhecer os seus próprios serviços prestados aos leitores, citando as reportagens sobre os últimos escândalos da Casa Civil e na Receita Federal.
A Folha cumpre o seu papel reagindo às ameaças de liberdade de expressão.
SÉRGIO MORADEI DE GOUVEA (Ubatuba, SP)

 

Ninguém reclama do fato de a Folha ter apontado a violação do sigilo fiscal da Receita Federal e os desmandos na Casa Civil.
O que se questiona é a frequência e o calibre dos obuses lançados contra a candidata da situação em relação aos esporádicos tiros de festim disparados contra seu principal adversário.
Mas não há dúvidas a respeito da essencialidade da liberdade da imprensa, defendido no editorial deste domingo.
FABRIZIO WROLLI (São Paulo, SP)

 

A manhã deste primeiro domingo de primavera me trouxe dois presentes: chuva fina para abrandar a secura e o editorial da Folha, sereno e revigorante, que lava a alma dos que prezam a democracia como valor acima de projetos personalistas.
Se a democracia não se legitimar pelo respeito à crítica e às divergências que a animam, se almejar a unanimidade de pensamento ou de um partido, então não passará do "abuso da estatística", como dizia Borges.
ANTONIO CARLOS A. GAMA (Ribeirão Preto, SP)

 

O editorial omite o fato de que a grande imprensa tem ela própria extrapolado seus limites ao se comportar como protagonista do processo eleitoral.
Essa postura contamina o debate acalorado que se trava entre os projetos políticos, com suas qualidades e defeitos.
Ao identificar-se com um dos lados, os meios de comunicação revelam parcialidade e comprometem a sua credibilidade.
GERALDO TADEU SANTOS ALMEIDA (Itapeva, SP)

Ficha Limpa
Ao se negar a proferir o voto de Minerva no julgamento da Lei da Ficha Limpa, o ministro Cezar Peluso "amarelou". Como votou pela não aplicação imediata da lei, restaria ao ministro desempatar em favor de sua tese. Assim, a tal lei ficaria para as próximas eleições, e o STF tristemente responsável pela frustração das expectativas da imensa maioria da população.
FRANCISCO MENDES (Salvador, BA)

 

Deixa eu ver se entendi, sobre o empate na decisão do Ficha Limpa: mostrar a um cidadão que honestidade é obrigação, é retroagir em seu prejuízo?
HERMÍNIO SILVA JÚNIOR (São Paulo, SP)

 

Acho completamente desnecessária essa celeuma toda em torno da Lei da Ficha Limpa. Como advogado, estou muito decepcionado com a atuação do STF. Mas, esse é outro assunto.
Para mim, ficha limpa não deveria precisar de lei, e quem deveria aplicá-la deveríamos ser nós, os eleitores. Nós sabemos que deve ser eleito ou não. Praticou crimes? É só não votar nele!
JOSÉ BUENO LIMA (Santo André, SP)

Tiririca
Eu gostaria de saber como o TRE permite que uma pessoa sem identidade verdadeira, sem se mostrar realmente como é, sua fisionomia, seu passado, seus antecedentes, uma pessoa que nitidamente debocha de todos nós eleitores, possa ser candidato a qualquer cargo político.
Quem de nós sabe quem é o senhor Tiririca? Qual sua verdadeira proposta se for eleito? Quem paga essa conta?
LEILA DE BARROS (São Paulo, SP)

Ilustríssima
Os dois artigos publicados na Ilustríssima ("Razões e desrazões do lulismo", ontem) que "fazem um contraponto ao artigo de André Singer" evidenciam os problemas de que padece nossa imprensa. O artigo de Singer busca um rigor científico para mostrar a gênese do lulismo, sem defender as políticas em observação.
Os dois artigos em "contraponto", ao contrário, são um desfilar de opiniões adjetivadas ao sabor da disputa político-eleitoral, sem qualquer preocupação com o rigor científico.
O autor foi convidado para jogar xadrez. Mas não sabia que a disputa ia ser de sumô.
Na chamada dos artigos, pergunta-se se "o lulismo seria um continuador do varguismo". E responde "sim, mas pelo que Getúlio tinha de pior". Em algum lugar André Singer disse que o varguismo é uma boa política? Ou que o lulismo é a melhor solução para a política nacional?
ARTUR MACHADO SCAVONE (São Paulo, SP)

Ciência
Cumprimentos à Folha. Criou coragem e abriu as páginas de sua editoria de Ciência ("Faroeste astronômico", ontem) para os quadrinhos, deixando de tratar a área como se fosse uma velha senhora erudita, espiada pelo buraco negro da fechadura que mantém curiosos a distância segura.
JOÃO GARCIA (São Paulo, SP)
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