São Paulo, quinta-feira, 30 de março de 2006

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Vestidos
"Em relação ao publicado pela colunista Mônica Bergamo no dia 26/3 (Ilustrada), gostaria de esclarecer que a senhora Lu Alckmin não recebeu 400 peças de alta-costura do estilista Rogério Figueiredo. As poucas peças que dele recebeu já foram doadas para a entidade social Fraternidade Irmã Clara da capital."
Cristina Macedo, assessora de imprensa de Lu Alckmin (São Paulo, SP)

Resposta da colunista Mônica Bergamo - As informações de que Lu Alckmin recebeu 400 peças de roupa de Rogério Figueiredo foram dadas à Folha pelo próprio estilista, sempre apresentado publicamente pela primeira-dama como o profissional que cuidava de seu guarda-roupa. Em mais de uma ocasião, em entrevistas gravadas, Figueiredo deu declarações e mostrou os croquis e fotos dos vestidos de alta-costura que já fez para a primeira-dama. A reportagem procurou Lu Alckmin há oito dias (em 22/3), pedindo que ela se manifestasse sobre as informações. Foram várias as tentativas, mas a resposta da assessora Cristina Macedo era sempre a mesma: a de que a primeira-dama não fala sobre sua "vida pessoal".

Liminar do STF
"Diante do "espetaculoso" governo lulo-petista, que envergonha e revolta todo brasileiro decente e consciente, a única certeza que tenho é que não quero pagar Imposto de Renda. Com o dinheiro que obtenho com muito esforço e honestamente, tenho de sustentar e dar casa e comida a esse Congresso que aí está, com parlamentar que "dança" à nossa custa, manter um Judiciário desacreditado, que pouco serve para o brasileiro comum e pobre, e sustentar as despesas absurdas da máquina estatal, que só aumenta neste governo Lula. E ainda tenho de comprar os meus remédios, pagar assistência médica, educação etc. etc. Ao contrário deles, não recebo nada de graça. Nada! E ainda tenho de pagar para que fiquem dançando no plenário? Será que se eu recorrer ao STF eles me concederão uma liminar que me dê o direito de continuar sustentando somente a mim e aos meus dependentes?"
Silvia Helena dos Santos Maia (São Paulo, SP)

Formas criativas
"Parabenizo os nossos políticos pelas inúmeras formas criativas de defesa em benefício próprio. Senão, vejamos: "eu não sabia", "perseguição da mídia", "o extrato foi deixado perdido por descuido", "fazem um alarde só porque sou gorda, mulher, idosa e petista". Pois é, e minha maior culpa foi ter acreditado neles. Sem problemas, companheiros petistas, a culpa não é de vocês. O acéfalo que aqui escreve, e que militou e apoiou a sigla desde 1989, é quem merece ser condenado."
Luciano Demetrius Leite (Salvador, BA)

Máscara
"Caiu cedo a "máscara" de ética e transparência do PSDB ("PSDB evita criação de CPI da Nossa Caixa na Assembléia", Brasil, pág. A8, 29/3). Enquanto posam de paladinos da moralidade no âmbito federal, os tucanos não se envergonham de engavetar CPIs e de impedir investigações na esfera estadual. A julgar por essas atitudes, é plausível concluir que o governador Geraldo Alckmin, se eleito presidente, levará para o governo federal esse padrão de comportamento. Que o eleitorado saiba identificar os lobos em pele de cordeiro."
Alexandre Matos (São Paulo, SP)

Caixas
"Tanto o governo federal como o estadual decidiram investir pesado nas Caixas Econômicas: Lula, na "dele", e Alckmin, na "nossa"."
Roberto Zammataro (Parapuã, SP)

Sigilo
"Pois é, estou aqui querendo entender. O crime de violação do sigilo bancário do caseiro Francenildo foi cometido. Caiu uma "pá" de gente do governo, inclusive o querido ministro das bancas nacionais e internacionais. Uma dúvida atroz, contudo, me deixa intrigado: e para a revista "Época", cúmplice do delito, nada? Nenhuma sanção? Tampouco li ou ouvi de nenhuma outra mídia qualquer crítica ao comportamento ilícito do citado semanário. Pergunto, por fim: a imprensa não se questiona, não faz autocrítica? Ou está acima do bem e do mal?"
Raimundo Andrade Simões (São Vicente, SP)

Todo o povo
"Quem está vivendo no inferno de Dante não é só Palocci. É todo o povo brasileiro. Para qualquer lado que nos viremos, há uma chama de corrupção. Precisamos achar um modo de remover esse inferno do território brasileiro."
Rodolfo Malta de Alencar (São Paulo, SP)

Emprego na França
"Sinto muito dizer isso, mas os senhores parecem só enxergar o lado que lhes convém (editorial "Protestos na França", Opinião, 28/3). Os jovens franceses têm razão em protestar (errados são só os atos de vandalismo), porque está claro, e não é preciso ser muito esperto para perceber isso, que os empresários franceses dispensarão a maioria dos jovens antes dos dois anos e os substituirão por outros. E agirão assim por anos a fio. Com isso, a durabilidade do emprego da grande parte dos jovens não excederá os dois anos. Os empresários, logicamente, preferirão a opção menos custosa, ou seja, utilizarão as regras de mercado, as quais os senhores consideram uma panacéia."
Marcus Vinicius Vernucci de Alvarenga Campos (São José do Rio Preto, SP)

Imagem combalida
"Enfim, e para o alívio da mais alta Corte judiciária de nosso país, a guardiã da Constituição Federal, o ministro-político Nelson Jobim deixa a Casa, levando consigo, em enorme desserviço, a imagem já combalida do Judiciário."
Marcos Barbosa (Casa Branca, SP)

Economia
"Seria engraçado, se não fosse trágico, ler o excelentíssimo deputado Delfim Netto dar palpites na economia e ainda posar de defensor da população no que ele chama de "estelionato eleitoral" ("Duplo estelionato eleitoral", pág. A2, 29/3). Este senhor mandou e desmandou na economia brasileira como um czar (era esse o seu apelido à época) e foi um dos artífices, pelas mãos de nossa abjeta ditadura militar, das desgraças que nossa economia tenta até hoje superar. E ele acusa o governo Fernando Henrique de estelionato eleitoral. Mas eu não consigo pensar em denominação diferente para os atos do desgoverno petista, do qual ele é aliado, que prometeu na campanha um paraíso de ética e entregou essa corrupção pornográfica a que todo o Brasil é obrigado a assistir -e, o que é pior, pagar."
Kleber Santos Patricio (Indaiatuba, SP)

Emendas
"Em relação à nota "Picolés", publicada pelo colunista Elio Gaspari à pág. A20 (Brasil) em 26/3, informo que não partiu do governo Geraldo Alckmin a iniciativa de inclusão de emendas de parlamentares e regionais no Orçamento estadual de 2006. Aliás, nestes 11 anos de governo do PSDB, a peça orçamentária jamais contemplou emendas de tal natureza. Acrescento ainda, em apreço à verdade dos fatos, que foi por sugestão de parlamentares do PT e do PFL, na Comissão de Finanças, que a Assembléia Legislativa aprovou a inclusão de quase R$ 600 milhões em emendas propostas por deputados e por regiões do Estado no Orçamento deste ano."
Edson Aparecido, deputado estadual -PSDB-SP-, líder do governo na Assembléia Legislativa (São Paulo, SP)


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