São Paulo, quinta-feira, 29 de maio de 2008

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PAINEL DO LEITOR

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Congresso
"Palco de tantos escândalos, e totalmente desacreditado perante o povo, o Congresso Nacional afronta a população tentando recriar a CPMF. E, não satisfeito, sem o mínimo resquício de decoro, contrariando decisão moralizadora do Supremo, acintosamente busca "presentear" a nação com mais 7.554 vereadores distribuídos pelos "ricos" municípios do país.
São atitudes execráveis como essas que reduziram o termo "político" a um dos mais pejorativos de nossa língua. Lastimável."
LUIZ FERNANDO SILVA ASSIS (Salvador, BA)

Amigo
"Estranhei a nota "Missão" ("Painel", Brasil, pág. A4, 27/5).
A fonte que informou a apreciada coluna da Folha equivocou-se. Todos os líderes de meu partido, o PSDB, sabem que sou amigo sincero do governador José Serra.
Admiro-o e o considero o mais bem preparado político brasileiro para exercer qualquer cargo público, inclusive a Presidência da República."
MARCONI PERILLO, senador -PSDB-GO (Brasília, DF)

Amazônia
"É inadiável que o Congresso aprove lei proibindo a venda de terras na floresta amazônica como medida para garantir a preservação desse patrimônio da humanidade sob o domínio e a posse do governo brasileiro.
A notícia de que a floresta amazônica poderá ser vendida por US$ 50 bilhões é uma provocação intolerável, mas faz sentido como um alerta, que não pode passar em albis no momento em que Marina Silva renuncia ao ministério por falta de respaldo do presidente da República em dar ao país uma política de desenvolvimento sustentável."
ORLANDO MACHADO SOBRINHO (Rio de Janeiro, RJ)

Educação
"Lamentável o artigo de domingo passado do empresário Antônio Ermírio de Moraes ("Lamentável", Opinião, 25/5).
Ele culpa os alunos pelo baixo desempenho das escolas do ensino médio, dizendo que, "na maioria das escolas, os alunos se organizam em bandos para ofender funcionários, professores e diretores e também para depredar as instalações".
Com escolas do ensino médio com notas médias de 1,4 em 10 pontos possíveis, o mais razoável seria concluir que são as próprias escolas (funcionários, professores e diretores) que se organizaram em "bandos" para gastar o dinheiro público sem cumprir com sua obrigação constitucional de garantir uma educação pública de boa qualidade para nossas crianças.
O que falta na educação pública é uma efetiva avaliação do desempenho dos profissionais, exigindo-se a reciclagem ou a demissão dos que apresentarem baixo desempenho."
MAURO ALVES DA SILVA, Movimento Comunidade de Olho na Escola Pública (São Paulo, SP)

Sem burrice
""Burrice". Esta foi a explicação que Maurício Kuehne, diretor do Departamento Penitenciário Nacional, deu à pergunta da Folha sobre o fato de 62% das presas do país não receberem visitas familiares (""Mulheres são burras", diz diretor do departamento penitenciário", Cotidiano, 26/5).
Segundo Kuehne, "as mulheres são burras" porque visitam os homens quando estes estão presos, mas eles, por sua vez, não as visitam quando elas estão nessa condição.
Segundo o diretor, "é uma questão de cultura machista". As mulheres privadas de liberdade são duplamente vitimizadas: pelo machismo dos companheiros e familiares que não as visitam e pela omissão de poder público, que deveria planejar e coordenar uma política penitenciária nacional voltada também para atender efetivamente as necessidades das mulheres encarceradas e para combater o machismo sofrido pelas presas.
O diretor do Depen acomoda-se numa explicação simplista em vez de assumir o papel de agente público capaz de enfrentar o problema. Kuehne, desta forma, reproduz a cultura machista que ele próprio apontou."
LUCIANA GARCIA e SANDRA CARVALHO, integrantes da ONG Justiça Global (São Paulo, SP)

"O senhor Maurício Kuehne afirmou que as mulheres presas não recebem visita social porque são burras. E pede perdão às mulheres ao dizer que essa é uma explicação simplista.
Muito nos estranha que o representante do Poder Executivo do país em matéria penitenciária se utilize de explicações simplistas para uma questão tão complexa.
Digo ao caro diretor que o machismo não é uma questão de burrice. O machismo, assim como o racismo, é parte de um dos mais graves problemas da sociedade brasileira. Trata-se de uma questão cultural fortemente arraigada, que não pode ser combatida com explicações simplistas.
Questões como a visita social, a visita íntima e o direito à sexualidade e à saúde -física e mental- exigem um olhar atento para as questões de gênero, que diferenciam mulheres e homens e, por isso, exigem raciocínios sérios e comprometidos dos responsáveis pela execução de políticas públicas."
SÔNIA DRIGO e FERNANDA FERNANDES (São Paulo, SP)

Polícias
"Em relação à nota "Bombas fiscais" ("Painel", Brasil, 25/5), os delegados de polícia de São Paulo lembram que o tal "efeito explosivo" que os governadores estariam alardeando devido à votação da PEC 549/06, que inclui os delegados de polícia no rol das carreiras jurídicas e os equipara aos promotores públicos, não passa de falácia, pois isso já ocorre na maioria dos Estados da federação.
Em São Paulo, que tem a maior arrecadação do país e onde ocorre a maior diferença salarial, o número de beneficiados -cerca de 3.000 delegados- seria ínfimo perante o Orçamento do Estado, não representando nenhuma bomba fiscal.
Cabe perguntar aos senhores governadores se querem uma Polícia Civil motivada e eficiente."
ANDRÉ DAHMER, diretor da Associação dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo (São Paulo, SP)

Cigarro
"Antes de a ciência mostrar o veneno que é o cigarro, era romântico e sedutor fumar: "Fumando espero a amada que eu quero", cantava, ao som romântico do bandônion, Carlos Gardel, levando, ingenuamente, milhões ao vício que hoje sabemos produz bronquite crônica, enfisema pulmonar, cânceres de lábio, de boca, de laringe, de pulmão, de estômago, de próstata.
Fumando espero? O câncer que eu não quero?
Vamos todos parar de fumar e conquistar a saúde! Viva 31 de maio, Dia Mundial sem Tabaco!"
SAGRADO LAMIR DAVID (Juiz de Fora, MG)

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