São Paulo, quinta-feira, 28 de julho de 2005

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PAINEL DO LEITOR @ - leitor@uol.com.br


"Mensalão"
"A respeito da reportagem "Assessora de Eunício foi 53 vezes ao Rural" (Brasil, pág. A9, 27/7), esclareço que: na época Referida no texto, entre os anos de 2003 e 2004, o então marido da senhora Cláudia Luiza, o senhor Yassukazu Aoe, que é dentista em Brasília, mantinha conta corrente no Banco Rural e era ali, na única agência da instituição em Brasília, que ela fazia suas movimentações; Cláudia Luiza deixou o meu gabinete parlamentar em janeiro de 2004, ano em que, segundo o texto publicado pela Folha, foi 33 vezes àquela agência bancária; a senhora Cláudia Luiza jamais fez qualquer serviço bancário a meu pedido ou do meu gabinete no período em que lá trabalhou; repilo e rejeito as insinuações contidas no texto."
Eunício Oliveira, deputado federal pelo PMDB-CE (Brasília, DF)

Morte em Londres
"Como Londres reagiria se a polícia brasileira cometesse o mesmo tipo de erro que resultou na morte do brasileiro Jean Menezes, só que tendo como vítima um cidadão inglês? A polícia inglesa se jacta de ser uma das mais treinadas do mundo, mas, pelo visto, não difere muito da nossa."
Fernando Amado (São Paulo, SP)

 

"Com todo o respeito que merece o dr. Mariz de Oliveira, tenho que concordar com o leitor Fernando Cabeças Barbosa quanto aos comentários sobre a morte do brasileiro em Londres ("Painel do Leitor, pág. A3, 27/7). A família de Jean Charles, principalmente, e todo o povo brasileiro merecem realmente uma investigação, apuração e cobrança de responsabilidades. No entanto, conforme o próprio dr. Mariz já se manifestou várias vezes, nenhum crime é um fato isolado, mas deve ser analisado dentro de um contexto e, principalmente, levando em conta os antecedentes dos seus autores. Considero, portanto, precipitada a condenação sumária feita pelo dr. Mariz da polícia britânica, que, pelo que consta, não tem antecedentes de barbárie, como deixa transparecer a sua opinião. O mesmo não se pode dizer da polícia brasileira, no mínimo omissa, como muito bem colocou o leitor Fernando Barbosa."
Alberto Belotti (São Paulo, SP)

Palavras
"Ao afirmar que, "em se tratando de bobagem, é melhor a gente falar do que a gente fazer", o presidente Lula faz uma grande bobagem. A maior autoridade do país não pode dizer coisas banais, sem sentido e apenas por falar. As palavras servem de exemplo, dão direção, estimulam e orientam as pessoas, principalmente quando partem de uma figura pública. E elas podem também ofender quem as ouve. Falar bobagem significa despreparo para a função de mandatário, ser leviano e até inconseqüente com o que se diz para milhões de pessoas. Não foi para isso que ele se elegeu."
Sebastião de Souza Pinto (Jacareí, SP)

CPI
"Renilda e demais esposas e mães deviam pensar que, enquanto seus maridos se enriquecem com o dinheiro público, na outra ponta muitas mães choram por suas crianças sem atendimento médico, sem escola, sem esperança, sem comida. E eles são os culpados."
Dirceu Santos (Registro, SP)

 

"Fico indignado com a falta de decoro de alguns parlamentares que se aproveitam da CPI para usar da retórica de cordel com a finalidade precípua de se promoverem diante das câmeras e impressionar eleitores com o discurso da integridade ética. Pensei que a tortura fosse crime em nosso país. As sessões da comissão de inquérito têm se tornado uma nova câmara de tortura, com freqüente desrespeito à pessoa humana. Como cidadão, peço que sejam respeitados todos os depoentes e testemunhas."
Paulo J. M. Costa (Florianópolis, SC)

Cinzas
"Em razão do turbilhão das denúncias de corrupção que o país vive nos últimos dias, a sociedade brasileira não se dá conta de outra dura realidade. O insuspeito jornal econômico "Financial Times" acaba de anunciar que está no fim o "Carnaval econômico no Brasil". Fala sobre o esgotamento do modelo neoliberal da economia brasileira, em que o pagamento dos juros das nossas dívidas internas e externa, nunca auditadas, estão esgotando a capacidade de crescimento sustentado do setor produtivo. Lamentavelmente, tais previsões só são feitas por entidades estrangeiras, enquanto nossas elites, principalmente o governo, vivem o sonho de um país de faz-de-conta."
José de Anchieta Nobre de Almeida (Rio de Janeiro, RJ)

Armas
"Sobre o referendo acerca da proibição da fabricação e comercialização de armas de fogo, constato que o empenho do governo em influenciar a população menos avisada é antidemocrático. Fica evidente uma velada proteção à delinqüência. A segurança pública encontra-se falida em nosso país,como prova a guerra civil travada cotidianamente, com a polícia em postura defensiva, e os índices de homicídios ultrapassando as mais estarrecedoras estatísticas sem que se abalem os congressistas... Lamenta-se também estar a grande imprensa em favor da lei do desarmamento, sem medir as conseqüências trágicas para os cidadãos que residem nas periferias das cidades e/ou em sítios afastados. Algum plano mirabolante deve estar por trás disso."
Osvaldo Dalarmi (Curitiba, PR)

Aborto
"Parabéns ao novo ministro da Saúde, Saraiva Felipe, por haver suspendido a portaria 1.145, de 8/7/05, que encampava as chamadas "Normas Técnicas de Atenção Humanizada ao Aborto Legal". Acertou o ministro; afinal, parece-nos muita ingenuidade imaginar que jamais haveria mulheres dispostas a mentir alegando terem sido vítimas de um estupro com a finalidade de se submeterem a um aborto à custa do governo, como também nos parece incompreensível suprimir totalmente o direito à objeção de consciência dos médicos, sujeitando-os ao arbítrio legal de qualquer paciente que se declare vítima de um estupro. Esperamos, agora, que o ministro revogue definitivamente a referida portaria, atendendo assim o pleito da maioria da população brasileira, que é contra a legalização do aborto"
Elizabeth Regina dos Santos, Movimento em Defesa da Vida da Arquidiocese do Rio de Janeiro (Rio de Janeiro, RJ)

 

"A história prova que a liberdade é um direito tão fundamental quanto a vida, pois muitos arriscaram ou perderam a vida por liberdade. Assim foi com Tiradentes e tem sido com os soldados que defendem seus povos contra inimigos que os querem subjugar. Todos os respeitam, afinal, são homens. Por que a luta da mulher pela liberdade de não prosseguir com uma gravidez é desrespeitada? Porque a mulher é a escrava de todos, que deve se sacrificar para servir a seus senhores e, se não aceita sua condição, deve ser tratada como a pior das criminosas. Tem gente que acha isso justo, que um embrião ou um feto merecem mais respeito do que uma mulher. O machismo é mesmo um crime contra a humanidade."
Simone Andrea Barcelos Coutinho (São Paulo, SP)


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