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Leilão de estradas
"Com relação aos deságios oferecidos pelas empresas vencedoras
dos cinco lotes de rodovias concedidos à iniciativa privada anteontem
(Dinheiro de ontem, pág. B11), é
preciso esclarecer que o benefício
aos usuários das rodovias foi ainda
maior do que o divulgado pelo jornal. Na verdade, o desconto oferecido pelos participantes da licitação
na tarifa por quilômetro ficou entre
15,7% e 59,6%, considerando que o
teto estabelecido no edital não sofreu o reajuste anual aplicado à tarifa das rodovias paulistas já concedidas. Isso equivale a dizer que todos os lotes já embutiam um desconto, sobre o qual as empresas
ofereceram tarifa ainda menor.
Trata-se de resultado excepcional, que demonstra a confiança em
São Paulo e a capacidade do Estado
de atrair investimentos privados."
MAURO ARCE , secretário estadual dos
Transportes de São Paulo (São Paulo, SP)
Juros na mesma
"A manutenção, por parte do BC,
dos juros celestiais entre nós tem
ares de teimosia infantil e vai na
contramão de todo o planeta. Com
ela, atraímos o capital especulativo,
que entra e vai embora sem nada
produzir na economia real, e levamos os gastos públicos às nuvens.
Aqueles que se beneficiam desse
sistema em agonia tentam esconder da opinião pública essa causa
maior de nossas dificuldades."
JOSÉ DE ANCHIETA NOBRE DE ALMEIDA
(Rio de Janeiro, RJ)
"A indústria quer produzir, o comércio quer vender, o brasileiro
quer trabalhar e consumir, enfim,
os artífices da economia de mercado anseiam por um dinamismo que
se contraponha à letargia oriunda
de uma recessão que já está "bafejando no cangote do Brasil".
Entretanto, parodiando o poeta
Carlos Drummond de Andrade, "no
meio do caminho tinha um desenxabido Banco Central acompanhado da sua nefasta política de juros
indecentes e escorchantes"."
TÚLLIO MARCO SOARES CARVALHO
(Belo Horizonte, MG)
Legado de Bush
"John McCain afirmou que é duro carregar o legado de oito anos do
governo de George W. Bush. Alto lá!
Oito anos é demais. O governo Bush
começou a afundar com a invasão
do Iraque. E a crise financeira foi a
pá de cal. Até a invasão do Afeganistão admitiu-se inicialmente; hoje,
tornou-se um fardo.
O povo americano teve a chance
de mandar Bush para casa em 2004
e vacilou graças ao cabo eleitoral
Bin Laden, que renovou o mandato
do republicano. Hoje, Obama diz
que tem a solução para os problemas da América. Vamos ver."
WALTER DWORAK FILHO (Porto Alegre, RS)
Pós-eleições
"Se fosse cidadão carioca, eu me
sentiria envergonhado de ver o meu
recém-eleito prefeito, Eduardo
Paes, ir correndo com o governador
a Brasília para o tradicional beija-mãos -vejo nos jornais que literalmente beijou a mão do deputado federal José Carlos Aleluia.
Não é concebível que uma cidade
que tem a segunda maior renda per
capita entre as cidades brasileiras (a
primeira é Brasília, e não São Paulo)
tenha que continuar dependente da
nação. O que o Rio precisa é de capacidade empresarial que realmente transforme a cidade num centro
de negócios, atraindo de volta todas
as empresas que a abandonaram a
partir da década de 80."
ROBERTO CASTRO (São Paulo, SP)
"A primeira providência dos vereadores de quase todo o país, eleitos e reeleitos para o próximo exercício, foi dobrar seus salários. Menos de um mês atrás, era assunto
proibido e mantido a sete chaves
entre eles. Só falavam em fiscalização, moralização e cortar despesas.
Passa a eleição, acaba a farsa, e tudo volta à rotina de décadas, na qual
o único interesse é o próprio bolso."
HABIB SAGUIAH NETO (Marataízes, ES)
Receita anticrise
"Lula deve investir no pobre. Os
países ricos estão investindo nos
banqueiros, grandes empresários e
até magnatas (caso da Rússia). Esses recursos eles seguram, fazem
caixa e acumulam. O pobre não.
Precisa comer, vestir, viajar e morar. É o consumo, e não a produção,
que dita a economia, principalmente num momento de crise.
Se o presidente aumentar ou dobrar o Bolsa Família e os salários
reais, públicos e privados, a crise será amenizada. Exatamente ao contrário do que dita a ideologia neoliberal. A ideologia cega."
ANTONIO NEGRÃO DE SÁ (Rio de Janeiro, RJ)
Greve na polícia
"Os policiais civis que paralisaram seus trabalhos em vários Estados cometeram imperdoável infração funcional. Sem nenhuma pauta
de reivindicação e sem nenhuma
justificativa razoável, submeteram
a população de seus Estados a riscos e a desconfortos irresponsáveis.
A polícia não pertence aos policiais, muito menos a suas entidades
de classe; a polícia é instituição da
sociedade, e cabe ao governo eleito
pela população administrá-la para
que atenda devidamente suas necessidades.
O movimento de policiais civis de
São Paulo perdeu a legitimidade de
suas reivindicações ao fazer manifestação armada, cometer desordens, desrespeitar a hierarquia funcional e pleitear a exclusão de seus
colegas da PM e da Polícia Científica dos reajustes salariais."
JOSÉ VICENTE DA SILVA FILHO, ex-secretário
nacional de Segurança Pública (São Paulo, SP)
"Em entrevista publicada na Folha (Cotidiano, 28 de outubro), o
advogado Oscar Vilhena Vieira, da
ONG Conectas, diz que as condições de trabalho das polícias vêm se
deteriorando ao longo do tempo.
Sendo filho e irmão de delegados
e pesquisador do assunto, ele certamente conhece os investimentos
feitos nos últimos anos em equipamentos, treinamento e capacitação
das polícias, que levaram São Paulo
a ter redução significativa nos índices de criminalidade. Se os salários
podem melhorar, isso é outra discussão. O problema é quanto o Estado pode pagar."
CELITA SCHERMANN (São Paulo, SP)
"A foto estampada na capa da Folha de terça-feira, com aquele policial esbofeteando um trabalhador, é
um péssimo exemplo do tipo de policial que temos nas ruas do país."
CÉLIO BORBA (Curitiba, PR)
Beijo gay na USP
"Sou homossexual e estudante de
direito em uma universidade particular. O que o casal gay achava que
iria acontecer no meio de uma festa
hétero após o beijo? Aplausos? E
por que querer beijar dentro de
uma festa hétero? Para chamar a
atenção? Para serem aceitos? Mostrar que podem, que são modernos?
Que infantis, que medíocres.
Por atitudes como essa é que ainda somos discriminados por héteros. Não adianta querer forçar as
pessoas a nos aceitarem: é uma coisa que vem acontecendo aos poucos, de forma natural. Sou contra a
violência (se é que ocorreu mesmo
na festa) contra as pessoas, mas sou
ainda mais contra o beijo homossexual em público."
JUNIOR ARAUJO (Santos, SP)
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