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Eleições
"A esta altura, Lula já deve estar
reeleito. Neste momento, chama
minha atenção o mote de sua campanha. O refrão: "É Lula de novo".
O que isso significa efetivamente? Que se repetirão os escândalos
promovidos por petistas no primeiro mandato de Lula? Que Lula continuará dizendo que de nada sabe
quando vier a público a verdade sobre escândalos que foram tramados
na sua própria cozinha? Que o país
continuará crescendo em nível de
Haiti e pagando os maiores juros
reais do planeta? Que o aparelhamento da máquina pública continuará, como a nova forma lulo-petista de "privatização'?"
SIMÃO PEDRO MARINHO (Belo Horizonte, MG)
"Sejamos honestos. Quem confiaria o governo ao PSDB? É um
partido que em nenhum momento
vestiu a camisa do seu candidato e
atirou-o aos leões. No PSDB, FHC,
mais uma vez, demonstra que seu
projeto é ele próprio; Aécio e Serra
pensam em 2010.
Diga-se o que quiser do PT, mas o
partido sempre luta até o fim pelos
seus candidatos."
MARA CHAGAS MÁXIMO (São Paulo, SP)
"Plantar o medo nas vítimas, nos
pobres, nos sem educação e nos
mal-informados, que são a vergonhosa grande maioria do país, ficou
provado ser a melhor forma para
ganhar uma eleição presidencial no
Brasil."
EZEQUIAS CARLOS DA SILVA (Jandira, SP)
"Creio que seja covardia atribuir
somente a Alckmin a responsabilidade pela reeleição de Lula.
Assim como foi com José Serra
em 2002, é um trabalho hercúleo
para qualquer candidato a obrigação de carregar o esqueleto do fracassado governo Fernando Henrique Cardoso, que, durante oito
anos, abandonou a população carente em favor dos poderosos interesses econômicos nacionais e
internacionais.
O segundo turno permitiu aos
eleitores fazer a comparação entre
os dois governos, e o resultado está
refletido nas urnas.
Vai demorar algum tempo para a
população mais pobre do Brasil esquecer-se da falta de projetos sociais e do desemprego que caracterizaram aqueles tempos."
JAIME DOS REIS SANT'ANNA (São paulo, SP)
Vale do Rio Doce
"O editorial "Múlti brasileira"
(Opinião, 28/10) faz apologia do
"sucesso" da privatização da Vale,
hoje a segunda maior mineradora
do mundo.
Creio que o editorial deveria enfatizar que o governo que a privatizou não foi suficientemente competente para mantê-la estatal, o
que poderia ter gerado recursos aos
cofres do Estado.
Por absoluta incompetência dos
diretores das estatais, sejam elas
municipais, estaduais ou federais,
estas foram entregues a preços
quase simbólicos a fundos de pensão e empresas de capital externo."
FRANCISCO CAMILO DE CAMPOS (Campinas, SP)
Vida
"Fui obrigado a interromper minha leitura do Mais! de ontem na
página 4.
A ignorância de Luiz Felipe Pondé em torno do tema sobre o qual
dissertou só não me impressionou
mais do que a falta de coerência de
seu texto ("A vida em suspensão').
Tergiversou em torno do tema
usando nomes de pensadores para
tentar dar credibilidade a seus argumentos e mostrou-se especialmente inespecífico ao colocar qualquer termo que poderia ter alguma
especificidade entre aspas.
Se ele acredita que a evolução
não é nada mais do que ateísmo,
não deveria projetar sua ignorância
científica sobre os que representam, apenas na sua mente, uma comunidade ateísta. Se queria justificar a descrença na evolução pela
falta de romantismo que existe em
acreditar numa teoria que não se
baseia em dogmas e metáforas, deveria então negar todo o método
científico desde Sócrates. Se acha
que "tudo que é sério vai além do
que a ciência pode saber", não sabe
o que objetiva a ciência."
RAFAEL NOVAES LEMKE (Joinville, SC)
Responsabilidade
"O artigo de ontem de Antônio
Ermírio de Moraes ("Competência
e responsabilidade') merece ser
guardado como referência para
aqueles que serão incumbidos de
conduzir os destinos da nação -no
Legislativo, no Executivo, no Judiciário, na federação, nos Estados e
nos municípios.
É preciso reconhecer que competência e responsabilidade não são
características dadas a alguns e negadas a outros. São atributos que
cada um deve conquistar a cada dia,
a cada decisão tomada, a cada ação
realizada.
Classificar os políticos como responsáveis ou irresponsáveis é muito menos produtivo do que cobrar
de todos eles a competência e a responsabilidade de que a sociedade
precisa.
Como disse com grande sabedoria Antônio Ermírio, a obrigação de
todos é unir a nação ao redor do que
interessa a nosso povo."
DURVAL CASTRO (Campinas, SP)
BNDES
"Em relação à carta "Privatização"
("Painel do Leitor", 27/10), da Secretaria de Energia, Recursos Hídricos
e Saneamento do Estado de São
Paulo, cabem os seguintes comentários:
1) Há um entendimento errado
quanto à privatização do setor de
transmissão de energia. O setor tem
suas concessões licitadas, podendo
participar delas empresas públicas,
privadas e mesmo empresas com
sócios públicos e privados. Desde
2003, já foram licitadas mais de 40
linhas de transmissão, tendo como
vencedores os três tipos de empresas. Não se trata de privatização,
pois não há venda de ativos já implantados. Os novos concessionários obrigam-se a implantar novos
ativos;
2) A Cemar, privatizada no governo anterior e tendo como comprador um investidor estrangeiro, teve
péssima performance. A solução
encontrada foi transferir a concessão para um grupo privado nacional. Com o novo empreendedor, a
Cemar tem mostrado melhora expressiva em seus indicadores;
3) O BNDES em nenhum momento recomendou ao governo
paulista a privatização da Cteep. O
BNDES sempre teve preocupação
com a fragilidade financeira da
Cesp e demandou ao seu acionista-controlador que encontrasse meios
para que a Cesp honrasse seus compromissos com o BNDES.
A utilização dos recursos da privatização da Cteep para capitalizar
a Cesp foi a forma escolhida pelo
governo de São Paulo para melhorar a estrutura de capital da Cesp."
PAULO BRAGA , assessor de imprensa do BNDES
(Rio de Janeiro, RJ)
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