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Evolução das drogas
CINCO DE cada cem habitantes do planeta entre 15 e 64
anos fazem uso anual de
substâncias ilícitas, segundo o
mais recente relatório do
UNODC (Escritório das Nações
Unidas contra Drogas e Crime).
O número de usuários está mais
ou menos estabilizado em torno
de 200 milhões. Destes, 110 milhões (2,7% da população) utilizam drogas ilegais com uma freqüência mensal, e 25 milhões
(0,6%) podem ser considerados
narcodependentes.
A boa notícia é que a chamada
epidemia de abuso de entorpecentes está relativamente contida, sobretudo se cotejada com a
de drogas legais. A título de comparação, o tabaco é consumido
regularmente por 28% da população entre 15 e 64 anos.
O UNODC é uma agência de
tendência bastante conservadora, que ainda aposta na repressão
ao consumo como principal ferramenta do combate ao abuso de
entorpecentes. Essa posição, porém, vem sendo cada vez mais
contestada por especialistas.
Uma das alternativas propostas seriam as políticas de "redução de danos", que consideram o
usuário como caso de saúde pública. Exemplos dessa abordagem incluem o incentivo à substituição de drogas pesadas por
outras mais leves e o fornecimento de seringas descartáveis a
viciados em substâncias injetáveis como forma de evitar doenças como Aids, hepatites etc.
Já propostas mais radicais, como a legalização, não estão na
agenda do combate às drogas. Se
por hipótese esse passo fosse tomado agora, contribuiria para o
aumento dos usuários de drogas,
acarretando um gravíssimo problema de saúde pública.
De todo modo, a experiência
mundial caminha para desenvolver formas complementares de
controle das drogas, que não se
restringem a reprimir o tráfico e
que vão abrindo mão de tratar o
usuário como delinqüente.
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