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PAINEL DO LEITOR
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Discriminação
"Os povos que sofreram e ainda
sofrem discriminação, humilhação
e violação de direitos, sobretudo em
situações de conflito e de guerra, jamais esquecerão essa violência, fruto da intolerância e do desrespeito
às diferenças.
Porém a reação a essa realidade
perversa e desumana não deve ser
mais violência e intolerância, mas,
sim, compreensão e lucidez na
construção de uma cultura de paz."
MUNA ZEYN conselheira do Conselho Estadual da
Condição Feminina do Estado de São Paulo (São
Paulo, SP)
"O que podemos esperar da ministra da pasta de igualdade racial
que prega um tratamento diferenciado conforme sua raça?"
MARCELO CASTRO (São Paulo, SP)
"Não vejo razão para a polêmica
gerada pelas declarações racistas da
"ministra" da Secretaria Especial de
Política da Promoção da Igualdade
Racial. Afinal, diz o adágio: semelhante atrai semelhante.
Em seu primeiro pronunciamento, demonstrou não só total despreparo para o cargo como substancial
capacidade em imitar o chefe em
suas gafes e impropriedades verborrágicas, qualidades que, infelizmente, parecem ter se tornado imprescindíveis para se ocupar cargos
públicos neste governo medíocre."
ISMAR NERY FILHO (Goiânia, GO)
"Não parece saudável para os negros desta nação ter à frente de uma
secretaria nacional, criada com a
bandeira de promover a democracia racial no país, uma pessoa que
sanciona o ódio. Achar natural um
negro discriminar um branco é
achar natural a discriminação.
Nós, negros, estamos por aí, nas
favelas, nas periferias mais miseráveis, nas ruas, nas piores escolas,
nos piores empregos, em casas mal-acabadas, sem conforto, sem saúde
básica, sem brio, sem respeitabilidade etc. Mas não é por isso que vamos alimentar o ódio e vamos nos
tornar pérfidos a ponto de sermos
tão abjetos quanto aqueles que nos
açoitaram. O que temos de sancionar são ações que nos dêem respeitabilidade."
FÁBIO DE OLIVEIRA SCHIAVINOTO (Jacareí, SP)
"Eu gostaria de ver qual seria a
reação dos movimentos de conscientização da raça negra, e da própria ministra Matilde Ribeiro, se,
por acaso, um ministro não-negro
afirmasse que é natural que os
brancos brasileiros não gostem de
negros e em seguida jurasse que isso não é racismo."
JOÃO MANUEL CARVALHO MAIO
(São José dos Campos, SP)
Desvios
"A propósito da reportagem "Valerioduto desviou R$ 39 mi do BB,
diz PF" (Brasil, 28/3), o Banco do
Brasil desconhece o teor do laudo
da Polícia Federal e esclarece que:
1) Há um equívoco no título do
texto que permeia toda a reportagem. Os valores repassados à agência de publicidade DNA pela empresa Visanet, para ações de incentivo ao uso de cartões Visa, provêm
de um fundo, criado em 2001, com
recursos de empresa privada e não
se caracterizam como "recursos públicos". Foram repasses feitos pela
Visanet diretamente à agência de
publicidade, mediante apresentação dos objetivos das ações de incentivo;
2) O Fundo de Incentivo Visanet
era administrado por um comitê
gestor responsável pelo cumprimento das condições constantes do
regulamento. Segundo esse regulamento, que disciplinava o funcionamento e o uso dos recursos, a Visanet somente autorizava a liberação dos valores após a aprovação
das ações de comunicação e marketing e mediante apresentação de
nota fiscal da agência de publicidade contra a própria Visanet. No que
compete ao Banco do Brasil, o regulamento do Fundo Visanet foi cumprido integralmente;
3) Finalmente, gostaríamos de
lembrar que desde o início das apurações da CPI, diversos valores foram divulgados e apontados como
possíveis "desvios" de recursos do
BB sem que, até o momento, fosse
comprovada a exatidão dessas informações."
CARLOS ALBERTO BARRETTO DE CARVALHO, assessor de imprensa do Banco do Brasil (Brasília, DF)
Resposta dos jornalistas Leonardo Souza e Andrea Michael
- O laudo da PF diz que os recursos a que o BB tem direito na
Visanet, da qual é sócio com
31,99%, pertencem ao banco. Se
não houvesse o Fundo Visanet,
o patrimônio líquido do BB teria aumento superior a R$ 150
milhões. Logo, os recursos são
públicos. A PF diz que o gasto
com publicidade do fundo é responsabilidade do BB.
Vereança
"Não sei qual a fonte da nota "Tapete vermelho 1" ("Painel", Brasil,
28/3). Não fui eu, ninguém me perguntou. Eu teria, por hábito, respondido a verdade - isto é, que ainda não desisti do PT. Se foi alguém
do PPS, também seria melhor falar
comigo antes de "mover montanhas" por minha causa."
SONINHA, vereadora pelo PT (São Paulo, SP)
Resposta da jornalista Renata
Lo Prete, editora do "Painel" -
Cinco fontes -duas do PT, uma
da cúpula do PPS, uma da prefeitura e uma do governo estadual- relataram à coluna em
detalhes as negociações para a
transferência partidária da vereadora petista.
Ex-PFL
"Com vergonha do próprio nome,
o PFL virou "PD" (Democratas). O
partido até arriscou ter um canário
como símbolo, mas percebeu que,
com o indefeso canarinho, conseguiria apenas fazer o mesmo: continuar debaixo das asas dos tucanos.
Desistiu rapidinho.
O "PD" é apenas mais uma jogada
de marketing político. O partido
perdeu forças porque governa
olhando para trás. Tendo ido com
muita sede ao pote, seus líderes não
perceberam que minguariam ao enfraquecer o Estado. Para o eleitor,
porém, PFL ou "PD" significam apenas a mesma coisa: atraso de vida.
Outrora liberais, os atuais demagogos, digo, democratas, tentam
uma nova cartada tentando gozar
ainda mais um pouco com a cara
dos brasileiros."
JOSÉ AUGUSTO LISBOA (São Paulo, SP)
Arte
"Mônica Bergamo, na nota "Efeito polêmica" (Ilustrada, 27/3), trata do aumento de visitas à exposição de arte que tem cenografia de
Bia Lessa.
A divulgação de fotos da mostra
pela Ilustrada e a publicação das
reclamações dos artistas expositores, também na coluna de Mônica
Bergamo, vêm mostrar a força da
mídia.
Tanto para a arte como para a
nossa cultura, a inovação de Bia
Lessa foi positiva. Os artistas não
vão precisar apelar para o feio, grotesco, pornográfico e obsceno para
atrair o público com a atenção da
mídia."
MARIA GILKA (São Paulo, SP)
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