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Investimento externo destinado a empresas triplicou desde 2005

Volume total de recursos estrangeiros no setor produtivo somou US$ 579,6 bilhões em 2010

Pela primeira vez, BC mapeia origem inicial dos recursos e mostra que os EUA são o maior investidor no Brasil

MARIANA SCHREIBER
DE SÃO PAULO

O volume acumulado de investimento estrangeiro destinado à compra ou à abertura de novas empresas cresceu fortemente de 2005 a 2010 no Brasil, indicando um aumento do peso do capital externo no setor produtivo nacional.

Segundo pesquisa divulgada ontem pelo Banco Central, o estoque total do investimentos estrangeiro em empresas no Brasil somou US$ 579,6 bilhões em 2010. O valor é 256% superior ao apurado no último levantamento, em 2005.

Esse aumento é reflexo das perspectivas positivas para o crescimento de longo prazo do país, assim como da estabilidade econômica conquistada nos últimos anos, que deu mais segurança para os investidores.

Para calcular o estoque de IED (Investimento Estrangeiro Direto), o BC soma a entrada de novos recursos externos com a parte dos lucros que as empresas estrangeiras instaladas no Brasil reinvestiram no país.

Em 2010, foi levantado também pela primeira vez o estoque de empréstimos concedidos pelas matrizes no exterior para filias brasileiras.

Esses recursos somaram US$ 80,9 bilhões, elevando o total de recursos estrangeiros aplicados no setor produtivo para US$ 660,5 bilhões.

"Esses investimentos aumentam a capacidade produtiva do país, geram empregos e, muitas vezes, representam transferência de tecnologia de outros países para cá", disse o chefe-adjunto do departamento econômico do BC, Fernando Rocha.

Grande parte dos recursos estrangeiros que entram no país chega via paraísos fiscais, usados por empresas para reduzir custos tributários. Por causa disso, a Holanda aparece como principal investidor (US$ 170 bilhões).

Pela primeira vez, o BC levantou a origem inicial dos recursos, eliminando esse efeito. Com isso, os EUA aparecem como maior investidor (US$ 104,7 bilhões), e a Holanda (US$ 14,4 bilhões) cai para a 11ª posição.

Os países ricos seguem como os maiores investidores, mas nos últimos anos vem crescendo o peso de emergentes como China e Rússia, nota Welber Barral, ex-secretário de comércio exterior.

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