José Alencar
"Na edição de 30/12 ("Após dez cirurgias, Alencar diz que não tem medo da morte", Brasil), o vice-presidente da República, José Alencar, diz: "É outra coisa admirável do presidente Lula, a força e a independência que ele dá ao Ministério Público, ao Judiciário e à Polícia Federal". O presidente não está acima da Constituição Federal. É ela, -em outras palavras, o povo- que concede a independência aos Poderes (e aqui podemos acrescer o Ministério Público e a Polícia Federal, embora não sejam Poderes).
Ou está errado ao fazer tal afirmação, ou ela é muito verdadeira e nós, brasileiros, estamos sendo enganados. É uma pena pensar que a independência é concedida -num ato de liberalidade presidencial. É uma pena se o vice-presidente estiver falando a verdade."
JOSÉ LUIZ MARTINELI ARANAS (Ibitinga, SP)

Câmara em 2007
"Solicito à Folha que melhor instrua os participantes do "Tendências/Debates" sobre as defesas do sim e do não em suas opiniões, visto que o dr. Rogério Schmitt ("A Câmara dos Deputados teve neste ano desempenho melhor que a legislatura anterior?", 29/12) foi pego de surpresa e, na defesa do sim, somente reforçou o não, complementando a brilhante exposição do professor Marco Antonio Villa, ao afirmar que 2007 foi um ano que não existiu na Câmara de Deputados."
ANTONIO CARLOS DE MELO FREITAS (Belo Horizonte, MG)

"Os argumentos do respeitável dr. Rogério Schmitt, que considera o desempenho da Câmara em 2007 melhor do que a legislatura anterior, só reforçam a situação vexatória em que se encontra essa Casa legislativa. Pior: a desastrosa realidade não é de hoje. Fato é que o desempenho dos nobres deputados federais brasileiros está nivelado por baixo, e, pelo artigo citado, talvez devêssemos celebrar o simples fato de não surgirem novos escândalos de corrupção e outros turbilhões de lama.
Concordo com o dr. Schmitt, o que significa admitir aquilo que já vemos há várias eleições: candidatos a seja lá o que for continuarão pregando em suas campanhas o lema "honestidade e trabalho", como se fosse a invenção da roda, e não a mais elementar obrigação de qualquer político."
HEITOR DINIZ PEIXOTO (Belo Horizonte, MG)

Masp
"Manifesto minha indignação com os termos flagrantemente inadequados e inverídicos da reportagem "Imagens mostram cuidado dos ladrões ao retirar obras de arte" (Cotidiano, 22/12), elaborada por Gilmar Penteado e André Caramante. Trecho: "Ontem, a investigação do furto foi transferida do 78º DP (Jardins) para a 1ª Delegacia Seccional Centro (que comanda os distritos da região central). Oficialmente, o objetivo seria dar mais estrutura para a investigação. A Folha apurou, porém, que o delegado do caso, Marcos Gomes de Moura, foi retirado porque declarou à imprensa anteontem que "não conhecia bem a região" do Masp".
Por primeiro, tenha-se que o referido persecutório foi avocado pela 1ª Delegacia Seccional de Polícia em razão da "repercussão nacional e também no estrangeiro envolvendo o lamentável episódio" [...]. Este procedimento é absolutamente comum e indicado em casos dessa envergadura, inexistindo nexo causal entre a providência determinada e as declarações a mim atribuídas.
Por segundo, e conforme o próprio noticiário anterior da Folha que reiteradas vezes desdiz o resultado da "apuração" levada a efeito pelos repórteres que firmam o desastrado texto, jamais poder-se-ia atribuir a mim a declaração, que a toda evidência é descabida e incoerente. A incoerência reside na ilogicidade, portanto carece de razoabilidade. A av. Paulista é a artéria principal da cidade de São Paulo. [...] Não há paulistano que não conheça a "região do Masp"."
MARCOS GOMES DE MOURA, delegado titular do 78º Distrito Policial (São Paulo, SP)

O Rio no passado
"A melhor época da cidade ("Bom era antes", Opinião, 29/12) geralmente coincide com a fase da juventude, fantasias, descobertas e conquistas das pessoas. A vida as muda e a cidade leva a culpa."
ANTONIO CARLOS CAMPOS (Rio de Janeiro, RJ)

Operação Condor
"Como deputado federal constituinte de 1988 e co-autor do texto constitucional vigente, que tipifica como inafiançável e insuscetível de graça e anistia o crime de tortura, expresso a minha opinião de que os assassinatos de Horacio Campiglia e Mónica Binstock obedeceram a um plano genocida desencandeado pela Operação Condor, do qual participaram, além de agentes de outros países, militares do Brasil. São crimes de lesa-humanidade, portanto não passíveis de anistia.
Não devemos escrever a história do silêncio e da cumplicidade. As futuras gerações nos cobrarão."
AGASSIZ ALMEIDA (João Pessoa, PB)

Hospital das Clínicas
"Considerando a reportagem "HC funciona sem atestado dos bombeiros" (Cotidiano, 29/12), seria interessante verificar se outros hospitais públicos do Estado de São Paulo possuem o atestado do Corpo de Bombeiros. Pois é muito comum os órgãos do governo do Estado de São Paulo ignorarem as normas de segurança, em especial as normas de segurança do trabalho e prevenção e combate a incêndio."
CELSO RIBEIRO DE ALMEIDA (Campinas, SP)

CPMF e Receita
"Sem CPMF, a Receita cria vigilância de contas. Eu, cumpridor das obrigações como qualquer cidadão comum, tenho a sensação de que, daqui para a frente, todo dia o Big Brother vai ver e dizer: "Ele é bonzinho, não sonega nem tem contas na Suíça ou em paraísos fiscais, portanto merece não pagar mais plano de saúde, já que o SUS é uma maravilha; pode sair de casa a qualquer hora em segurança, já que temos uma "força especial" nos protegendo; pode viajar por nossas estradas sem se arriscar" -e assim por diante. Só tenho uma pergunta ao Big Brother: onde estavam seus vigilantes (com a CPMF) nos casos do mensalão, Correios, ambulâncias, empreiteiras, Renangate? Será que os vigilantes só agora acordaram?"
ARNALDO COMERLATI (São Paulo, SP)

Boas-festas
A Folha agradece e retribui os votos de boas-festas recebidos de: Andrea Matarazzo, secretário das Subprefeituras e subprefeito da Sé (São Paulo, SP); Maria Helena Guimarães de Castro, secretária de Estado da Educação de São Paulo (São Paulo, SP); Miguel Colasuonno, economista (São Paulo, SP); Instituto Ayrton Senna (São Paulo, SP); Carlos e Berta Brickmann, Brickmann & Associados Comunicação - B&A (São Paulo, SP); Luiz Guilherme Brom, superintendente institucional da Fecap -Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (São Paulo, SP)

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