São Paulo, sexta-feira, 29 de maio de 2009 |
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
PAINEL DO LEITOR O "Painel do Leitor" recebe colaborações por e-mail (leitor@uol.com.br), fax (0/xx/11/3223-1644) e correio (al.Barão de Limeira, 425, 4º andar, São Paulo-SP, CEP 01202-900). As mensagens devem ser concisas e conter nome completo, endereço e telefone. A Folha se reserva o direito de publicar trechos. Leia mais cartas na Folha Online www.folha.com.br/paineldoleitor Professores "A qualificação dos professores é uma necessidade inquestionável ("21,3% de docentes de 5ª a 8ª não têm diploma", Cotidiano, ontem). A educação escolar, aliada à família e à comunidade, faz parte das referências nas quais os jovens se apoiam para amadurecer. Mas a qualificação por si só não basta. Sem entrar no mérito dos salários, das condições de trabalho e da valorização da profissão, o peso colocado sobre os ombros dos educadores precisa também ser dividido com o Estado, com as escolas e com os pais. Se o foco continuar nos conteúdos das disciplinas, na formação da memória para o vestibular e na mercantilização do ensino, então não haverá qualificação no mundo que dê conta da educação. Educar é outra coisa." ELIANA BIANCO (São Paulo, SP)
Votos de juízes
"O jornalista Valdo Cruz ("Mais uma", Opinião, ontem) mente, por ignorância ou má-fé, quando afirma que "juízes paulistas ganhavam (...) R$ 3.400 por mês (...) para dar um votinho extra". Participei, com sacrifício pessoal e trabalhando em casa nos fins de semana, do pesado mutirão que tentou solucionar o problema dos mais de 500 mil processos represados no tribunal. Recebia menos de R$ 100 (entre R$ 90 e R$ 100, não me lembro exatamente) para cada voto prolatado. Nunca, em nenhum momento, qualquer juiz paulista recebeu o valor de R$ 3.400 por voto dado, como afirma o repórter. Tanto era pesadíssimo o trabalho extra que declinei dele após terminar o primeiro lote que havia recebido. À indeclinável liberdade de informar corresponde a soberana obrigação de não publicar mentiras." MANOEL JUSTINO BEZERRA FILHO , juiz de direito da 35ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo (São Paulo, SP) Resposta do jornalista Valdo Cruz - O auxílio em questão foi suspenso pelo CNJ. Conselheiros chegaram a considerar o pagamento inapropriado, e o valor foi citado no dia da análise do caso. O texto não diz que todos os juízes de São Paulo recebem o benefício naquele valor. Dnit "Em relação à reportagem "Ministro do TCU favorece diretor do Dnit em decisões" (Brasil, 25/5), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes considera que a reportagem atribuiu caráter pessoal a decisões que são de ordem colegiada. No TCU, independentemente dos votos dos relatores, são adotadas decisões em plenário. No caso do Dnit, as matérias são analisadas pela diretoria colegiada após passarem pelo crivo da procuradoria federal especializada que atua no órgão. Portanto não há como falar em favorecimento pessoal. Especificamente sobre a eclusa de Tucuruí, a obra está sendo executada pela Camargo Corrêa (obras civis) e pelo consórcio formado pela Odebrecht Engenharia e Construção e Bardella S.A. Indústrias Mecânicas (obras eletromecânicas), a partir de convênio entre o Dnit e a Eletronorte. A decisão do TCU recompôs valores de contrato da obra de Tucuruí com dados comprovadamente técnicos, considerando-se a premissa irrefutável de que o valor da obra deve ser aquele que compreende a totalidade dos serviços efetivamente contratados em decorrência da celebração, em 9 de setembro de 1981." MARIANA BORELLA, chefe da assessoria de comunicação do Dnit (Brasília, DF)
Masp
USP |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |