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Infraestrutura
"Na análise de ontem de Fernando Canzian ("Publicidade é um dos
alvos do programa", Brasil), está
uma frase que deveria ser manchete da Folha: "Os gastos diretos do
governo Lula na área de infraestrutura nos últimos sete anos e três
meses são tão pífios quanto o foram
nos oito anos do governo FHC".
Continua Canzian, sobre os investimentos em infraestrutura:
"Nenhum dos dois governos superou a irrisória marca de 1 % do PIB".
Os governos continuam com a visão de que desenvolvimento social
é dar "bolsas" para o povo, esquecendo que a dignidade, depois de
atendidas as necessidades básicas
do cidadão, é dar renda, ou seja,
preparar o cidadão para que possa
ter um bom emprego.
Para tanto é importante investir
em áreas prioritárias como saúde,
educação, cultura, lazer e principalmente em infraestrutura básica como saneamento, energia elétrica,
estradas, ferrovias, hidrovias e aeroportos. Necessitamos de governantes que planejem, que ousem,
que realmente utilizem o potencial
empreendedor do nosso povo."
MÁRCIO HENRIQUE GUIMARÃES PAGNANO (Sertãozinho, SP)
"Marina Silva tem razão quando
diz que o PAC não é um programa
voltado para a necessidade de infraestrutura do país. É apenas um
monte de projetos de caráter político-eleitoreiro e de propaganda do
governo, e sem o menor sentido de
planejamento estratégico nacional.
Marina Silva acertou quando disse
que algumas obras "não ligam lé
com cré".
O PAC foi inventado para promover comícios e inaugurações -mesmo quando não há nada a ser inaugurado-, com o único objetivo de
angariar votos para a candidata do
governo."
RONALDO GOMES FERRAZ (Rio de Janeiro, RJ)
Armando Nogueira
"Certa vez, Armando Nogueira
me disse: "Aprendi a nunca dizer de
um jogador brasileiro que ele é
ruim de bola. Porque, no instante
seguinte, ele pode fazer uma jogada
de craque. Então o máximo que eu
digo é que, neste ou naquele jogo,
ele não está bem".
Foi assim que eu soube o quanto
Armando Nogueira amava o futebol
brasileiro."
ANTONIO CARLOS AUGUSTO, jornalista (São Paulo, SP)
"Direita"
"Em relação à coluna de Fernando de Barros e Silva de 29/3 ("A direita manda brasa", Opinião), penso que ainda bem que seja assim.
É bem melhor a "direita" assumir
a liderança no lugar da "turma da
corrupção".
Creio que a "direita" vá fazer cabelo, barba e bigode -presidente, governador e prefeito."
MILTON GUEDES GUIMARÃES (João Pessoa, PB)
Paredón
"Segundo a Anistia Internacional, 112 presos políticos iranianos
foram executados após a reeleição
de Ahmadinejad.
Parece que os "amigos" do nosso
presidente, aí incluídos os irmãos
Castro, apreciam muito o "paredón"
para os seus opositores."
FRANCISCO FARIA (São Paulo, SP)
Pedofilia na igreja
"Durante 30 anos, tive como confessor o saudoso dom Daniel Sutner, e sou amigo de dominicanos e
franciscanos, tendo tido o privilégio
de trabalhar próximo ao cardeal
Arns. Privilégio porque sou prova
inconteste da gratuidade do amor
de Deus, que me dá mais do que mereço, pois de santo e exemplar não
tenho nada.
Com mais de 60 anos, muito já vi
e vivi. E testemunho que o celibato
e a castidade são possíveis; muitos o
vivem fielmente, de forma saudável
e construtiva. E desordens sexuais
de toda a ordem também acometem homens casados.
Endosso o texto de Hans Küng no
caderno Mais! de 21/3 ("A última
tentação de Cristo") e proponho
que o celibato seja optativo para os
padres seculares. Assino embaixo
do editorial desta Folha do último
Domingo de Ramos ("Imperdoável",
28/3), pois os fatos envolvendo
crianças e adolescentes constituem
crimes hediondos, a merecerem
transparência e punição (no âmbito eclesial e no da sociedade civil).
Como leigo, com alguma atuação
na Igreja Católica, peço às vítimas
dos abusos que não descreiam do
amor de Jesus Cristo por nós.
Não pedirei perdão.
Não merecemos."
ANTONIO CARLOS RIBEIRO FESTER, educador em direitos humanos, autor de "Justiça e Paz - Memórias da Comissão de São Paulo" (São Paulo, SP)
"A Igreja Católica enfrenta uma
série de denúncias de pedofilia por
alguns padres em diferentes países.
O papa Bento 16, diante desses fatos dolorosos para a igreja, divulgou
carta em que pede desculpas por essas ocorrências e tomou todas as
medidas necessárias dentro do direito canônico em relação aos religiosos, que são pessoas humanas e
sujeitas às surpresas da vida.
Mas o que vemos pela mídia internacional é a intenção de desmoralizar toda a Igreja Católica.
E essa atitude chegou até nós,
brasileiros, através da triste charge
publicada no dia 22 passado nesta
Folha, onde, pela consciência maldosa do cartunista, foi colocada a figura de um papa com suas vestes
cerimoniais e a cabeça coberta por
um saco de papel. E o título, pasmem, "Pedofilia, amém".
O mesmo ocorreu no dia 23,
quando foram mostradas três figuras representando cardeais com as
cabeças cobertas, como se fossem
membros da organização criminosa
Ku Klux Klan."
NELSON MIGUEL MAFFEI (São Carlos, SP)
Educação
"A Folha se preocupa mais em
repetir a ligação da Apeoesp com o
PT do que em mostrar o estado de
calamidade da educação em São Paulo.
Tem coisa nova acontecendo nas
escolas paulistas, sim. Escutei ontem de um motorista de ônibus que
agora o pátio virou "rinha" de briga
de alunos. Olha aonde chegamos."
FRANCISCO ZELESNIKAR (São Paulo, SP)
Infraero
"Em relação ao editorial "Aeroporto fora da lei" (Opinião, 23/3), a
Infraero esclarece que a solicitação
da Prefeitura de São Paulo não foi
ignorada, conforme atesta farta documentação entregue à Secretaria
do Verde e do Meio Ambiente, sempre dentro dos prazos estabelecidos. Entretanto, a alteração de horário de funcionamento do aeroporto de Congonhas envolve mudanças em toda a malha aérea, uma
atribuição do órgão regulador.
A Infraero não pode, portanto,
tomar essa decisão unilateralmente e, por isso, todos os segmentos
que compõem a operação da aviação em um aeroporto estão em entendimento para equacionar essa
exigência.
A Infraero esclareceu essa circunstância à Prefeitura de São Paulo, formalmente, e está tomando as
providências cabíveis a fim de atender todas as exigências relativas ao
licenciamento ambiental e de não
prejudicar toda a cadeia envolvida
no transporte aéreo. Portanto, a
empresa refuta a afirmação de que
age com descompromisso."
LÉA CAVALLERO, superintendente de comunicação e marketing da Infraero (Brasília, DF)
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