São Paulo, segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

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PAINEL DO LEITOR

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MST
"Parabenizo a Folha pela posição corajosa com relação ao Movimento dos "Trabalhadores" Rurais Sem Terra, o MST ["Reforma imaginária", Editoriais, 27/12]. Compartilho da opinião sobre a situação do MST no Brasil em pleno século 21.
Não se pode sair por aí invadindo terras, destruindo plantações, acabando com a economia do país, desrespeitando o Estado democrático de Direito e sendo financiado -por que não dizer, patrocinado- pelo governo federal. "Está na hora de o MST crescer e desaparecer".
Não sou ruralista, não participo de organizações ambientalistas, não tenho partido político, não sou dono de lote vago, mas não posso aceitar que pessoas, grupos, movimentos sem escrúpulos utilizem esse artifício brutal e violento para destruir tão facilmente o trabalho que demorou anos para ser construído, ou que quebrem árvores frutíferas que tomaram anos de financiamento, trabalho de gente simples, do campo, tudo isso de uma forma tão covarde e pueril."
TANCREDO FAGUNDES LINS (Contagem, MG)

 

"Ao se embasar em um legalismo reacionário, o editorial da Folha "esquece" questões fundamentais para compreender o MST e a luta pela reforma agrária: 1) processos de burocratização ocorreram em movimentos sociais de sucesso, como o dos operários europeus na primeira metade do século 20 e o dos direitos civis nos EUA na segunda metade, ou seja, burocratizar-se não é sinônimo de fracasso; 2) a migração de populações para as cidades é sinal de fraqueza, e não de sucesso do modelo de expansão agropecuária brasileira; 3) o debate sobre os índices de produtividade no campo não avança por pressão de representantes ruralistas no Congresso e no Executivo federal, que desejam manter a terra como reserva especulativa em vez de consolidá-la como bem produtivo e espaço de sociabilização das populações do campo; 4) há uma óbvia contradição no próprio texto do editorial: se a base social do MST está desaparecendo, se só "guetos esquerdistas retrógrados" o apoiam e se há falta de "legitimidade e de quadros" no movimento, não existiria correlação de forças políticas para sustentar o "bilionário programa nacional de reforma agrária" que o jornal busca atacar."
MARCEL GOMES (Ribeirão Preto, SP)

Gênero
"Muito oportuna a "chamada de atenção" do jornalista Carlos Heitor Cony ["Homens & mulheres", Opinião, 27/12], quanto aos homens do nosso planeta, expressão esta que engloba homens e mulheres, e quanto a palavras que se aplicam aos dois sexos.
Gostaria de salientar, no campo da música, os termos referentes a vozes masculinas (tenor, barítono e baixo) e vozes femininas (soprano, meio-soprano e contralto), esclarecendo que todas são precedidas do artigo "o". O correto é dizer: o soprano Maria Callas foi uma mulher e cantora admirável. O incrível é transformarem uma interjeição em adjetivo: quando uma mulher canta uma bela ária, ao aplaudi-la, ao invés de dizerem "bravo", ofendem-na gritando "brava"."
DIVA L.A. ALMEIDA (São Paulo, SP)

Defesa
"Em vão tentou a jornalista Eliane Cantanhêde ["Brasil agora enfrenta "risco de país grande", diz Jobim", Brasil, 26/12] arrancar alguma informação consistente, em sua entrevista com o ministro Nelson Jobim, sobre a questão dos investimentos em sua pasta. O enfoque maior foi na polêmica e sempre adiada aquisição dos caças do projeto FX-2. O advogado, ex-deputado, ex-ministro da Justiça e ex-presidente do STF acabou aterrissando, via conluios políticos, numa pasta extremamente técnica, que nada tem a ver com seu currículo: o Ministério da Defesa. Daí os subterfúgios e o tom servilista para tentar escapar das perguntas."
ROSALVO GONÇALVES PINTO (Belo Horizonte, MG)

FHC
"Triste. Imagine a cabeça desta criança nestes 18 anos, Tomas Dutra Schmidt, filho de Fernando Henrique Cardoso. Devia saber quem era o pai, não levava seu sobrenome e era proibido de falar com colegas e amigos. Que homem é esse que esconde a paternidade por interesses próprios, não assume erros e acertos? É vergonhoso lembrar que este homem governou o Brasil por oito anos. Obrigado, Mônica Bergamo."
MARILTON CARVALHO (Feira de Santana, BA)

Caso Sean
"Irresponsável o comportamento da família brasileira do garoto Sean.
Mesmo tendo sido disponibilizado acesso à garagem da Embaixada americana, preferiu parar o carro longe do prédio, obrigando o garoto àquela tumultuada e dramática caminhada. Uma crueldade."
PAULO RIBEIRO DE CARVALHO JR. (São Paulo, SP)

Congresso
"Em 2010, ano de Copa do Mundo, de eleições para a Presidência e para governos estaduais, quantos dias no ano um parlamentar do Congresso vai trabalhar? A Caixa Econômica Federal poderia instituir neste ano de 2010 um novo jogo que poderia se chamar "Politicomania". Seria vencedor o apostador sortudo que adivinhasse quantos dias do ano o plenário do Congresso Nacional iria funcionar com casa cheia. No caso de não haver nenhuma data com casa cheia, o rateio ficaria para o ano seguinte."
RAFAEL MOIA FILHO (Bauru, SP)

Desigualdade social
"Segundo o ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Patrus Ananias, "estamos conseguindo reduzir a desigualdade", referindo-se às melhores condições de vida de uma grande parcela da população beneficiada pelo Bolsa Família ["Um novo legado", "Tendências/Debates", 27/12]. Essa desigualdade social só poderá ser alterada quando o governo se dispuser a criar empregos para que o cidadão tenha, de fato, o sentimento de amor-próprio alcançado com a sua participação na sociedade, livrando-se do "curral eleitoral" a que está algemado. Esse povo precisa de dignidade e não de assistencialismo."
JAIR GOMES COELHO (Vassouras, RJ)

 

"A reportagem [textos "Crianças correm atrás de comida nas margens da BR-101" e "Bahia tem mesmo número de campos de golfe que São Paulo", Cotidiano, 27/12] sobre os contrastes sociais, à sombra de empreendimentos turísticos na Bahia e em Alagoas, explicita os desafios de um turismo voltado para a inclusão social.
Resorts e campos de golfe são padronizados e parecidos e fazem o turista sentir-se sempre no mesmo lugar: pode ser na Bahia, no Mediterrâneo ou no Caribe, dá no mesmo. A população local não é incluída, nem o contato com a cultura local constitui o atrativo para o turista. Um turismo voltado para a inclusão social seria a saída, não só para as comunidades locais como para o turista, que teria uma experiência cultural e humana muito mais rica do que num campo de golfe ou num resort. Políticas públicas, como o financiamento do BNDES, poderiam contribuir para isso."
PEDRO PAULO A. FUNARI , professor do Departamento de História da Unicamp (Campinas, SP)

Boas-festas
A Folha agradece e retribui os votos de boas-festas recebidos de:
Renato Veículos (Blumenau, SC); Paulo Duek (São Paulo, SP); Paulo Cerciari, assistente executivo da Imprensa Oficial (São Paulo, SP); Welington Pietronero (São Carlos, SP); Aguinaldo Severino, professor do Departamento de Física da UFSM (Santa Maria, RS); Gilberto Wachtler, vereador pelo PTB-SP (Santo André, SP).

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