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Euforia na Bolsa
A BOLSA de Valores de São
Paulo fechou seu quarto
ano seguido com valorização expressiva. Em 2006, o Ibovespa, índice que concentra 53
empresas, subiu 33%, contra inflação na casa de 3% (IPCA).
As ações superaram pela quarta vez consecutiva os ganhos do
mercado de renda fixa. Entre janeiro de 2003 e dezembro de
2006, o Ibovespa registou alta de
295%. O Certificado de Depósito
Interbancário (CDI), valorizou-se em torno de 96% no período.
Com isso, o valor de mercado
das empresas de capital aberto
ultrapassou R$ 1,4 trilhão, o
equivalente a 69% do PIB. Era
27,6% do PIB no final de 2002.
Esse movimento de alta favoreceu o lançamento de ações e a
abertura de capital de novas empresas. Estimulou também o
mercado de dívida privada (debêntures, notas promissórias) e
de novos instrumentos (fundos
de direitos creditórios, certificados de recebíveis imobiliários).
As ofertas de ações captaram
R$ 31,2 bilhões neste ano, valor
123% superior ao registrado em
2005. Por meio da Bovespa, as
companhias estão encontrando
meios para financiar novos projetos, trocar dívidas por ações e
dar mais liquidez aos negócios.
Esse dinamismo do mercado
de capitais brasileiro tem sido
alimentado pelo maior apetite
dos investidores estrangeiros,
que impulsionaram as Bolsas em
todo o mundo. Na Bovespa, os investidores estrangeiros passaram a responder por um terço do
volume médio diário e por 70%
das novas emissões. As perspectivas para o ano que entra continuam favoráveis.
Resta à política econômica
contribuir para que essa expansão se sustente. É preciso persistir na redução dos juros básicos e
na contenção dos gastos correntes a fim de viabilizar os investimentos. São condições necessárias para que a produção e o emprego se beneficiem mais desse
ciclo de alta na Bolsa.
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