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Apenas 5 dos 20 congressistas do PA apoiam divisão

Políticos receiam perder votos em Belém, que tem a maioria dos eleitores do Estado

SILVIO NAVARRO
RODRIGO VIZEU
DE SÃO PAULO

Só 5 dos 20 parlamentares que hoje representam o Pará defendem abertamente a separação do Estado em três.

A Folha ouviu na semana passada os 17 deputados federais e os três senadores do Estado. Nove deles disseram ser contra a divisão, ante cinco que afirmaram ser favoráveis. Os demais optaram pela neutralidade.

Os deputados que defendem a criação de Tapajós e Carajás são: Asdrúbal Bentes (PMDB), Giovanni Queiroz (PDT), Lira Maia (DEM), Wandenkolk Gonçalves (PSDB) e Zequinha Marinho (PSC).

Pesquisa Datafolha mostrou aumento da rejeição à partilha do Estado: 62% dos eleitores se opõem à formação do Carajás e 61% são contra a criação do Tapajós.

Se a criação dos novos Estados fosse aprovada, a região ganharia mais seis senadores e no mínimo 24 cadeiras na Câmara (8 por Estado).

Há casos de parlamentares que assumiram posições sobre a separação do Pará, mas agora se dizem neutros.

"Meu domicílio eleitoral é o Tapajós, cheguei a assinar [o manifesto pela criação], mas o debate foi muito mal conduzido e agora estou neutro", disse José Geraldo (PT).

Nos bastidores, congressistas afirmaram que o recuo se deve ao temor pelo desgaste caso o resultado das pesquisas se confirme no plebiscito.

A avaliação é que, como muitos têm votos em Belém, cidade que concentra a frente contra a separação, há forte risco de prejuízo eleitoral.

Um dos principais argumentos dos que apoiam a atual configuração é a viabilidade econômica. "O método que está sendo utilizado só coloca em debate geográfico, é muito pouco para o que o povo precisa", disse o deputado Miriquinho Batista (PT).

Dos três senadores paraenses, dois são contrários à divisão do Estado -Flexa Ribeiro (PSDB) e Marinor Brito (PSOL)- e um se diz neutro, Mário Couto (PSDB).

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