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Lula se reúne com Haddad e critica sua gestão

Ex-presidente diz que é preciso reajustar o IPTU, mas que anunciar aumento em um único ano pode prejudicar o partido

Lula aconselhou o prefeito a se defender das críticas em vez de ficar em silêncio diante das reclamações

MARINA DIAS DE SÃO PAULO MÁRCIO FALCÃO DE BRASÍLIA

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu duas vezes nesta semana com o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), para criticar a atuação do petista no gerenciamento das crises que, segundo Lula, podem prejudicar o partido em 2014.

A Folha mostrou ontem que o PT discute uma estratégia para minimizar desgastes da gestão do prefeito na campanha do ministro Alexandre Padilha (Saúde) ao governo de São Paulo.

O ex-presidente fez observações sobre a postura de Haddad na repercussão da alta do IPTU em regiões da cidade. Ele disse que o reajuste é correto, mas que anunciá-lo em um único ano, e de eleição, poderia prejudicar Padilha e a presidente Dilma Rousseff, que tentará a reeleição.

Lula aconselhou Haddad a se defender das críticas. O que mais incomodou o ex-presidente foi o fato de o prefeito ficar calado diante das reclamações. Os encontros foram no Instituto Lula, em São Paulo, na segunda e ontem.

Um dia após a Folha mostrar a preocupação no PT, petistas adotaram posição de defesa de Haddad. Segundo o discurso geral, não haverá intervenção --as medidas impopulares, como a alta no IPTU, são necessárias no primeiro ano de gestão e não devem tirar votos do partido, dizem.

"Eu desconheço isso [intervenção]", disse o presidente do diretório do PT em São Paulo, Edinho Silva. "É natural tomar medidas que não são populares no início do governo para ajustar a máquina."

Os petistas dizem apostar que o prefeito deve ampliar sua popularidade com o início de 30 obras, ações em saúde e educação e com os efeitos da entrada em vigor do Bilhete Único Mensal, previsto para 30 de novembro.

"Essa questão do IPTU tem pouco efeito eleitoral. Estamos longe das eleições, e Haddad vai conseguir explicar que esse aumento é para a parte mais rica", disse o deputado Carlos Zarattini (PT-SP).

Para o deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), uma interferência na gestão Haddad deve ser proposta de "um setor insatisfeito do PT". "Esse negócio de intervenção deve ser defendido por um setor do PT que ficou de fora e começou a falar em exageros", disse o petista, sem apontar de onde parte a insatisfação.


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