São Paulo, terça-feira, 29 de março de 2011

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

PAINEL DO LEITOR

O "Painel do Leitor" recebe colaborações por e-mail (leitor@uol.com.br), fax (0/xx/11/3223-1644) e correio (al.Barão de Limeira, 425, 4º andar, São Paulo-SP, CEP 01202-900). As mensagens devem ser concisas e conter nome completo, endereço e telefone. A Folha se reserva o direito de publicar trechos.

Leia mais cartas na Folha Online
www.folha.com.br/paineldoleitor

Ficha Limpa
Na entrevista que concedeu à Folha (Entrevista da 2ª, ontem), o ministro Luiz Fux defende seu voto [contra a aplicação da Lei da Ficha Limpa nas eleições de 2010] dizendo: "Os votos foram de acordo com o artigo 16 da Constituição, que é um artigo de uma clareza meridiana. Uma coisa tão simples que, às vezes, um leigo sozinho, lendo o dispositivo, vai chegar à mesma conclusão que eu". Fiquei sem entender. Se a coisa era tão simples assim, por que os outros cinco ministros [que votaram pela Lei da Ficha Limpa] não chegaram à mesma conclusão que o ministro Fux?
JOÃO BERTOLDO OLIVEIRA (Campinas, SP)

 

Luiz Fux, em entrevista à Folha, declara que, "debaixo da toga de juiz, também bate um coração". Diz ainda que não aceita ser responsabilizado pelo voto decisivo que anulou a imediata aplicação da Lei da Ficha Limpa. Se o voto do desempate estava em suas mãos e ele votou pela postergação da validade da lei, é evidente e lógico que foi, sim, o responsável pelo resultado e pela deturpação do sentido reivindicatório da sociedade brasileira ao, petreamente, relevar em seu voto aspectos jurídicos discutíveis em detrimento de aspectos éticos e morais inquestionáveis.
ROBERTO TWIASCHOR (São Paulo, SP)

 

Em entrevista à Folha, o ilustríssimo magistrado Luiz Fux afirmou que "a Constituição é um santuário sagrado" para embasar o seu voto de minerva na polêmica Lei da Ficha Limpa, recorrendo ao artigo 16 da Carta Magna. Ocorre que, nesse mesmo "santuário", está o artigo 14, que permitiria, sim, a aplicabilidade da referida lei com retroatividade.
FRANCISCO CARLOS ALVES DO CARMO RAMOS (Brasília, DF)

 

Congratulo-me com o nobre ministro do STF Luiz Fux pelo seu caráter invejável e pela lucidez de sua entrevista à Folha. O egrégio STF, a maior corte de Justiça do nosso país, é o órgão de cúpula do Poder Judiciário e a ele compete, precipuamente, a guarda da Constituição. Deverá cumprir com zelo, dedicação, pertinácia, denodo e com absoluta independência moral os elevados objetivos norteadores de sua criação.
VASCO VASCONCELOS (Brasília, DF)

Obama
Interessante que, com o mundo se esvaindo em bombardeios e vazamentos radioativos, tanta gente esteja se preocupando com o fato de o presidente americano Barack Obama ter citado Paulo Coelho em seu discurso no Rio.
O advogado Celso Cintra Mori, em artigo nesta Folha ("Obama: duas gafes e uma decepção", "Tendências/Debates", ontem), classificou de gafe a mencionada citação e acrescentou que o americano perdeu a oportunidade de citar Machado de Assis.
Talvez Mori não tenha atentado ao fato de que Obama não visitou "os literatos" brasileiros, mas o Brasil, e que o povo brasileiro não se resume aos tais literatos que parece tanto admirar.
JULIANO MARTINS DE LIMA (Cravinhos, SP)

Mulheres no islã
O artigo de Luiza Nagib Eluf ("Não há democracia com burca", "Tendências/Debates", 27/ 3) é de fundamental importância. Há anos, venho lendo sobre a situação da mulher no islã e é revoltante que, em pleno século 21, ela continue a ser tratada como uma escrava, sem direitos! Como é possível convivermos com o uso da burca, com a mutilação genital, com a repressão brutal pela qual elas passam cotidianamente?
DANIEL SLON (Valinhos, SP)

EUA e ONU
Sinceramente, não entendo essas aspirações do Itamaraty por um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU. Nisso, a visita de Obama ao Brasil foi bem didática. Ele não pensou duas vezes ao deixar de lado seus compromissos na região para se dedicar a esse novo front na Líbia. Os EUA são a potência e seu poder militar os credencia, ao lado da China, da Rússia, da França e do Reino Unido, a vetar resoluções e liderar o Conselho de Segurança. Não temos condições de pertencer a esse clube fechado; não temos força militar.
LUIZ MARCELO OLIVEIRA (Curitiba, PR)

Rogério Ceni
Sou são-paulino e gostaria de saber em que o anúncio publicado em página inteira no caderno Esporte (ontem), homenageando os cem gols de Rogério Ceni, contribui para apaziguar a conhecida e violenta rivalidade entre torcidas quando, em vez de se limitar a enaltecer o feito, tripudia e provoca de maneira agressiva as torcidas adversárias?
PAULO FERNANDO BORGES (São Paulo, SP)

 

Tudo o que é dito por aí sobre Rogério Ceni ainda não traduz a importância desse profissional para o São Paulo Futebol Clube e para o futebol brasileiro. Rogério, ao lado do também goleiro Marcos, do Palmeiras, é a exceção à lógica do dinheiro que impera nos gramados de hoje.
GUSTAVO FERNANDEZ (São Paulo, SP)

SPFC
O jornal cometeu erro crasso em Esporte, ao fazer destacada e equivocada reportagem a respeito de torcedor que "trava batalha" com o SPFC e a FPF (27/3).
A desinformada reportagem afirma que o jogo em questão, entre São Paulo e Corinthians, no dia 15 de fevereiro de 2009, foi o primeiro a acatar a destinação de 10% dos ingressos à torcida visitante. Estranho engano, pois é de conhecimento público que, repetidas vezes, o próprio SPFC, ao jogar no Palestra Itália e na Baixada Santista, recebe a mesma carga ou, por vezes, até inferior.
Se isso não bastasse, a Folha passa informação equivocada aos seus leitores ao dar a entender que o torcedor que é estampado em sensacionalista foto grande, com a camisa do seu time erguida -a fim de mostrar sua cicatriz-, teria vencido a ação judicial para recebimento de R$ 250 mil, além de pensão mensal. Não é verdade.
O SPFC teve êxito no seu recurso ao egrégio Tribunal de Justiça de São Paulo, e os desembargadores anularam a sentença de primeira instância.
JOSÉ EDGARD GALVÃO MACHADO , gerente jurídico do SPFC (São Paulo, SP)

RESPOSTA DO REPÓRTER LUCAS REIS - O São Paulo e Corinthians de 15 de fevereiro de 2009 ficou marcado como o primeiro clássico em que o mandante restringiu os ingressos dos rivais a 10%. O texto também deixa claro que o São Paulo obteve sucesso na revisão da decisão de primeira instância.

Leia mais cartas na Folha Online
www.folha.com.br/paineldoleitor

Serviço de Atendimento ao Assinante: 0800-775-8080
Grande São Paulo: 0/xx/11 3224-3090
www.cliquefolha.com.br

Ombudsman: 0800-15-9000
ombudsman@uol.com.br
www.folha.com.br/ombudsman


Texto Anterior: Gesner Oliveira: PPPs para combater enchentes

Próximo Texto: Erramos
Índice | Comunicar Erros



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.