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Inflação sobe e continua acima da meta oficial

DO RIO
DE BRASÍLIA

A inflação voltou a acelerar e aumentou 0,52% em novembro. O acumulado no ano chegou a 5,97%, percentual só superado pelos 6,68% observados de janeiro a novembro de 2004, segundo dados do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) divulgados ontem pelo IBGE.

Ainda assim, a inflação acumulada em 12 meses desacelerou pelo segundo mês consecutivo, ficando em 6,64%. O IPCA de dezembro terá de ficar abaixo de 0,50% para que não ultrapasse o teto da meta do governo, de 6,5%, dois pontos percentuais acima do centro da meta de 4,5% para o ano.

"Não há grandes pressões em dezembro, e com o desaquecimento da economia há menor pressão de demanda. Há boas chances de a inflação ficar dentro da meta", avalia Carlos Augusto Borges, da VMD Consultoria.

A inflação tem um perfil diferente neste ano. Em 2010 foi alavancada pelos alimentos, que subiram 10,39%, contra 5,88% em 2011. Neste ano os serviços pesaram mais e já acumulam alta de 8,75%.

Os principais impactos vêm dos colégios (8,09%), empregados domésticos (10,24%), aluguel (10,23%) e conserto de carros (9,85%).

Apesar de a inflação estar acima da meta, o Banco Central sinaliza que deverá anunciar novos cortes nos juros no início de 2012 como forma de reverter o fraco desempenho da economia, que ficou estagnada no último trimestre.

Mas a ata da reunião do comitê que define a taxa de juros no país -que foi divulgada ontem- indica que o BC só deverá promover quedas mais acentuadas na Selic se a crise lá fora piorar muito.

Na avaliação dos diretores do BC, com os estímulos dados pelo governo a atividade econômica deve se aquecer.

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