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Em Minas, Dilma diz que 'não é mole' ser presidente

No reduto de Aécio, petista se irrita ao negar contradição em meta de creches

Depois de sugerir que adversários estudem, Dilma afirma que 'todos os dias' é obrigada a aprender no cargo

DE BELO HORIZONTE

Após pedir a rivais que estudassem e virar alvo de ironia da ex-senadora Marina Silva (PSB), a presidente Dilma Rousseff afirmou ontem que "não é mole" exercer o cargo porque a função a obriga a "aprender todos os dias".

Na sexta visita a Minas Gerais em menos de três meses, Dilma citou o tema em ato em Belo Horizonte, ao aconselhar alunos do Pronatec (Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego) a estudar.

"Eu, presidenta da República, sou uma pessoa que tenho todos os dias de estudar. Não pensa que é mole, não. Todos os dias sou obrigada a aprender, tenho que estar aberta para aprender", disse.

As afirmações remeteram ao embate indireto que Dilma travou neste mês com Marina, que se aliou ao governador Eduardo Campos (PE). Em entrevista a rádios mineiras no dia 14, a presidente disse que eventuais concorrentes ao Planalto "têm que estudar muito".

Marina criticou na ocasião o tom professoral da petista. "Ela [Dilma] deu um conselho de professora. Difícil são aqueles que acham que já não têm mais o que aprender e só conseguem ensinar."

Desde agosto, Dilma intensificou o ritmo de viagens a Minas, reduto do senador Aécio Neves (PSDB), seu possível rival em 2014. Foi ao Estado a cada 13 dias, ante uma média anterior de uma viagem a cada dois meses.

CRECHES

Antes do evento do Pronatec, Dilma visitou uma creche em BH e negou que tenha se comprometido a entregar 8.685 dessas unidades pelo país, como divulgado anteontem pelo jornal "O Globo".

"O governo federal tem esse compromisso com as 6.000 creches. Tem umas coisas estranhas. De repente, meu compromisso de 6.000 virou 8.000", disse.

Pelo segundo dia consecutivo, Dilma ironizou a expressão "fontes do Planalto", usada para caracterizar informações do governo obtidas "off the record" (jargão jornalístico para designar informação em que a fonte se mantém anônima).

Anteontem, a petista já havia se queixado das informações atribuídas a essas fontes sobre o leilão de Libra.

"Vivo perguntando aos meus botões quem são as fontes do Planalto', além das fontes de água, porque tem uma linda fonte de água. Mas as fontes do Planalto' às vezes me intrigam", afirmou ontem.

No dia 1º abril, no programa de rádio "Café com a Presidenta", Dilma citou a meta de entregar 6.000 creches e disse que talvez fosse possível chegar a 8.685 unidades.

Em nota, a Secretaria de Imprensa da Presidência informou que "não há dúvida" sobre a declaração feita em abril, que reafirmou a meta de 6.000 creches, sendo esse o número a ser considerado.

Segundo a secretaria, ao citar o número de 8.685 creches, Dilma se referia também às creches contratadas no governo de Luiz Inácio Lula da Silva.


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