São Paulo, segunda-feira, 28 de dezembro de 2009 |
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
PAINEL DO LEITOR O "Painel do Leitor" recebe colaborações por e-mail (leitor@uol.com.br), fax (0/xx/11/3223-1644) e correio (al.Barão de Limeira, 425, 4º andar, São Paulo-SP, CEP 01202-900). As mensagens devem ser concisas e conter nome completo, endereço e telefone. A Folha se reserva o direito de publicar trechos. Leia mais cartas na Folha Online www.folha.com.br/paineldoleitor MST "Parabenizo a Folha pela posição corajosa com relação ao Movimento dos "Trabalhadores" Rurais Sem Terra, o MST ["Reforma imaginária", Editoriais, 27/12]. Compartilho da opinião sobre a situação do MST no Brasil em pleno século 21. Não se pode sair por aí invadindo terras, destruindo plantações, acabando com a economia do país, desrespeitando o Estado democrático de Direito e sendo financiado -por que não dizer, patrocinado- pelo governo federal. "Está na hora de o MST crescer e desaparecer". Não sou ruralista, não participo de organizações ambientalistas, não tenho partido político, não sou dono de lote vago, mas não posso aceitar que pessoas, grupos, movimentos sem escrúpulos utilizem esse artifício brutal e violento para destruir tão facilmente o trabalho que demorou anos para ser construído, ou que quebrem árvores frutíferas que tomaram anos de financiamento, trabalho de gente simples, do campo, tudo isso de uma forma tão covarde e pueril." TANCREDO FAGUNDES LINS (Contagem, MG)
"Ao se embasar em um legalismo reacionário, o editorial da Folha "esquece" questões fundamentais para compreender o MST e a luta pela reforma agrária: 1) processos de burocratização ocorreram em movimentos sociais de sucesso, como o dos operários europeus na primeira metade do século 20 e o dos direitos civis nos EUA na segunda metade, ou seja, burocratizar-se não é sinônimo de fracasso; 2) a migração de populações para as cidades é sinal de fraqueza, e não de sucesso do modelo de expansão agropecuária brasileira; 3) o debate sobre os índices de produtividade no campo não avança por pressão de representantes ruralistas no Congresso e no Executivo federal, que desejam manter a terra como reserva especulativa em vez de consolidá-la como bem produtivo e espaço de sociabilização das populações do campo; 4) há uma óbvia contradição no próprio texto do editorial: se a base social do MST está desaparecendo, se só "guetos esquerdistas retrógrados" o apoiam e se há falta de "legitimidade e de quadros" no movimento, não existiria correlação de forças políticas para sustentar o "bilionário programa nacional de reforma agrária" que o jornal busca atacar." MARCEL GOMES (Ribeirão Preto, SP)
Gênero
Defesa
FHC
Caso Sean
Congresso
Desigualdade social
"A reportagem [textos "Crianças correm atrás de comida nas margens da BR-101" e "Bahia tem mesmo número de campos de golfe que São Paulo", Cotidiano, 27/12] sobre os contrastes sociais, à sombra de empreendimentos turísticos na Bahia e em Alagoas, explicita os desafios de um turismo voltado para a inclusão social. Resorts e campos de golfe são padronizados e parecidos e fazem o turista sentir-se sempre no mesmo lugar: pode ser na Bahia, no Mediterrâneo ou no Caribe, dá no mesmo. A população local não é incluída, nem o contato com a cultura local constitui o atrativo para o turista. Um turismo voltado para a inclusão social seria a saída, não só para as comunidades locais como para o turista, que teria uma experiência cultural e humana muito mais rica do que num campo de golfe ou num resort. Políticas públicas, como o financiamento do BNDES, poderiam contribuir para isso." PEDRO PAULO A. FUNARI , professor do Departamento de História da Unicamp (Campinas, SP)
Boas-festas |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |